quinta-feira, 29 de maio de 2014

Dr. Amílcar Pereira- Caridade no voto

A  PRÁTICA DA CARIDADE CURATIVA 
NA HORA DO VOTO



     Muitos entregam sua alma, comprometem seu destino, destroem belos vínculos de amizade, pelo vício do poder.
     Isso mesmo!
     Como qualquer outro, a sede compulsiva do poder é um insidioso vício que se instala, entranhado, difícil de curar. Supera até mesmo a ambição materialista, as paixões, os mais ardentes apegos, os males químicos e obsessivos. É de todas as doenças psíquicas onde mais se sucumbem as qualidades, o caráter, os princípios morais, a honra.

     Após a despedida provisória da vida na carne experimentam, porém, atrozes conseqüências de seus delitos, de suas mentiras, da concupiscência a que se entregaram para atingir os postos, pagando altíssimo e doloroso preço pelo pódio do temporal domínio.

    Dessa forma, infernais e repugnantes paisagens são geradas pelo processo ideoplástico- dentro das definições neurológicas-, que a todos acomete após o desenlace. Espíritos caminham por fétidos lamaçais criados por eles, fazendo discursos, chamando auxiliares, atacando adversários, prospectando (na imaginação) correligionários, com promessas, propostas de emprego, coisas do tipo. Um ambiente de gemidos e uivos,  insuportável. Trágico, e produtor de sentimento de piedade cortante. Nenhum manicômio terrestre consegue se aproximar em repelência e tetricidade.

    O olhar esgazeado da demência, os gestos bruscos, a expressão apavorante, a postura ensaiada de nobreza, tudo isso, faz parte da encenação da infeliz presa desse infeccioso mal. Empertigados, acenam com sorrisos desconfiados aos que passam, a perscrutar-lhes as preferências, mantendo, porém, inexcedível postura de mando.

   Como antes, apresentam soluções, propõem mudanças, reformas, naturalmente antevendo benesses aos adeptos, a quem chamam “meus assessores”. O câncer
do poder é maior até que o poder do câncer aos ainda encarnados. Infelizmente começa a se tornar também epidêmico.

    Um dos piores danos que produz esse vício aos personagens que escraviza, é a eliminação quase que total do senso crítico, da noção de ridículo.
    Assim, se enxergam essenciais, plenipotentes, insubstituíveis, e totalmente capazes de resolver, conhecer, dominar tudo! Frangalhos envoltos em molduras de semideuses. Não se prestam a apoiar, orientar, ensinar aos que chegam, pois isso a eles representa perigo de golpe. A não ser que se agachem, reconhecendo-lhes a superioridade da “boca de forno” ...o que o chefe mandar, faremos todos!
    De preferência escolhem (quando não se podem nomear a si próprios) aos mais próximos, parentes, a aqueles que lhes rendem, submissos, por razões umbilicais, a reverência da autoridade, no servilismo imposto.

    A defesa de suas posições implica em ajuizar os piores conceitos a todos os que lhes negam adesão. E quem os acusam são qualificados como escórias, ainda que não sejam. Esquecem-se de antigos compromissos, traem juramentos, renovando proposições estapafúrdias, velhas lorotas recondicionadas em embalagens brilhantes.

    A intenção às vezes é boa, os propósitos, muitos, até altruísticos, mas esses planos são sufocados pela incapacidade, pelo atraso, pelo anacronismo de suas visões. Para se manterem, ou conseguirem o poder, se esquecem de se reciclar, estagnando em antigas mediocridades.

    Os cargos, as funções, trazem competência, mas não fabricam, de “per si”, a capacidade para cumprir as promessas. E se há risco de derrota, os escrúpulos são ignorados, os limites da verdade estilhaçados, o enovelamento moral libera e avaliza estapafúrdios comprometimentos e acordos.

     Esse é o preço cobrado pelo vício do poder, minando, no âmago, no cerne, os resquícios de possível recuperação, cada vez mais distante. O pior: contagia em volta aos que assistem efêmeras vitórias do desvario.

     Este mal ataca, indiscriminadamente, a jovens e velhos, homens e mulheres, pleiteantes de cargos elevados ou simples cadeira de gabinete. Como facultativo e como atuante na cena política pude encontrá-los com freqüência. É fácil identificá-los. Os danos à personalidade se assemelham a muitas neuroses e paranóias elencadas nos anais da psiquiatria. Seus efeitos são destruidores, pois tornam seus acometidos, impermeáveis às críticas, refratários às reflexões, cegos renitentes diante dos próprios desvios.

   No caso da vida política pública- onde esse monstruoso e destruidor vírus se instala e cresce- cabe à sociedade, sobretudo aos bons e caridosos, dissuadirem os reconhecidamente infectados por esse mal, de prosseguirem em suas sanhas. Mas, se estes insistem, compete-lhes, pelo mesmo princípio de caridade, negar-lhes o voto e o apoio. Os que tergiversam, por quaisquer razões, responderão também pelo sofrimento e pelas dores impostas a esses doentes psico-morais, cujo vício ajudarem a alimentar.

    Sejamos, pois atentos a isso, e exerçamos o Mandato do Amor, impedindo maiores males a irmãos que estejam acorrentados ao vício do poder. Isso também curará muitas chagas materiais e do caráter da própria sociedade, num todo.

Amílcar da Silva Pereira- espírito

Mensagem psicografada pelo canal Arael Magnus, em reunião pública no CEFEC- Valparaíso de Goiás, em 26 de abril de 2014

Assista clipes de 400 músicas mediúnicas das mais de 1700 recebidas por Arael Magnus em
 www.youtube.com/user/TVINTERMEDIUM/videos?view=0&shelf_id=1&sort=dd

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