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segunda-feira, 1 de julho de 2024

A Poesia de Carlos Drummond de Andrade - Espírito -


RESISTENTE INSPIRAÇÃO MATINAL


Cedo à lira que estira desperta
Esta certeza correta, tão certa
Do Universo deste verso,
Cada um
É uma mente perigosamente aberta
Mil amores repentinos acoberta
Costura justa, sobreposta
Em debrum
Vou sair de minha valsa
Fazê-la andar descalça
Dos pés marcados os passos
Dançando os meus sucessos
Comemorando progressos
Mentiroso dos fracassos
.
Por que os versos não aprendem andar sozinhos na vida?
Por que os sozinhos na vida não aprendem os versos?
Por que não aprendem andar os versos sozinhos da vida?

Por que não aprendem andar?
Por que na vida os sozinhos?
Aos saltos e em sobressaltos
Cantando em coro, contraltos
Barítonos, mezzos e baixo
Mil harmônicos encaixo
Derramam-se sobre a alegria.
Dançando os meus fracassos
Mentiroso dos sucessos
Saindo de pés descalços
Obrigado, Deus, Bom Dia!

Carlos Drummond de Andrade (espírito)
Recebido mediunicamente por Arael Magnus,
No Celest- Centro espírita Luz na Estrada- Sabará _MG
Em 15 de Novembro de 2009


EDIÇÃO EXTRA!

Sábias mãos desfilam nuas nas praças de seus passados
Encontro em cruzamento infindo de outros eus descaindo
Ao dedilhar colossais desatinos, inúteis viscerais venenos
Na saga incontrolável de afogueada ignorância voluntária.

Os gritos de artifício da alegria fugitiva
A pirotecnia em sapiência tola dourada
A busca incansável do bolor nas flores
Dos sinos, sonhos, as dores e o Nada.

Túnel decifrante nas setas dum labirinto azul brilhante
Becos com saída a resposta óbvia à pergunta sumária
Céus abertos em tarde de futilidades áureas festeiras
Uniformes descorados, o conceito de gala, enganoso

Passos cambiantes de uma cabeça oca,
Riso amarelado de infantilidade, impuro,
Na feroz expressão de instinto, da boca
Existir fulminante na bateia de besteiras

Debatem-se nos cômodos fundos da perene consciência
Os ciganos coloridos a buscar do que foi, estertores frios
A cantilhar em gélidas mãos sem linhas, que fez horrores
Surpreendendo-se às maldades de propósito bem urdidas

Extenuado passo percorrendo na vigília
Desatento da busca de tempo de vazios
Vasculhar refrátil da moeda não achada
Falso mapa do tesouro, riqueza perdida

Retrancando manchetes, titulou a sua enorme insolvência
Pautando solene assunto, a ninguém, só dele, interessava
Copy-descou rotamente, pavorosa estultícia, selo marcado
E um a um caíram ímpios, de calhaus, linotipos multicores

Editou pecados mil tal artigos de quermesse
Diagramando de estilo pessoal delinqüência.
Publicando a notícia e intrigantes falsidades,
Pregou banca o mural vulgar, amor e odores

Fanáticos e céticos da mesma esquina errada são mendigos
De igual burra incerteza crente cego e nihilista, são escravos
Presunção, prepotência contaminada, epidêmicas bobagens
Na lodosa areia da estupidez, a avestruz de cabeça afundada

Foi fanaticamente cético, duvidou mendicante.
Cegamente creu no Fim. Sim, o era, sem se ver.
Verme no monturo o sol negando por cego ser
Ao dar as costas à luz, criou seu mundo escuro


Carlos Drummond de Andrade (espírito)
Recebido mediunicamente por Arael Magnus,
No Celest- Centro espírita Luz na Estrada- Sabará _MG
Em 15 de Novembro de 2009


VERBUM

Há quanto tempo não reparava
Em mim, de mim, comigo.
Reparar é um verbo importante.
Diferente de mim é regular,
Democrático tiritante, dinâmico, indiscreto.

Vem antes de parar e após o preço refeito.
Não fica só, pois em si contém par, pé, pá e ar.
Diferente de mim...
Tem significados ocultos, dizem que é feitiço.
Reparar... Parar... Preparar...
Repararei.


Carlos Drummond de Andrade (espírito)
Recebido mediunicamente por Arael Magnus,
No Celest- Centro espírita Luz na Estrada- Sabará _MG
Em 15 de Novembro de 2009


DUENDES DOLENTES

Olhos pássaros
Que esvoaçam
Desembestadamente, sem rumo
Secas folhas
Que vagueiam
Destrambelhadamente flutuam
Nos charcos,
No mangue.
Nos rios,
Nas vias.
Crianças...
Anjos mirrados caídos do mural de Portinari
Duendes bordados de sangue
Sangue de lata de lixo
Brincantes de esconde-esconde
No esguicho da indiferença fria.
De passa-anel com unhas sujas
Embaçando palacianos carros bêbados.
Xô, daqui! Pirralha - grita o velho ladrão.
- Onde está a polícia que não faz nada?-
Esfarfalha ilegal ocupante de favor do Ministério.
Orgulhoso, o jogador balança a corrente de ouro
Cospe a gosma dopada no chão do asfalto lusco
Bradando rosna as fúrias àquela mão implorante.
Desembestadamente,
Destrambelhadamente
Pensam que enganam (engasgam)
Mal sabem que plantam (Más)
O insurpreso futuro da dor.

Carlos Drummond de Andrade (espírito)
Recebido mediunicamente por Arael Magnus,

No Celest- Centro espírita Luz na Estrada- Sabará _MG
Em 15 de Novembro de 2009



SILÊNCIO DOS ANJOS
Psiu... Faz um pouco de silêncio
Uma alma perdida agora dorme.
Almas perdidas às vezes acham
... Aqui...
Se acham, às vezes almas perdidas
Que quando dormem,
(se conseguem)
Não mais acordam, são encontradas
Nas correntes de orações,
Rezadas
Para almas esquecidas que dormem.
Psiu...
Faz agora mais um pouco de silêncio
Porque sinto: sono apressado chega
Não há tempo de colocar meu pijama
Que tem estrelas e anjos
Pintados em roxo claro.
Oremos.


Carlos Drummond de Andrade (espírito)
Recebido mediunicamente por Arael Magnus,
No Celest- Centro espírita Luz na Estrada- Sabará _MG
Em 15 de Novembro de 2009



CERZIR


Sou eu!

Sim, sou.

Sem Som
Só eu

Sem sol

Sem sul

Sem sal

Sem Céu

Só... Só.

Se sou,

Sôo

Suo

Sem ser

Eu sou.

Soul.

Monossilabicamente reduzido

Por não remendar curto espaço

O acadêmico exercício remoído

De ferrugem consciente que cai

Do teto lato imortais idéias.Vai


Carlos Drummond de Andrade (espírito)
Recebido mediunicamente por Arael Magnus,
No Celest- Centro espírita Luz na Estrada- Sabará _MG
Em 15 de Novembro de 2009



ENQUANTO EU NÃO MORRER


(A saudade é um trem)


Pedra lisa
Empinada
Levantada
Brilha, brilha
Faz divisa
Entre o Amor
E a Saudade
meio rio
só, vazio
Corre um fio
De demora
Passa hora.
Doce espera
Primavera
Quem me dera
Por um pouco
Aí estar
Caminhar
Na ladeira
Água Santa
Santa Santa
Brilha muito
Pedra lisa
Levantada
Tanta, tanta
De vontade
É verdade
No beijar
Se um anjo
Exorciza
Não me venha
Exorcizar
Só precisa
Pedra lisa
Empinada
Brilha, brilha
Levantada
Filho solto
Esperar
Por um pouco
Quero e quero
Em seu colo
Descansar
De alegria
Berro berro
Trem de ferro
Fura terra
Vem da serra
Vai pro mar
O segredo
No degredo
Nem desvendo
Não pretendo
Desvendar
Brilha, brilha
Muito brilha
Trem tem trem...shhhhhiii
Vou bem, bléin...
Sem também
Piuíiiiiiiii
Amém.
A eterna gratidão de emoção delira
Coração sabe: sempre cabe Itabira.

Carlos Drummond de Andrade (espírito)

Recebido mediunicamente por Arael Magnus,
No Celest- Centro Espírita Luz na Estrada- Sabará _MG

Em 15 de Novembro de 2009



Nota da Presidente- A reunião no Celest, no dia 15 de novembro de 2009, devido ao grande número de pessoas presentes teve o horário de início alterado, e teve que ser realizada em ambiente privado, com a participação de 9 pessoas definidas pelo coordenador do Projeto, Padre Aldo. Manifestaram-se pela psicografia os espíritos de Carlos Drummond de Andrade, que deixou 23 mensagens (poemas, sonetos e poesias), a gentil poetisa portuguesa Florbela Espanca (14 sonetos) e os poetas castelhanos Jorge Luis Borges, argentino e o chileno Neftalí R. E. R. Basoalto (Pablo Neruda) ambos com 8 poemas cada um. Pelo caráter revelacionista, reivindicativo ou pessoal de que se revestiram alguns dos poemas de CDA, e todos os dos outros poetas que nos visitaram, estão sendo analisados pelos 48 da relação (definida pelo coordenador), que os estão recebendo e serão colocados em breve (Se Deus quiser) à apreciação dos interessados, via E-book pela Internet.
LLP- centro Espírita Luz na Estrada - Sabará - MG
Leia mais mensagens de Arael Magnus em http://intermedium.spaceblog.com.br/
E em http://araelmagnus-intermdium.blogspot.com/

Ou no You Tube em http://www.youtube.com/tvintermedium?gl=BR&hl=pt#p/u/0/5TvKGGE4MRw


Assista clipes de 400 músicas mediúnicas das mais de 1700 recebidas por Arael Magnus em
 www.youtube.com/user/TVINTERMEDIUM/videos?view=0&shelf_id=1&sort=dd

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Grande Lição de Kardec




“E ele esteve entre vós, e não o reconhecestes” – Jesus-(Mt 17:12-13)

Estas palavras do Mestre sobre João Batista, mostram que é antiga a pouca atenção da Humanidade com quem está à sua volta. Muitos- milhares certamente- de seres extraordinários, cumprindo missões gigantescas, passam pelo mundo, não são percebidos, e somente depois, muito tempo depois, descobre-se a grandiosidade e a importância de suas presenças e de suas obras. Às vezes.

Um dos mais intrigantes, e que mais suscitam hipóteses, casos de possíveis voltas, se baseia na promessa feita em torno de Allan Kardec- nosso querido lionês- onde o codificador da Doutrina Espírita, em suas “Obras Póstumas”, revela que o Espírito da Verdade advertia sobre sua ida, em breve para o plano espiritual, com seu retorno à Terra -”Para dar continuidade ao trabalho de consolidação da Doutrina do Paráclito”- nos primeiros anos do Século XX.

Não é uma sugestão, uma proposição ou desejo. Não é uma figura de retórica. É uma promessa! Não é uma revelação de vontade pessoal, mas determinação firmada.

Partindo de quem partiu, seguramente se pode ter a certeza de que, findo o século XX, escoado o tempo razoável de tolerância, “ele esteve entre vós e não o reconhecestes”. Aliás, ele está. O Educador, organizado, metódico, sistêmico, enérgico, elevado, de ampla cultura, de profundidade, altura e autoridade que permitem conversar com o Mestre Jesus em amorável intimidade, esteve e está entre nós.

Sem que sejam necessários exercícios burlescos de transformação radical de personalidade, estilo e essência (que os espíritos sempre guardam entre si, como partículas desinentes de individualidade e de conquistas pretéritas), podemos identificá-lo, com todos as matizes e nuances, incorporadas e refletidas nas ações daquele que na opinião do ínclito Camille Flammarion, era o “Bom senso encarnado”.

Após sucessivas vidas de sacrifício e apostolado, permeando sempre os caminhos da busca da Evolução, não descansando e nem se rendendo às inclementes resistências que lhe opunham as forças comprometidas com o atraso, esteve presente em todas as fases importantes da Humanidade, nos últimos milênios, se constituindo em expoente farol, a revelar as verdades, indicando o roteiro, esclarecendo e ensinando. Sobretudo ensinando.

Por 75 anos ininterruptos teve ele contato direto e quase que diário com todos os profitentes e estudiosos da ciência, filosofia e religião espírita . Desde 27 de Julho de 1927.

Allan Kardec é Emmanuel!
Após passar por diversos períodos de sua própria ascensão, o superior espírito volta à Terra, numa permanência de mais de 70 anos, coordenando, orientando, em apoio e harmonia com o também imensurável Apóstolo Chico Xavier. Desde 1927, sob o clarim angélico de Carmen Perácio, Emmanuel assume ao lado de Chico, a coordenação dos trabalhos de crescimento da e pela Doutrina do Consolador. Ao lado porque é assim que trabalham, sob a regência una e majestosa de Nosso Amado Jesus!

Sim, Emmanuel também foi Manoel de Nóbrega (rígida semelhança, na autoridade, liderança, cultura e atitude!), como o foi Públio Lêntulus, Nestório e daí se enchem dois livros. Mas, é em Kardec que consolida sua posição firme de pioneiro, desbravador das trevas do mundo, com as verdades do Divino Mestre. Notícias de entidades muito iluminadas nos falam de seu papel importante no Mundo Antigo, na figura extraordinária do profeta Samuel. A propósito,lendo o Velho Testamento, no livro I de Samuel, em seu capitulo 28, em seus versículos 1 a 25, podemos participar de uma completa sessão espírita com manifestação mediúnica, de Samuel para Saul, através da intermediação de Neriah, a feiticeira (médium) de En Dor.

Cumprindo fielmente sua promessa, esteve por 71 anos, muito presente, dia a dia, com palavras diretas e insofismáveis, com didática irreprochável, expungindo as dúvidas, de modo claro, em lições de verdade irretorquível, a serviço da Terceira Revelação.

Como sempre soe, hão de surgir as questiúnculas e interrogações. Mas as dúvidas são o caminho da sabedoria, no conceito aristotélico, corroborado por Jesus, que só nos permite a excelsa libertação após conhecermos a Verdade!

E é o próprio Emmanuel/Kardec quem nos traz a elucidação daquela questão, que seria talvez, se não a mais importante, a mais freqüente: No Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu Capítulo XI, tomo 11, temos uma carta sobre o “Egoísmo” assinada pelo espírito “Emmanuel”. O signatário daquela mensagem, por razões próprias adotou esse codinome, não sendo entretanto, aquela, a mesma pena a do escritor de “Paulo e Estevão” e mais de 110 obras diretas. Mas, o pseudônimo era bom, e se adequava às proposições preliminares, como o do adotado de ancestrais druidas, pelo então professor-cientista Leon Hippolyte. Além do mais era uma homenagem a seu grande companheiro, elevado e sábio espírito de Swedenborg, que também era Emanuel.

Isso explica, de modo pleno, a razão de não ter Chico Xavier, ao longo de seu missionato tão longevo, recebido qualquer linha assinada por Allan Kardec. Que incoerência seria, admitir que o Codificador não se comunicava via mediúnica, e que um dos maiores interlocutores da espiritualidade, encarnado, não possuísse a sensibilidade de conectar-se ao Codificador da Doutrina que ele tanto difundiu! Óbvio que aí, aqueles que imaginaram ter sido Chico a volta de Kardec, afirmarão ser esta, uma prova inconteste, de que o doce e afável rapazote de Pedro Leopoldo voltasse à lide carnal, depois de abrigar a autoritária e retumbante personalidade do professor francês! É como se coligíssemos, à partir disso, a reencarnação, próxima e seqüente, de um arrebatado e belicoso gladiador, numa suave e sensível “prima donna” do ballet clássico. A função indispensável do perispírito estaria aí comprometida, em essência, contrariando aos próprios ensinamentos obtidos no “Pentateuco kardequiano”, a respeito da sucessão das existências e os resquícios remanescentes de personalidade impregnados de modo indelével.

“Mas-”, dirão, os obstantes, “o que importa isso para a Doutrina Espírita?”. Importa muito!. Trata-se além de um compromisso cumprido, mais uma extraordinária lição trazida até nós por Kardec/Emmanuel, na evidenciação de que “voltar” não é necessariamente estar no cárcere da carne, mas na plenitude do juízo, da razão e da coerência, com a Verdade trazida a nós por Jesus Cristo. Aliás, como Ele estará voltando, em Glória e Espírito até nós, sem precisar se submeter (de novo?) à estupidez e barbárie de criaturas tomaicas e atrasadas, o que aliás ainda caracteriza a maioria. Sabemos que muitos ainda ardem-se por dentro, no desejo de reviver os espetáculos dos martírios e calvários. Certas manias antigas são difíceis de ser abandonadas!

Porém, os tempos são chegados, e Ele está voltando, em Vitória e Luz! A lição, sobretudo aos espíritas, retentores da maior quota de Revelações que foram feitas à Humanidade, está sendo ministrada por Emmanuel/Kardec. Debrucemo-nos sobre ela. É a regência consagrada do espírito sobre a matéria!

Quando aceita, e vira certeza, a Verdade alimenta, e os males das imprecações errôneas são corrigidos. Assim, os empedernidos em suas opiniões deixarão as suposições vazias e estéreis para a confrontação da realidade, estuário seguro da fé raciocinada.

Francisco Valdomiro Lorenz

NB- Essa informação me foi dada pelo próprio Emmanuel, em 2 de Janeiro de 1976, quando este sábio mentor elaborava o prefácio do “Esperanto Kiel Revelatio”. A seu pedido autorizou-me divulgá-la 33 anos depois. Compromisso firmado, promessa cumprida. (FVL)


Mensagem recebida em sessão pública, em 23 de Dezembro de 2008, em Esperanto, pelo médium Arael Magnus, no CELEST- Centro Espírita Luz da Estrada- Fundoamor - Fundação Operatta de Amparo e Orientação- Estrada Velha de Nova Lima, 1275- Castanheiras- Sabará- MG em 23 de Dezembro de 2008- fundoamor@gmail.com;
Viva 2009- 150 anos do nascimento de LL Zamenhof-

Acompanhe mais mensagens de Arael Magnus no blog http://intermedium.spaceblog.com.br/

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A Poesia e a Prosa de Humberto de Campos - Espírito



Quatro Sonetos
de Cena Comum

Só semeou em vida oca, fulgurante
O orgulho, a ambição, e o desatino
Dizia-se o monitor de seu Destino
Seu argumento era duro, arrogante

Não se detinha a um ato caridoso
Pisava seco a cabeça de infelizes
Pelo ganhar superava meretrizes
Tonitruante se adornava, vaidoso

Maior se via imune, sem reproche
Não o tocava a mais pura verdade
Das leis do Céu ironia, e deboche

Nem mesmo o tempo, a realidade
Far-lhe-iam face na tola majestade.
Do mal era o criado, um fantoche

................

Incerto dia a morte leva-o dormindo
Hirto o pôe, bem diante de algozes
Entre monstros, vingativos, ferozes
Cobrando, em altos berros exigindo.

As agruras são agora bem terríveis
A colheita veio em farta quantidade
A dor, sem freio, atinge altos níveis
Ao seu redor só desperta piedade

Sozinho às feras enfrenta a procela
Estropiado no remorso, rastejante
Quedo, podre, estado humilhante

Sempre mais afundado na barrela
Chaga viva, horrorosa pustulência
Gerada de sua negra consciência

................

Grande sofrer deflagra imo inverno
Os grilhões ferreteantes insistentes
Uivos, gemidos, ranger de dentes
Escuridão, na borra fétida, inferno!

Fantasmas de origens umbralinas
Figuras torpes idéias deformadas
Escorrem pelas furnas enlamadas
A devorar esperanças pequeninas

Severo esgoto do juiz da imundícia
Depura erros, livrando-o da malícia
Em tempo lerdo, intenso sofrimento

Purgar de velha culpa, paga contas
A memória a lança eriça as pontas
Aumentando a prova, seu tormento
................

Mas eis que, um dia, entre luzes, vê
O anjo de bondade a revelar porquê
E abre o coração ao arrependimento
Encerrando tenébreo rito de tristeza

Conhece ali, plena, oração fortaleza
E envolto em paz, pulsante alegria
Transborda liberto, o ser em euforia
Sentindo bênção pura, ignota Beleza.

Em novo caminhar aponta para cima
Poder o Bem criar, causa que anima
Vergôntea, fruto novo nele então reluz

E pronto à jornada do refazer a alma
Escuta, comovido, a canção calma
Que fala as histórias de um tal Jesus.

Humberto de Campos – Espírito –
Recebida por Arael Magnus em sessão pública no Celest- em 8 de Dezembro de 2009- Castanheiras- Sabará- MG
.......................A PERDA DE UMA CHANCELA
.......Perturbadoras questões afligem a milhões nesse instante, acerca do futuro. A indefinição de horizontes, a incerteza sobre as conseqüências de atitudes destrutivas, e os descaminhos dos que preferiram criar atalhos diante de situações estabelecidas, são aspectos que colocam a Humanidade tal uma casca de noz, à deriva, em oceano revolto. Perigos rondam de todos os lados, com as ameaças acontecendo, repetitivas, partindo ou de nações em conflito, ou de desequilíbrios gerados pelo arrasador “modus vivendi” do homem sobre o planeta, na agressão descontrolada ao ambiente inteiro.


.......Aproveitam-se, - porque há oportunidade - os espertos, os dominadores, os fanatizantes para colocar todo um arsenal a serviço do pavor, do medo, do pânico. Há também (e crescem em quantidade e presença), aqueles que, irresponsavelmente, negam de forma peremptória todos os perigos e riscos iminentes, reais, possíveis, prementes. São os falsos pilares da segurança. As grossas e podres vigas de sustentação. Crêem estes últimos que Deus intercederá, caso preciso seja, a fim de salvar o planeta de uma derrocada, do cataclismo apocalíptico. Ambos os pólos estão cobertos de enganos, de erros, de perigosos e comprometedores equívocos. Conduzem os ingênuos e pacatos ao desespero ou à invigilância. Óbvio, responderão a seu tempo também por isso. É a lei,

.......Nesses seis bilhões de anos de existência, desde quando desgarrada de seu núcleo original, e começou a se compactar, passando de mera amálgama ígnea para bloco mineral, resfriando-se, solidificando-se, nunca o planeta Terra esteve tão ameaçado quanto agora. O risco de uma hecatombe global, capaz de eliminar toda a vida material deste nosso pequeno grão de areia cósmica, - abrigo eficiente para trilhões de seres de todas as espécies em sua marcha evolutiva - é muito grande, exige reflexão, por ser fator resultante, mero efeito de origens assaz conhecidas.

.......E é nesse ponto que se torna necessária uma atitude realista, sincera, inteligente e acima de tudo, protetora para com todos os seres que aqui habitam. Sobretudo com os classificados de raça humana, na matéria (ainda) os mais evoluídos, a fim de que, em ato eficaz, possam se preparar para transformações, de situação ou de planos. A estruturação precisa envolver, de modo claro, ostensivo, incisivo, contundente mesmo, a eternidade do espírito, a conscientização do prosseguimento da jornada, inclusive em outros sistemas, em outros ambientes, até mesmo na carne. Nosso amado planeta é uma estação de passagem, não o pouso final, sabemos.

.......Por sua natureza essencialmente racional, de origem divina, a Doutrina Espírita poderia contribuir muito para essa missão de esclarecimento, de educação tanatológica, transformadora. Poderia, porque não tem se prestado a isso, o que é lamentável, visto que, apesar de esforços ingentes e gigantescos de luminares e espíritos de grande bagagem de evolução e sabedoria, os desvios na aplicação da codificação extraordinária encetada sob a coordenação do professor lionês, para quadros de deplorável estagnação, retrocesso, na repetição de surrados erros, cometidos pelas corporações religiosas desde deploráveis eras.

.......Podemos, na mesma linha, infelizmente repisando o atoleiro, verificar que, acerta aquele que afirma que, se Jesus reencarnasse, seria de novo glorificado no Gólgota, com os dedinhos da omissão levantados a favor dos novos Barrabás, com os mesmos Pilatos de mãos limpas e consciências pesadas, sob os olhares cumpliciados da turba para as benesses temporais. E dentre estes, (é lamentável!), estariam alinhados muitos dos qualificados próceres espiritistas, principalmente do Brasil, com certeza a grande base dessa religião, ciência e filosofia, sendo os dois últimos quase relegados ao ostracismo.


.......A postura de grande parte dos que se colocam como dirigentes espíritas tem desviado a Doutrina Reveladora e Libertadora para os intramuros das organizações ascéticas, excludentes e elitistas, já o disseram muitos, o que reiteramos. A instituição de uma messiânica “pureza doutrinária”, grassando de modo avassalador sob a coordenação de revoltada falange vaticanal, distanciou a grande massa, a gente do povo, impedindo o aprendizado e vivência dos preceitos explicados à Luz da Razão, do cristianismo original. Impuseram grades e algemas, freios e barreiras; criaram dogmas disfarçados em regras de organização, a fazer inveja a qualquer mosteiro medieval. Troca-se a prática e o exemplo da fraternidade pura pela habilidade em se vender livros, mensagens, congressos, em “know how” apropriado aos fariseus de antanho. As reuniões passaram a ser de secundária importância, pachorrentas, bajuladoras, com exposição empetecada de temas que fogem do cerne, do foco, do centro da orientação. Os desencarnados não podem falar, não podem escrever, a não ser para os luxuosos congressos internacionais, para onde são convocados e anunciados antecipadamente, como “astros” de shows programados! E que falem bem, que aplaudam e baloicem os sinos e badalos a seus contratantes... senão ....

......Isso acontece de ponta a ponta, sob a orientação eclesiástica dos donos do loteamento espírita.
......Criou-se um “mundo interno” no meio destes quartéis generais, com a discriminação, e exclusão de tudo o que estiver contra, na abolição sumária de toda e qualquer controvérsia, sobretudo no que tange aos vultosos e “necessários” lucros absurdos, auferidos nas publicações e nos shows congressuais, onde Zaqueu supera Jesus. Mediunidade ali, só com médiuns “prêt-à-porter”, que recebem mensagens de lindos rótulos, Chico, Emmanuel, Bezerra, e tantos outros, mas... de conteúdo plástico, artificial, insosso, inócuo, que faria colorir obsessores mais desavisados. Ladainhosas e cantilenistas, travestidas de cristãs e doutrinárias, se prestando àquele dourar de pílulas frenético, histérico, histriônico. E tome plágios e repetições, cópias mal feitas, principalmente das recebidas pelo luminoso mineiro Xavier.

.......A mediunidade educada é seguramente o melhor caminho para a conscientização da realidade do espírito eterno, imortal. É o meio mais eficaz de se combater a descrença, os dogmas, de se revelar a riqueza e a importância dos valores perenes, da riqueza da alma. Mas, hoje no centro purista, sob a coordenação de concílios e papados de moldes conhecidos, ela é condenada, abolida, vigiada, massacrada, de preferência excluída. Cultuam a vestimenta de carne e ab-rogam a essência eterna, o espírito.

.......E dali foge a massa de necessitados, por não encontrar abrigo, apoio, compreensão, orientação. O médium não enquadrado na cartilha dos livreiros, que se contenha, que se segure, porque terá todos os seus passos medidos e vigiados, e atrás de si os novos inquisidores, a espelhar com requinte, aberrações torquemadianas. Ao lado, como guardiãs dessa turba, presunçosas gralhas arreganham verborréias falsas e caluniosas, dando azo a seus intoxicados destilados mentais.

.......Assim, e por isso, o espiritismo perde sua característica inovadora, revelacionista e se aninha aos adeptos do mercado sistêmico, lucrativo e controlado, com o abandono das prerrogativas de intercâmbio entre os ambientes espírito-carnais, eliminando a fraternidade ampla, contagiante, agregadora. Assiste-se então o desconsolo, e cada vez mais se nota a excludência, e, por conseguinte, o esvaziamento das casas de fachada kardecianas.

.......Esperava-se muito mais que uma mera fatia do bolo. Desejava-se que fosse o fermento a levedar toda a massa, a rechear com ensinamentos vigorosos, substanciais, a estruturar com solidez conceitos e verdades até então desconhecidos ou não entendidos pela Humanidade. Esperava-se melhor comportamento numa Doutrina que tem as respostas, que devassou os antes imperscrutáveis segredos e dogmas da existência. Mas as ancestrais vaidade, ambição, e prepotência verificadas nas direções dos “novos salvos” estão entulhando o novo Código Divino na vala comum das grandes decepções humanas, confinando-o a um papel de mais uma religiãozinha, uma seita como preferem muitos, mais um clube de especiais, escolhidos e ungidos. Igrejeiro, como já existem aos milhares.

.......Necessária é a lembrança de que mediunidade não é faculdade restrita, sendo inerente à própria situação da vida, onde ela existir, e sabemos, liga-se, de modo original ao próprio instinto, que em essência é a manifestação da centelha de Deus, em todas as formas do existir, conhecidas ou não. Destarte, não se constitui em propriedade ou atributo exclusivo de quaisquer credos ou segmentos, por mais rudes ou aprimorados que possam ser. A monocelular ameba traz em si os elementos para se comunicar com os de sua espécie, constante em seu espiral genético, e assim se permite atrair e reproduzir-se com sua biocultura, estando ou não em vida ativa, material, ligada por uma energia especial (animus), apenas para situar um exemplo que se repete entre todas as estirpes e dimensões.

.......Desta maneira, os espíritos se comunicam, estando encarnados, ou não, em prisão de corpos ou volatilizados, independente de terem ou não as suas convicções religiosas ou místicas. Em todas as partes do mundo temos os exemplos desde milhares de anos. Daí, o espírito para se comunicar, para mandar seus recados não precisa ser espírita. Deveria sê-lo, pois o que o é tem a consciência mais aberta a todos os questionamentos e, repetimos, tem as chaves e respostas. Mas, não o sendo também lhe é permitida a comunicação, que sempre aconteceu e continuará acontecendo, independente dos ameaçadores “fiscais de deus”.

.......Em todos os cantos, emissários descorporificados também estão alertando, advertindo, orientando, e de certa forma, preparando aos que lhes derem ouvidos, para as grandes e graves transformações que, de modo inevitável estão para acontecer com a relação à vida material neste plano chamado Terra, neste curto espaço que não supera uma década.

.......Esclarecer sobre a eternidade do espírito, sobre a manutenção da jornada, da necessidade em acumular os valores da virtude, enriquecendo-se com os tesouros do Céu é função e obrigação inalienáveis dos que esse trajeto conhecem, consoante aos que se albergam sob o translúcido pálio do Consolador. Expungir a ignorância, levando o alimento da sabedoria e a substância da Verdade, assinalando as palavras com o vivenciar é a melhor maneira de mostrar-se a importância daquilo que nos foi, privilegiada, mas não exclusivamente, revelado.

.......Transformar a Casa doutrinária em nobre feudo separado da realidade de todos, criando distinções e exalçando as posições de diferentes e pseudo-superioridades é fruto de perversa prepotência. Bater no peito “sou espírita”, para agredir aos que ainda não descortinaram os horizontes que a Doutrina do Paráclito clareou, não é fraterno, não é correto. É desinente de atraso.
.......Empolados em seus bergantins enfunados nas velas da jactância, alimentados no combustível das esmolas, do dinheiro que deveria ser destinado à caridade, embriagam-se no mercado aviltante das coisas sagradas (a mediunidade em Jesus o é!), se posicionando em realeza, do alto de ridícula mesquinhez, com o borbulhar gosmento de artificial postura rotulada de espírito-cristã.

.......Repetem aos milhões as magníficas mensagens de Chico Xavier. Pouquíssimo se copia, no entanto, de seu santificante exemplo de vida.

.......Despejam-se sobre mim, agora, agudas e penosas saraivadas de uma realidade pessimista, pois no Brasil, estamos perdendo a chance de direcionar pela clarividência e fraternidade, os destinos de todos os seres. Forçando a sensibilidade para tentar, como prometido, escrever com proveito, assalta-me, porém, a indesejável, mas concreta realidade do vaticínio do cronista em espírito, que parafraseando meu antigo ufanismo e esperança, alardeou irreverente: Bramiu, carroção imundo, de párias e “evangélicos”

............................Humberto de Campos – Espírito -

(Mensagem recebida pelo médium Arael Magnus em reunião pública, no dia 6 de Dezembro de 2009, no Celest- Centro Espírita Luz na Estrada – Castanheiras - Sabará – MG)

Leia mais mensagens de Humberto de Campos através de Arael Magnus em
-O Martírio do Apóstolo-
http://araelmagnus-intermdium.blogspot.com/2009/07/o-martirio-do-apostolo.html
- Presença de Mãe - em
http://intermedium.spaceblog.com.br/5/
-A Lágrima de Chico - em




Apólogos - I -
.....................SEMELHANÇA DE JUSTIFICATIVAS


.......No cumprimento de sua costumeira obrigação, o agente policial inquire o traficante de drogas, acerca dos motivos que o levam a agir daquela forma, destruindo jovens, viciando glebas, desmoronando a sociedade.
-Doutor, compreenda- (explicava ele, com ar implorante, em emocionada interpretação, deixando grossas e sentidas lágrimas escorrerem sobre as macilentas faces): -- Sou um pobre coitado doente. Em minha casa duas meninas e mais a mãe, minha esposa, esperam ansiosas pelo pão que lhes levo todas as noites - e chora.

.......Uma turma de zombeteiros e orgulhosos se pôe à frente do moderno centro de convenções, para ouvir o famoso palestrante espírita, médium de renome, a principal atração do Congresso, que iria ali acontecer. O preço do ingresso, alto e inacessível à média da população, trazia em si a defesa convencional: “parte da arrecadação irá para o lar dos desabrigados atendidos pela instituição...”. Em meio ao luxo e aos brilhos de letreiros chamativos, destaca-se o que mostra o tema do Congresso: A caridade!

.......Em uma esquina, a mulher ainda jovem, em trajes pequenos, como a propagandear seus atrativos sensuais, explica aos patrulheiros que a abordam:
- Minha mãe está velha, senhores. Tenho um filho pequeno que depende de mim. Preciso ficar nessa lida, pois, do jeito que a coisa anda, esta é a maneira que tenho para que eles não passem fome – completa, lastimando

.......Num canto de rua, espíritos de cor escura, entremeando gargalhadas guturais, esperam que se inicie a sessão de bingo na Fraternidade Espírita, regada a bebidas e outras “delícias”, cujo propósito era o de arrecadar fundos para atender aos necessitados da redondeza, apesar da viciosa prática. Curiosos viram quando o dirigente da Casa estacionou seu brilhante carro novo, e assumiu, com cara de choro, a expressão emocionada de autêntico mendigo.

.......Pego em flagrante delito, um infeliz meliante arrogava seus direitos:
-A sociedade nunca me deu oportunidade, sempre tentei ser honesto, mas só recebi recusa e desdém. Não me sobra alternativa senão a de roubar. Roubar para comer.

.......O ocupante do cargo político, assustado, ajeitando suas vestes íntimas a fim de esconder os maços da corrupção, ponderava cioso e convicto: - Todos sabem que parte deste dinheiro é entregue às entidades beneficentes! - com semblante de cândida inocência, assustado diante dos flashes.

.......A música alegre saudava o natal próximo, enquanto nas bancas repletas, livros multicoloridos, de preços elevados, concitavam o serviço da solidariedade, do amor, do Evangelho do Mestre. Nos balanços de anotações os altos lucros registram o progresso da livreira. Mas, com certeza o percentual estava ali, reservado às cestas de atendimento fraterno, em nome da caridade, da benemerência, de Jesus, do Amor, de Chico Xavier, da virtude... E daí por diante.

.......“Ai de vocês, mestres da lei, fariseus, hipócritas, que fecham o Reino dos céus aos homens! Vocês mesmos nem entram, nem deixam entrar aqueles que o querem”. Mt 23.13”

..........................................- Humberto de Campos – Espírito –

Mensagem recebida em sessão pública pelo canal Arael Magnus, no Celest – Centro Espírita Luz na Estrada – Castanheiras- Sabará – MG, em 6 de Dezembro de 2009
Leia mais mensagens recebidas por Arael Magnus em
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A POESIA DE GUILHERME DE ALMEIDA




CARIDADE ATIVA
Poderia ser suave, feliz, bem mais doce
Na experiência da romagem desta vida
Houvesse, de verdade, em nós a posse
Da bondade praticada, real, estendida.

A mão que doa e ampara sempre é ponte
O amor que na luz do céo exultante desce
A alegria que daquele lindo ato acontece
Tem Deus na origem, a razão, sua fonte

Caridade pede atitude, ação pronta, de fato
Mesmo havendo jeito, cuidado e lhano trato
Não pode se limitar à simples peça de teoria

Ao mendigo implorante a ruminar sua fome
O pão duro, seco, puro, dado, ávido come
É seu Deus e bênção; é sua Fé, sua alegria

Guilherme de Almeida- Espírito
Recebida em sessão reservada pelo médium Arael Magnus no Celest-
Sabará- MG, em 29 de Novembro de 2009


EM AUXÍLIO
Dizem que a rosa assume
Seu destino com o espinho
Que nós sejamos perfume
Não os pregos do caminho.


JUÍZES
Pra mim é fácil apontar
Do outro todo defeito
Bem difícil é enxergar
Se estou agindo direito
.

A LUZ MAIOR
Há vultos que descem à terra
Para engrandecer a raça
São seres em que se encerra
De Deus a sublime Graça

Trazem todos uma história
De amor doado em martírio
No bem servir fazem Glória

Da alvura intensa do lírio
Gravada em boa memória
Esparramam áureo delírio
Amor que a todos abraça

A luz que aos ímpios aterra
Mostra Verdade e a vitória
Que a bondade pura enlaça

Exemplo que nunca passa
De luzes, o que mais reluz
Depurando nossa escória
Destacando-se o de Jesus

Guilherme de Almeida- Espírito
Recebida em sessão reservada pelo médium Arael Magnus no Celest-
Sabará- MG, em 29 de Novembro de 2009


PROVAÇÃO
Bate contínua no peito
Latejante, permanente
Acusando
Pede silêncio e respeito
Suplica, chora, a mente
Só cobrando
Dor que derruba ao leito
Devorante e inclemente
Devassando
Crivo de horrores, feito
Escravizante, renitente
Consertando
Lição em filtro perfeito
Purgante do penitente
Vai limpando
Cada um tem o direito
A espernear resistente
Reclamando
Enxergar ali um preito
É de gente inteligente
Resignando
Por converter o defeito
Em virtude consciente
Burilando
No vernáculo escorreito
É a docente competente
Ensinando
Leva a caminho perfeito
E o Mestre feliz à frente
Esperando.

Guilherme de Almeida- Espírito
Recebida em sessão reservada pelo médium Arael Magnus no Celest-
Sabará- MG, em 29 de Novembro de 2009


QUANDO EU FALAR COM JESUS
Eu quero estender minha oração aos que não conhecem Deus
Quero andar junto ao irmão que se enfileira à trilha dos ateus
Pois não existe no mundo miséria, pobreza maior do que esta
Quem o Pai nega, na matéria, seu Criador”consciente”contesta

Quero estender essa oração aos que fazem da Fé um mercado
Pelo mal que nesta ação fazem ao mundo e a si em redobrado
Atolados em negras dores ficarão longo tempo sem clemência
Sofrendo gigantescos estertores pelos efeitos dessa demência

Eu quero estender essa oração àqueles que por meios nefários
Matam anjos, crianças indefesas, em abortos vis, sanguinários
Pois pagarão altos preços pelos crimes hediondos, perpetrados
Os piores pavilhões de dores e sofrer estão a estes reservados

Que esta oração se estenda a todos que ficam no erro atolados
Que implorem o perdão, se revisem, modifiquem seus trilhados
Que sejam prestos, pois não se sabe quando serão convocados
A prestar contas justas, da consciência à qual são endividados.

Quero estender minha mão aos que se arrependerem sinceros
Vou advogar nos céos, em preces, que castigos mais austeros
Lhes sejam minimizados, e que lhes venha plena compreensão
Pois ao que se rende, e se arrepende, Deus não nega o perdão


Guilherme de Almeida- Espírito
Recebida em sessão reservada pelo médium Arael Magnus no Celest-
Sabará- MG, em 29 de Novembro de 2009




OS HAICAI'S


VERDADES

Vir, viver, renascer
Lema da vida, um poema
Inexistir do morrer


SAUDADE
Amor... Distância
Sustento em pensamento
Só, vivo-lhe a ânsia


MONSTROS
Usura, fama, poder
Figuras de mil amarguras
anulando o crescer


VERDADE
Noite de lua cheia
É ao pobre que não se cobre
do frio, noite feia
!

CALEIDOSCÓPIO
No mundo do olhar
A paisagem se faz miragem
Do limite de sonhar


VISÕES
Madeixas dos teus
cabelos, posso assim vê-los
Reais fios de Deus


METAMORFOSE
Pessoa com fome
É fera que se desespera
Humana? Só nome.


DESVIOS
Queda no abismo
Escolhe quem se recolhe
A si, no egoísmo.


NATAL
No palco em luz
Anjos em belos arranjos
No coro a Jesus


PRECIOSIDADE
Lágrima ao chão
Brilhante qual diamante
Luz do coração

VITÓRIA
Ilusória despedida
Da morte, que parece forte.
A Vitória é da Vida


ESTRELAS
Enorme o valor
Felicidade na Caridade
Feita com amor


CONSEQUÊNCIA
Vacilei no erro
Reconheço que mereço
Dor e desterro


ILUMINAÇÃO
Sofreu, suportou
Dura Vida, azeda, sofrida.
Anjo de luz virou.


Guilherme de Almeida- Espírito
Recebidos em sessão reservada pelo canal Arael Magnus no Celest-
Sabará- MG, em 29 de Novembro de 2009



Assista clipes de 400 músicas mediúnicas das mais de 1700 recebidas por Arael Magnus em
 www.youtube.com/user/TVINTERMEDIUM/videos?view=0&shelf_id=1&sort=dd