É festa o que o peito sente
ao receber de presente
essa manifestação
desse véio feio inqueto
que inseste continuá perto
do seu povo, do sertão
Entenda meu refereno
veno minha gente sofreno
tenho eterna compaixão
Hoje mais carmo, mais manso
diiminói um pouco o ranço
assim tô na evolução
num consigo compreendê
vendo meu povo gemê
nessa miséria, calado.
Se tô mió, mais sereno,
é proquê nesse terreno
me deixam dá meu recado
Pra pedi mióra esperta
que virá na hora certa
mostrá que nun sô pagão
Como o mestre sábio pleno
dito Juvená Galeno
me ensinô umas lição
Ele que é um doutô do verso
me provou que o universo
tá no controle de Deus
Que estende a mão amiga
ao elefante e à formiga
Nunca abandonô os seus
Aprendê é necessáro
in corqué tempo ou horaro
diz professô Juvená
cum a bondade na frente
num pode sê deferente
a gente tem que avançá
Eu fico assuntano a prosa
do espinho cum a rosa
iguá vida de nóis tudo
Tem a beleza e o prefume
tem a mágoa e o queixume
o tempo alegre e o sisudo
Nessa crise de agora
valei-nos, Nossa Senhora
quanta dô, judiação
essa peste desse vírus
mata mais que vinte tiros
trazeno a desolação.
Vejo com certa revorta
que a tevelisão só sorta
que isso ninguém conteste
traz desespero e assombro
vem carregano no ombro
a morte no show da peste
O que munto me entristece
é que nunca aparece
arguém que fale em cura
só fala em respiradô,
e da boca dos doutô
só se escuita amargura
Num se pode nem tomá
Um quente e gostoso chá
pruquê eis acha isso errado
doutô que num remedeia
só fala em disgraça feia
nué de Deus, é do diabo.
Se formô na faculdade
mermo em dificulidade
num pode mudá a crença
é pra vencê as molesta
ou intão pra nada presta
se não combate a doença
Veno essa máfia de branco
Do meu peito ainda arranco
o meu berro de protesto
deseste o triste roteiro
assume logo: sou coveiro
Assím fica mais honesto
Eu vou aqui matutano
que o egoísmo humano
já traspassou os limite
tem um tar de potrocolo
me discurpe se me enrolo
besta quem nisso acredite
doutô que não qué curar
um dia eis vai confessá
a verdadeira verdade
vão discubri que esse vírus
é malinação de vampiros
sujigando a Humanidade
não é simpre, nem simprório
foi feito em laboratório
maquinação dos capeta
que em troca de riqueza
comete essa marvadeza
trazeno ao mundo essa treta
essa tar de o. m. s
até santinha parece
mas é a porta do inferno
vestida de cuidadora
é a grande inganadora
são os demonho de terno
imbromano a tudo e todos
criano medo e engodos
traz pavor, dor, aflição
matano gente aos milhares
levano tristeza aos lares
sofrê e distruição
Os povo tudo se enrasca
passa o árco, usa mascra
Fica em casa, sai do sol
Esse monte de besteira
num é a mió maneira
pra disatá esse nól
faz-me falta minha Belinha
que vinha com a tigelinha
trazeno o chá de gengibre
misturava alho e coentro
mas colocava lá dentro
amô de alto calibre
enfrentei munta molesta
inté pió do que esta
braba maleita, sezão
que acendia minha testa
tar quar fogueira de festa
nas noite de são João
O corpo tudo muído
num tinha um comprimido
pra me acudí como agora
mar tinha as pranta caseira
limão bravo, erva cidreira
que curava sem demora
Belinha logo me arranja
um belo prato de canja
e o suó moiava o rosto
de manhã tava curado
pronto pra lida animado
novinho que dava gosto
Nossa farmáça era a feira
nas banca verde do Crato
Pau d'arco e barbatimão
Sá Zefina curandeira
junta a casca de aroeira
benzida numa oração
pra criança cum lumbriga
mastruz cum leite, me diga
mió pra nós tinha não.
Era bem simpre, sem luxo
mas derrobava o difruxo
gripe braba ou congestão
da casca do jatobá
um chá pra fortificá
e a gente tava sarado.
garrafada do Agripa
sarava até nó nas tripa
moleza e vento virado.
Assim eu digo proceis
num enrola, busque de veis
Pregunte onde tá a cura
essa é o que interessa
sem a fiada conversa
de quem isto não procura.
Joel, sergipano forte
foi mandado lá pro norte
E foi bater lá na China
pegou todos relatório
apontando o autor notório
dessa praga assassina
E discubriu que a trama
dessa horrorosa disgrama
começô lá em niu Jerse
depois passô proutra tropa
em trêis nação da europa
e pra Shangay ele desce
Lá, compretaro o processo
pra eles foi um sucesso
modificaro o bicho
Só que numa distração
escapou no caminhão
dentro dum saco de lixo
dali foi se espaiano
mais de mil chinês pegano
e as morte veio em carrada
Wuhan abriu a porteira
jogano pra Terra intera
a praga mardiçoada
No Brasil o show da peste
Onde a globogay traveste
a mentira em verdade
O dia inteiro na tela
mostrano fráudio balela
terrô, usura e maldade
Um sinistro que é vendido
tá todo comprometido
como o anterior corrupto
Covardia, que tristeza
é o reinado da avareza
manteno o Brasil de luto.
Um monte de falsidade
escondeno a realidade
mas cura num anuncia
Sabe sim que ela existe
mas na tramoia persiste
matano mais, todo dia
Com mais de duzento verso
eu agora me despeço
agardeço a cortesia
E a cura, saiba, tem nome
e este mal que a paz consome
vai ser vencido, um dia.
Troço pra que chegue logo
Pra todo santo eu rogo
Pra vim tempo de alegria
E o povo vai se curá
quando começá a usar
a auto-hemoterapia.
Mesmo não seno o gosto
desse safado preposto
daqui a gente avisa
Não dê tento pra mentira
dessa turma de traíra
cujo capacho é a anvisa.
Eu tive meu 8 de julho
bato no peito com orgulho
Não me abaixo pressa raça
São os podre pau mandado
vendido para o diabo
embaixadô da disgraça
Preserve a vida, eu peço
dê chance à cura, o processo
é simpre, sem risco e custo
E quem dissé o contrário
é mentiroso, ordinário
cafajeste e injusto.
Não deixe os veín pená
jogado nos hospitá
nessa tropa de ingrizia
Dê à vida uma chance
desse meio a mão lance
autohemoterapia
Não percisa de ninguém
pra se valê desse bem
põe amô no coração
E logo que fô usado
esse modo, o resurtado
virá como salvação.
É este o meu longo aviso
que eu fiço, de improviso
mas, saiba: verdade é.
Pela atenção, obrigado
aceite o abraço apertado
DO SEU ETERNO CRIADO
Patativa do Assaré.
Patativa do Assaré - espírito
PAREM O SHOW DA PESTE! (veja o vídeo com voz)
https://www.youtube.com/watch?v=HdU5EWZbOOk
Mensagem recebida pelo canal Arael Magnus, em 24 de abril de 2020- Coroa Vermelha- Bahia