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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Poesia de Henriqueta Lisboa - Espírito








TESOUROS

Quero ser fruta macia
Doce, amarela, madura
Para saciar a fome
Dos passarinhos
Que ficam
Famintos
Sem ter um ninho.

Quero ser fonte fresquinha,
Descendo a pé da montanha
Sarando a sede
Com beijos
Aos litros,
E com fartura
Toda secura das almas.

Quero ser chuva fininha
Caindo mansa
Na horta
Fazer crescer,
Bem viçosa,
O rabanete, agrião,
Cenoura, batata doce.
Cebolinha, caridade,
Chocolate no bombom.

Quero ser sol de tardinha
Crepusculando
A toada
Com café quente na trempe
Cheiro de biscoito frito
E conversa
Na soleira.
Até dar sono
Na gente.

Quero ser plena portante
Dessa riqueza imensa
Chamada
Simplicidade.


Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)


PREÇOS DE OCASIÃO
Toda dignidade
Pode ser vendida
Numa gota de sicuta.

Toda indignidade
Pode ser comprada
Num tiquitim de perdão.

O mercado tem prateleiras
Arrumadas
Na inversa ordem
De dar a quem tudo tira
Tirar de quem tudo deu
As coordenadas se encontram
E prosseguem,
Cruzadas
No gestatório
Destino.



Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)


ASSIM NO CÉU COMO NA TERRA
Perplexas verdades
São caramujos
Dissolvendo-se
Na pedra, úmidos.
Formados rastros
De brilhos duros
Como diamantes

De verdades derramadas.
Ditas assim, na cara
Sem meias palavras
Alguéns até dão a elas
O nome de Pater Noster,
Qui es in caelis,
Fiat voluntas tua....


Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)


CICLOS
Os olhos aboticados
Do sapo
São maiores que
A língua.
Espadachins
De desejos
Sonhando
O desequilíbrio
Da mariposa
Que dança
Na flor
Que cospe a semente
Enchendo a boca
Da flauta
Que já flecheia
Os olhos
Aboticados do sapo.

Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)


SENTINELAS
Vela
Vela
Vale
Vale
Veio
Veio
Velo
Vê-lo
Vês
Pensar
Em linha
De fogo
Revôo
Estilhaços
A usina
Pulsar.


Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)

- É urgente promulgar a Declaração Universal dos Deveres dos Vermes -


Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)


BIS

Triste piano
Chorando Chopin
Acordando lamentos
Noturnos,
Gritantes
Dobrados
Nos lenços
Molhados
De sangue,
Cor de Amora.

Hoje o marfim
Amarelecido
Esconde
Seu timbre
Não chora,
Não canta
Só lembra
Se lembra
Do tempo
Que viva
A flor
Recendia
Perfume
Jambeiro
Em flor

Desce ao caminho...
E ao caminho sobe.
Retine.

Passado feliz
Presente
Assustado
A luz se apagou
Na Ária de Bach
Estupefação!
Os dedos nervosos
Nas teclas pousados
Tocam novamente
Sonatas tristonhas
Que felicidade!
Voltaram os prantos
Dos sons libertados
E a flor de perfume
Espalha nos ares
Cheiro de jasmins
A festa prossegue,
Feliz Imortal
Mozart, Debussy ...
Avencas, acácias
Vivaldi, Strauss...


Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)


UM SORRISO DE POETAReinava
Rei navegante
O sol desliza nas nuvens
Lentamente,
Zeloso de não ferir
Os silêncios do poeta.

A tristeza não é má,
O ruído sim.
Barulhos são invasores
Dos aposentos
Fantasmas.
Lança de varar céus.
Decidido caiu no mar, o sol.
Há em volta vultos
De volta
Que espreitam,
Espremem,
Sinistros gargalham
Por não saberem a Graça
De um sorriso de poeta.

Existe a cada verso,
Na elegia
Um núcleo de ressurreição
U’a mista divindade
Tanto bom que sobrevoa
E faz fugir, rugibundos
Os fantasmas
A realidade
Até a vida.

Mas os dedos e os medos
Caem
Sobre o pano xadrez
Da melancolia.
Profundo despetalar
Sonhos impróprios
Dores contadas
Choro dorido
Flor
Da Lágrima.

A coragem de viver...
-“Porque vida é um ato de loucura.
Andar farpado de arame bambo”.
Balouça no cenário violáceo
De sua amargosa
Insistência
Pétrea
Pedregosa
Petrificada..

Sob manto negro
Escura companhia
O rei mergulha no mar
Sucumbente
De negra escuma
Da culpa
Sem culpa, sem lama,
Só alma...

Remorsos
Vagidos rasgam o peito
Gritando
Juramento catedrático,
Da última etapa
Do primeiro mandamento.
A Parca é enganosa
Por não cobrir
A multidão de pecados
Que o Amor cobre.

A Fonte de Amor, ouvindo
Os cantos,
A consciência
Encerra a noite,
Acende a aurora
Num casebre ocre
De papelã janela.

Nasce outro dia,
No colo de mãe
Acolchoado em fadas,
Especial criança,
De especial sorriso
Feliz de poeta,
Dos brinquedos de poeta.
Novamente
O sorriso e o poeta
Em síndrome rubescente,
Reinam...



Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)


O PRESÉPIO
Eu inda quero sentir
O branco olor d’açucena
Passar os olhos espertos
Sobre o manto de flanela
Azul, mesclado de tons
De um berço
Com criança.

Eu inda quero escutar
O cantoninar sereno
De uma Callas esquecida
Em bairro de classe média
Esquentando a mamadeira
Nanar o neném
Dormir.

Quero tecer sapatinho
De tricô em ponto-cruz
Casaco, meia, futuro
Enxoval de esperança
Rosa, azul e amarelo.
Sete dias
Cai o umbigo.

Por quê?

Porque há ais...
Há sim longa fila
De espera.
E nela
Serpenteante
De tão longa
Está um rapaz formoso,
A bela moça prendada,
No velho brota bondade,
Uma menininha linda
Com vestidinho engomado,

Seres querendo ser.
Que não conseguem nem ser
Já que ninguém mais quer ser
Josés e Marias ou Marias
A montar rudes presépios
De deixar vir para o mundo
O Menino de Amor
Um pouco viver
Mesmo que um dia
Morrer
Crucificado...


Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)


HORA DO RECREIO

Aos braços me traz Cecília
Doce ternura...
Ampara-me qual escudeiro
Bandeira. É muita honra.
Ao som do riso pequeno
Do enormesco Drummond
Fazendo graça, menino
Tri-Quintana, em altos pulos
Conta a última anedota,
- Nada, nada pessoal-,
Diz ao Fernando,
Aos papos bons com Florbela.
Sem poder estoirar
Tambáim rrrio...
Do sotaque Ceará.
Do guilhermante hai-kai
Tudo isso acontece
Na hora do bom recreio
Sob olhar sereno e amigo
Do professor Romanelli.
Não quero dizer mais nomes
Mas são muitos, aos milhares
Uniforme azul e branco,
Somos só colegiais,
Ainda primeiro grau.
Do Instituto Educacéu
Tocou a sirene,
Voltemos à aula.
Viva a hora do recreio!



Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)


AMANHECERES

Os jardins de memória
Mostram vasos
Órfãos de suas flores.
O diabo vestido de velha
Rega terra seca.
Rega
Passado, espelho que olho.
No regador esperança,
Verde asa de Louva-a-Deus.
Das estrelas o piscar carrega
Luminíscia madrugada
O anjo vestido de moça
Seca toda terra cega.
Seca.

Olho pela fresta da janela
E concluo que não tem lua
Nem janela,
Nem fresta,
Nem olho
Nem velha,
Nem moça.
Cartesianamente concluo,
Logo...
Há o anjo vestido de
Anjo,
Que não rega mais suas
Rugas,
Que não rasga mais as
Regras,
Que enruga as rusgas
Cegas.

Num regador esperança
Os arqui-suspensos
Jardins de memória
Mostram vasos exibidos
Exibindo novas flores.
São girassóis
Que incendeiam
A alvorada
Do Louva-a-Deus.



Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)


NATIVISTAS
Escutai...
Não doem minhas feridas,
Cicatrizes
De mim fugiram como
Lambaris doirados
Adorados
Levaram na mala
Maldade e rancores
Na densa fumaça adernou
Aquela vontade louca
Fiquei no meio frio da estrada
Despertando
Graminhas
Que dormiam sob
O orvalho.
A graminha chamei-a
Vida,
E o orvalho,
Saudade.



Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)


A UM MÉDIUM
Colho teus suores
Que enchem de
ansiedade
As sombras de redor
Balsâmicas gotinhas
Inundando de amor
Corações vazios.
Ciciar do grafite percorre
Papel inquieto, molhado,
Minar.
Dando de ti
Humilde,
Pontos de seiva
Imortalidade
Alma, das almas.

És de um rio
Atraque singelo
Amarrado, mambembe
Às beiras lodosas,
Derramas certeza
Variados matizes.
Ânsias e
Holofotes
Marginando
Fecunda
Tempestade
Aos estéreis reinos
Da descrença
Lanças dúvida
Devolvem ironia
O fruto é bom
Vê-se, teu não é
Ruim, quanto pior
Óbvio, mistificas .

Sofro a angústia
Tua angústia
Pela obscenidade
Da ingratidão,
Desconfiança ferina,
Maldade.
Passo cambaleante
Sob peso de cruz aceita
Abandono,
Solidão, exílio.
Dessocialização completa
Incompreensão
Bailando ao som de réquiem

Vigiam-te, títeres
Enlameados,
Vasculhadores
Vampirizados,
Insulam-te
Minudências da hiena
Espreitando carcaças
Por não achá-las
Babuja a calúnia, injúria
Barrelas que dela trazem.

Vejo-te o infranzido perdão
Na pertinácia
Da sequência disforme.
E,
Pelos que vem, vieram
Virão
Te beijo agradecida,
Retribuo-te o ombro
Meu apoio e braço
Coração insuspeito.

Canal, afluente ligante!
Ponte, travessa peroba
Podia mais enxergar
Ainda muito,
Bem mais.
Porém nada mais vejo,
Nem quero
Porque a luz tonteante
Que vem
De quem, nesta
Homenagem
Te abraça
Cega-me toda,
A mim,
Ao mundo. .
Ao te abençoar.


Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará


O PEIXE
Poesia é igual a peixe
Comprado no mercado
Pescado nos arroios
Grandes mares
Ou no poço.
Primeiro olha-se o olho
Olha-se o olho primeiro
Em seguida sinta o cheiro
O cheiro dá procedência
Depois apalpe a cor.
Verdadeira ela tem cor.
Fa-la-á picada, em postas
Temperada ao violino
Refogada
Em sentimento.


Henriqueta Lisboa – Espírito
(Poesia recebida via mediúnica por Arael Magnus, em 22 de Novembro de 2009, em reunião reservada no Celest- Castanheiras – Sabará)
.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.

Nota da Presidente- Nesta reunião estiveram também presentes os espíritos dos poetas Guilherme de Almeida e Paulo Menotti Del Picchia, que deixaram, respectivamente, 21 e 8 poesias, poemas, sonetos, e o primeiro lindos “hai-kais”. Além das 15 mensagens acima, o espírito da inspirada poetisa Henriqueta Lisboa marcou sua presença com mais 37 poemas, poesias e pensamentos, que serão em breve colocadas à disposição dos interessados. Devido ao espaço, muitos estão sendo colocados diretamente no blog da TV Intermedium, ou seja, http://intermedium.spaceblog.com.br/
e em http://araelmagnus-intermdium.blogspot.com/
Ou no You Tube em http://www.youtube.com/tvintermedium?gl=BR&hl=pt#p/u/0/5TvKGGE4MRw

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A Maior Fonte de Energias que Existe


Seres os há de todo tamanho, valor, evolução. São incontáveis as categorias. Predominam no plano terrestre, por razões compreensíveis, os mesclados, com seus vari-tons, composições de luz e sombra. São os que conseguem avanços em sua escalada, “ajuntando tesouros no Céu”, ou seja, se livrando de imperfeições e pesos, mesmo que retenham pontos obscuros de atitudes e de pensar. E esse panorama, hoje - em se tratando da raça humana, no sistema espiritual que a compreende - pode ser definido, geometricamente, por uma figura de losango deitado, cada vez mais achatado, com uma quantidade muito maior de indivíduos na região mediana.

Nos dois extremos há muito poucos, agora. Por um lado isso é bom, porque a cada dia reduz-se o número de criaturas totalmente más. Por outro, preocupante, porque também a cada dia diminui a tutela dos luminares sobre este orbe, aumentando aos que ainda estão em faixas transitórias, a responsabilidade em sustentar o sistema, religiosa e espiritualmente falando.

Todos - independente da situação em que se encontram - possuem instrumentos de identificação que lhes permitem ser reconhecidos ao primeiro contato, em grau e nível pelos que estão à sua volta, e dos que os visitam. É um sistema perfeito, que comporta o uso de cores e matizes, e algumas vezes sons (sobretudo seres de santificado brilho), e em casos de vibração muito baixa, também de cheiros, odores.

Cada um de nós carrega seu “Phaross”, - como abreviamos aqui na região de pesquisas onde fico - que traduzido seria “Photochromic Aromatic Oscillator Sound Stage” ou, Oscilador Fotocrômico Aromático e Sonoro de Estágio. É como se fosse, no linguajar atual, um chip, um crachá a qualificar a posição espiritual. Todos o possuem e o transportam, de modo permanente, por onde vão. Isso é que permite aos espíritos se reconhecerem, mutuamente. O expediente também serve de assinaturas, para atitudes, pensamentos, intervenções, empenhos, ficando impressos em nosso percurso. Esclareça-se que isso vale tanto para os iluminados quanto aos de pouco brilho, na carne ou não, todos, enfim.

Numa proporção compreensível à maioria, podemos afirmar que os avanços extraordinários da tecnologia, sobretudo da informática hodierna, no mundo terreno, consistem em insignificantes parcelas de liberação do conhecimento que é praticado em esferas espirituais, próximas ao planeta.

Em qualquer lugar, em qualquer nível, a conexão com nosso Phaross consegue abrir todo prontuário, a nossa ficha pessoal, com minúcias e detalhes. É claro que o acesso a informações mais íntimas, profundas, pormenorizadas só é facultado a quem detém a evolução suficiente para tanto. Em regiões mais elevadas perguntas simplesmente não existem pela não necessidade de uso.

É de bom proveito que nos certifiquemos disso, a todo instante, porque nosso “chip vibracional” revela com precisão o que somos, o que pensamos, o que fizemos e o que pretendemos, sem desvios, sem camuflagens.

Rapidamente se descobre que os expedientes usados são semelhantes às aplicações da cibernética, da informática, do eletromagnetismo, da química, das energias consubstanciadas, porém, com métodos ainda não totalmente dominados. Já é ponto passivo que nosso conhecimento é reminiscente, e que as propaladas evoluções tecnológicas do plano terrestre são cópias “lembradas” por seres, que no limiar etéreo estiveram por mais vezes ou permaneceram mais tempo. Muitos dos inventos e grandes descobertas, a maioria, aliás, são revelados antes, através de páginas de escritores, poetas, intuitivos, como as conhecidas “antevisões” de Julio Verne, Dante, Da Vinci, Kepler, e muitos outros, e com ênfase pelas narrativas de profetas, de médiuns e videntes, como as dezenas contidas na coletânea espiritista. Ali, além do “aeróbus” também encontramos as telas de plasma, LCD, o telefone celular, as comunicações via satélite, o raio laser, e diversas outras, hoje comuns, mas muito “fantasiosos” para a época em que foram trazidos pelos que os noticiaram. Pelo fator “IP”- Intuition’s Power - artistas, criadores, cineastas, sensitivos enfim, acessam com maior facilidade os bancos de memória destes arquivos chamados de “futuristas”. Aos poucos, com o esforço coletivo, a Humanidade vai apreendendo e tendo o controle do uso destas técnicas para a utilização dos propulsores evolutivos.

Ninguém consegue imaginar o desapontamento pelos quais eu passo, quando constato a utilização milenar de instrumentos e energias que eu imaginei ter ”inventado”. Patentear minha ignorância chega a ser cômico!

O Phaross também permite, por exemplo, a definição de campos de energias para conter investidas de falanges revoltosas, ou a detecção imediata das chamadas crianças “índigo” e “cristais”, dentre outras inúmeras aplicações.

É benéfico que nos certifiquemos disso, a todo instante, porque nosso “chip vibracional” alardeia com precisão o que somos, o que pensamos, o que fizemos e o que pretendemos. Essa atmosfera cerca não apenas o nosso “perianto”, mas tudo aquilo que possua nossa interferência: atos, palavras, pensamentos, obras. Nessa nova concepção, gravamos a presença individual como o fazemos com as digitais e o odor peculiar a cada um de nós.

Tais constatações alteraram muitos os parâmetros que norteavam meu conceito sobre as energias, principalmente as cosmo-quimio-eletro-magnéticas, porque passei a perceber a diferença das emissões, com som, cores e nuances variadas, a indicar qualidades e destinações específicas, independentes de seus espectros concretos. Detive-me a partir daí, na análise e observação destas mutações.

Já pude constatar algumas coisas que, creio, sejam de interesse dos que buscam o aprimoramento. A projeção energético-azulada provinda da bondade, da solidariedade, do ato de auxílio - além de extremamente potente - também tem uma função asséptica, profilática, desintoxicante, se é que me faço compreensível. Um ato de bondade, praticado por qualquer pessoa, independente do aspecto místico ou religioso que o cerca, produz esse efeito. De modo incisivo fortalece e promove uma boa limpeza na “placa luminescente”. Do mesmo jeito, as reações bruscas, nervosas, violentas, ou vindas de sentimentos inferiores, esgotam o brilho, a luz, enfraquecendo de forma radical a fonte geratriz de fótons, levando à penumbra, à escuridão, à opacidade patológica, mesmo sendo cometida num ato repentino, por um ser de comportamento santificado. Observe-se aí que o efeito é independente de sua fonte emissora.

Há algum tempo, quando indagava a um superior acerca das forças e grandezas das energias, a este eu enfatizava a opinião de ser o pensamento a mais veloz das conhecidas por nós. Meu orientador, com equilíbrio e firmeza, mostrou-me ao longe as emissões multicoloridas do que aqui chamamos de “barreiras dos Páramos Celestiais”. É uma visão magnífica, de sonho. Incomparáveis fachos de luz incessante, diamantina, se movimentam harmoniosamente, no infinito horizonte. Atravessam vigorosamente todo o espaço do Éter, varando incalculáveis limites, com predominância para o lilás, violeta, azuis suaves, róseas magentas. É, no meu raso entendimento, o caminho para a conquista da tese agostiniana da “sólida região da felicidade”.

Disse-me ele: - Lá está o que há de mais superior, mais forte, mais poderoso fluxo de energia já permitido aos seres nestas esferas, pelo Criador!
E aguçando minha curiosidade aos extremos, convidou-me, sem alternativas de recusa:
- Venha! Você agora vai conhecer o foco de onde esse formidando poder provém!

Após ajustar-me a confortável assento, com imantação manual, pelas forças da hipnose, fez-me volitar no tempo e espaço. Depois de percorrer regiões de gases lácteos sedosos, - que vim a saber ser o que se chama “Pavilhão do Passado” -, enxerguei-me deitado em catre simples, num singelo, mas acolhedor quarto de hospital. Parentes, médicos, amigos e enfermeiros expressavam sincera tristeza por minha iminente despedida da carne. Na cabeceira da cama, surpreso e feliz diviso o olhar brilhante, carinhoso, inesquecível de minha doce mãe, com um rosário nas abençoadas mãos. Angelical visão! Que emoção! Que alegria!

Revolvi àquela plúmbea e distante tarde de sábado de Junho, oito décadas atrás, e pude assistir o que jamais me será tirado da lembrança: um incessante fluir de energias lilases, semelhante a um gigantesco holofote, a subir diretamente aos céus, saindo do “occiput”* de minha amorável genitora. Percebi ali que o Pai - em sua infinita bondade e incomensurável misericórdia - permite a cada ser, de modo direto, o poder de se comunicar prontamente com Ele, pelo mais importante meio de produção de energias e forças que se pode conceber, que é a oração com Fé.

Gratíssimo, prostrado, rendo “Graças a Deus” por isso!

R. Landell de Moura – Espírito –

Mensagem recebida pelo Médium Arael Magnus no Celest- Centro Espírita Luz na Estrada- Sabará-MG – em 30 de Agosto de 2009 –

Occiput - Região de espaço interósseo , no alto da cabeça, que nos bebês costuma-se chamar de moleira (LLP)

Ouça músicas mediúnicas recebidas por Arael Magnus clicando no link
http://www.youtube.com/tvintermedium?gl=BR&hl=pt e leia mais mensagens de

Arael Magnus em http://intermedium.spaceblog.com.br/

OS MUNDOS DO PALHAÇO



        Respeitável público... Hoje tem espetáculo?...Tem sim senhor!

        O som possante da bandinha da ventura anuncia em acordes de bondade que a alegria chegou. Verdade.

        Abre-se a porta de lona, do belo mundo infantil. Pureza.

        Quais aves inquietas em revoada de luzes, crianças ocupam a bancada multicolor do circo simples da vida. Nobreza. 

         Ansiosa algazarra estampa um fundo pleno, sereno. Inocência.

         Pulando, peraltas, os malabares da dificuldade, sobem até o topo, nos oníricos monociclos, como gente curiosa. Esperança.

         A mão sagrada, na cartola invisível, desfralda a cortina da realidade. Vitória.

         Surge o palhaço, com sua roupa de estrelas, nariz vermelho de bola, coração iluminado. Candura.

         Distraído pela dança da borboleta de papel, tropeça na geringonça... e a platéia explode em graça. Presença.

         Platéia?- espirra com bom humor, em piruetas seguidas - Alguém disse platéia? E rola no chão de pérolas do confete solidário. Vontade.

         Ali, um menino branco, esparramando amizade, em confortável lufada de irrefreável risada. Respeito.

        Do lado, a boneca loira, comendo a verde pipoca do futuro, força a passagem no furo dos dentes, ausentes, com expressão de delícia. Sentimento.

         Em cima, grudado ao balão do entendimento, o garoto negro, atento, ilumina o seu redor com voz dourada, devorando o suspiro sobrante na boca branca. Harmonia.

         A indiana, da roupa bordada em seda, equilibra no abraço o pirulito gigante, com doce som de carinho. Cuidado de acrobata pra não sujar a roupinha. Capricho.

         O moleque de olhos puxados estende mãos generosas para a princesa africana, com a perna arranhada na escada da tolerância. E ela nem soluça mais. Companhia.

          A calda da maçã do amor com cheiro bom de baunilha devolve o brilho, o fulgor do iluminado sorriso de compreensão estendida. Cordial.

          A lantejoula alcaçuz, na beira de forte teia, cintila o riso feliz do indiozinho marrom, com seus olhos de açaí. Oferta compartilhada na louvação irmanada. Fraterno.

          Prossegue a apresentação no picadeiro do Bem, esparramando a poção da fantasia, imaginação e liberdade... Alegria...

          O sapato folgado da proteção faz ploft... ploft... Ao som da marchinha que fala de pássaros, de flores e cores. “Desata o nó, amarra o ioiô, no beijo da vó, no abraço do vô”. Dignidade.

        De repente, tudo cessa. Silêncio.

        O repicar do tarol da paz estrila, insistente: vai começar a grande roda de gente. Família!

        Todos são saltimbancos no atraente vitral de mosaicos violetas. De mãos dadas, perfumadas, se abrem num lindo sol. Radiante.

        No meio, o palhaço, atrapalhado na bola gigante, enrola o novelo, na calça de mola, que não fica no lugar. Dedicação.

        Dá saltos de entusiasmo, com o apoio da fivela, branca, verde e amarela. Perseverança.

      Sublime momento. Apoio.

       Um lenço que não se finda, saído de um dedal, enxuga suor de mil perfumes, mistura do diamante, vibrante lágrima da caridade. Felicidade,

       Desce do céu, no trapézio da virtude, um hino de união, a exaltar que todos são um, iguais, perante o Criador, Pai de tantas diferenças. Excelência.

        Escondido no algodão-doce da coragem, emocionado, o arlequim chora. Seguro nas argolas do ensino, que vem do além, confia. Humildade.

         No redemoinho da gratidão vê meninos como seus, e sente-se luz. Vida.

          Assim um circo é o céu.
          Assim um palhaço é Deus.
...........................................................
Encerra-se a função. Saem todos, e crescem.

Crescem?

Vem a noite que gera sombra. Retalha, divide, fatia, separa.

Aqueles não são mais gente. Encerram-se em jaulas.

São daqui, ou hindus, europeus, africanos, judeus, cristãos e ateus, feras, e fúrias, calúnias, injúrias, em constante desavença.

Monstrengos dominantes de cruel sociedade, ilimitada maldade.

Chicotes, ferrolhos, látegos da indiferença. Descrença.

Luxúria, ganância, fanatismo, domínio, poder, racismo, credos, medos, crises, bombas, forja de infelizes, falsidade, traições, brutalidade, desrespeito, preconceito...

É a miséria desfiando as infindas levas, nas trevas, a rolar em ribanceiras de ódio, dor e mentira. O Bem expira. O mal impera.

E o ser insano apodrece inumano, sem clemência,

perdido na vala espúria do terror, indecência!.

Vale de dores, estertores e ranger de dentes, dementes.

Amarga expressão embola o grunhido som materno, desespero.

Na oração se imola, no praguejar se consola, destempero.

Olhando o filho morto, mártir inútil de vulgar violência, bagaço.

Assim o circo é um inferno.
Assim, Deus é um palhaço.

GEORGE SAVALLA- espírito
............................................................

(Mensagem recebida em reunião pública em 4 de Outubro de 2009, pelo médium Arael Magnus, no Celest- Centro Espírita Luz na Estrada- Castanheiras –Sabará-MG)

Obs. George Savalla Gomes é o nome do palhaço Carequinha, nascido em 1917 e desencarnado em 2006.

Ouça músicas mediúnicas recebidas por Arael Magnus clicando no link
http://www.youtube.com/tvintermedium?gl=BR&hl=pt

leia mais mensagens deArael Magnus em http://intermedium.spaceblog.com.br/