sexta-feira, 18 de abril de 2014

Cora Coralina...de novo...

Flores de Ana

Apesar do sol saliente que acordou-me bem cedinho
Das mil felizes lembranças, que descobriram meus pés
Hoje estou preocupada... (uns dias são assim...)
Estão faltando duas pétalas na rosa de meu jardim...
Eu ainda não sei como as flores se refazem,
ou são refeitas.
Eu sei de mim...completa...
com todas as folhas e pétalas.
Mas eu não sou flor...
Se bem que às vezes fui...flor que se cheira..
(Se bem que às vezes não fui...)
E quem nunca foi?
Pode ser que um passarinho cantou no ouvido da flor
Que apaixonada deixou nos braços do amado
os pedaços de si.
Mas se tiver sido amor não tirou pedaço.
O amor e a bondade
Mesmo acompanhados por dor e ingratidão
nunca destroem
Só acrescentam...
Parece que há um fermento...
Claro... certos sentimentos doem, mas é tal dor parideira
Que faz nascer nova vida.
torna melhor quem os sente.
Muitas vezes me pergunto
Por que não criam decretos
Obrigando todo mundo a ter generosidade?
Porque isso
É a forma concreta de revelar o Amor Verdadeiro.
Apesar do sol quentinho que acordou-me de manhã
Eu hoje estou no fermento, no aumento da
Esper-ânsia

Cora Coralina- espírito





MIL FACES DA MESMA VIDA

A face da menina do lenço axadrezado na cabeça
Cora.
A colcha verde de costura reta no varal pingando
Chora
Na caixa de recados postos encostados a lembrança
Mora
Onde agora você mora, ou chora, Cora?
Moro na certeza do eterno onde não importa
A hora
Fiz cafua no onírico terreno dos desejos que não vão
Embora.
Plantei muda de arruda, emoção, alegria, queijo cura
Amora
Canteiro de carinho, que dá milho cozido repartido sem
demora
Aqui em tempo inteiro, madrugada, noite, tarde, sempre
Aurora
A inspiração contínua esmurra o peito, abre caminho e
Aflora
Não preciso crença, ou bênção, em mim pulsa a vida
Agora.
Essa vida é mais forte e real do que o código define e
Comemora.
Fuja da ilusão perdida do mercador da Fé. Ele a Verdade
Ignora.
Não caia na cilada dos que vendem céu de um deus que
Explora.
Apiede-se do incréu que ataca o espírito. É o medo que
Apavora.
Com horrendas companhias a insuflar-lhe o ódio que o
Devora.
Raciocine. Sempre tenha na Bondade o leme, o rumo vida
Afora.
O futuro é hoje. A consciência plena no Bem - isso é que
Vigora.
Nunca perca a Fé. Deus acompanha o caminho de quem
Ora.
E assim, feliz com a rima, vou pra cima, vou-me
Embora....
ora.. Ora

Cora Coralina- espírito


Mensagens recebidas em
 reunião pública no CEFEC- Valparaído de Goiás
pelo canal Arael Magnus em 10 de abril de 2014


Assista clipes de 400 músicas mediúnicas das mais de 1700 recebidas por Arael Magnus em
 www.youtube.com/user/TVINTERMEDIUM/videos?view=0&shelf_id=1&sort=dd

quinta-feira, 17 de abril de 2014

CORA CORALINA.- espírito- ".....na ponte"


UM CANTO À REVOLTA

E um dia...
na mata de verde alegria
Com o sol acendendo o bronze
Da pele lustrosa da Tumucumaque
Veio na estrada de água, o branco
Risonho, com espelhos e panos
Enganoso, estranho.
Levou todo o ouro, as pedras,
Deixando
Um rastro de sangue, doença, pobreza.
E Mbãtu surpresa, ingênua gazela
Deitada na rede, viu sua aldeia
Invadida, tomada, roubada.
Arrombada
Pelo sabre assassino do branco
Risonho, com espelhos e panos.
Assombroso, castanho...
E aos poucos
a pele lustrosa da Tumucumaque
perdeu todo o brilho, o sol foi-se embora
malária, diarréia, sarampo, 
virose
são nomes da morte que assola a aldeia
presentes do branco, tinhoso, medonho.
Tuberculosos 
guerreiros vomitam
e se revoltam, morrendo de gripe.
E as oligarquias, porcas, peçonhas
Gatunas, 
Ñangui avoitêe...mauarim i’lê
Não mandam pra aldeia ponto de saúde
De tratar mazelas trazidas por brancos
Mas deixam na oca com cheiro de azedo
A banca de votos, com urna e desprezo.
Brancos covardes, 
bancas da mentira
Baloiçam as setas envenenadas
das falsas promessas
zombando dos guizos de serpentes
açuladas.
O vermelho do urucu pintando as caras
na Amazônia ressecada, fria e tesa.

Cora Coralina
espírito


Menina na ponte

As palavras soltas no ar aguçam
Minha vontade de poetar de novo
Poetar o novo, poetar na ponte.
Como é infeliz o que não crê na
vida
Paira no ar tristeza de quem não vê
Que além da sombra há um mundo
Efervescente, pulsante
De brilho intenso, enorme, radiante.
A menina sonhando com o bordado
rosa
Cose o seu amado, sentada na ponte.
É o namorado cujo nome é sol
Que a vem roubar pela 
manhã.


Cora Coralina
espírito


LÂMINAS

Faço agora da palavra um punhal,
Lâmina dupla a invadir feridas
Dilacerante à bolsa pustulenta
Espalha em redor cheiro forte hortelã
Esbordejar da verdade aos ímpios.
No olhar trago luz esmiuçante
Olho de dragão pronto ao ataque
De fazer tremer o tirano que ameaça
Seu império de enganos, de trapaça.
Afio a palavra no esmeril desta razão
Para ordenar esses
insistentes de matar
Crianças e jovens
Que sem educação
Sem lar, sem aconchego,
Sem bolo de fubá e doce
Não são monstros, nem são vermes
Nunca tiveram infância
Nunca do amor de mãe
souberam provar o doce
Se são bandidos, ladrões, marginais
São sementes germinadas
no canteiro original
dessa sociedade imunda
Da corrupção infinda.
Sameadas... no estrume
Produzidas em torrentes
Por estes que agora clamam
Na insistência de matar.
Nossas crianças
Filhas da rua.

Cora Coralina
espírito



NO BORRALHO

Remexendo a panela de lembranças
Sai o doce de goiaba. Que delícia!
Rio de mim, como rio...
Rio Vermelho...espelho a céu aberto de meu céu.
O cheiro alho, amassado com cebola
No tempero da lingüiça italiana
Transporta agora pensamentos de alegria
Revivente de emoções que alimentam.
Beijo meus filhos cheirosos
Com as mãos cheirando alho
E a boca manjericão...
O bordado estica a linha verde
Faz desabrida esperança
Percorre bastidor em ponto cheio
No pano bem resistente
De memórias tão felizes.
Sacolejo a peneira que recende
O amendoim torrado
Cheirando visita de anjo.
Abro a janela da rua
E me debruço na chuva.
Existo, é só o que me pertence.
Inda’credito no Tempo
Só que agora o chamo Deus.

Cora Coralina
espírito


Flores de Ana

Apesar do sol saliente que acordou-me bem cedinho
Das mil felizes lembranças, que descobriram meus pés
Hoje estou preocupada... (uns dias são assim...)
Estão faltando duas pétalas na rosa de meu jardim...
Eu ainda não sei como as flores se refazem,
ou são refeitas.
Eu sei de mim...completa...
com todas as folhas e pétalas.
Mas eu não sou flor...
Se bem que às vezes fui...flor que se cheira..
(Se bem que às vezes não fui...)
E quem nunca foi?
Pode ser que um passarinho cantou no ouvido da flor
Que apaixonada deixou nos braços do amado
os pedaços de si.
Mas se tiver sido amor não tirou pedaço.
O amor e a bondade
Mesmo acompanhados por dor e ingratidão
nunca destroem
Só acrescentam...
Parece que há um fermento...
Claro... certos sentimentos doem, mas é tal dor parideira
Que faz nascer nova vida.
torna melhor quem os sente.
Muitas vezes me pergunto
Por que não criam decretos
Obrigando todo mundo a ter generosidade?
Porque isso
É a forma concreta de revelar o Amor Verdadeiro.
Apesar do sol quentinho que acordou-me de manhã
Eu hoje estou no fermento, no aumento da
Esper-ânsia

Cora Coralina- espírito





MIL FACES DA MESMA VIDA

A face da menina do lenço axadrezado na cabeça
Cora.
A colcha verde de costura reta no varal pingando
Chora
Na caixa de recados postos encostados a lembrança
Mora
Onde agora você mora, ou chora, Cora?
Moro na certeza do eterno onde não importa
A hora
Fiz cafua no onírico terreno dos desejos que não vão
Embora.
Plantei muda de arruda, emoção, alegria, queijo cura
Amora
Canteiro de carinho, que dá milho cozido repartido sem
demora
Aqui em tempo inteiro, madrugada, noite, tarde, sempre
Aurora
A inspiração contínua esmurra o peito, abre caminho e
Aflora
Não preciso crença, ou bênção, em mim pulsa a vida
Agora.
Essa vida é mais forte e real do que o código define e
Comemora.
Fuja da ilusão perdida do mercador da Fé. Ele a Verdade
Ignora.
Não caia na cilada dos que vendem céu de um deus que
Explora.
Apiede-se do incréu que ataca o espírito. É o medo que
Apavora.
Com horrendas companhias a insuflar-lhe o ódio que o
Devora.
Raciocine. Sempre tenha na Bondade o leme, o rumo vida
Afora.
O futuro é hoje. A consciência plena no Bem - isso é que
Vigora.
Nunca perca a Fé. Deus acompanha o caminho de quem
Ora.
E assim, feliz com a rima, vou pra cima, vou-me
Embora....
ora.. Ora

Cora Coralina- espírito


Recebidos em sessão pública no dia 10 de abril de 2014 no
 CEFEC- Valparaíso de Goiás pelo canal Arael Magnus. 
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas





Assista clipes de 400 músicas mediúnicas das mais de 1700 recebidas por Arael Magnus em
 www.youtube.com/user/TVINTERMEDIUM/videos?view=0&shelf_id=1&sort=dd

quinta-feira, 10 de abril de 2014

ALCY ARAÚJO- Sinfonia em Sol Menor


Sinfonia em Sol Menor

   A beira do meio fio da avenida da FAB é um trono onde vagueia um rei sonhante sem reino..
Não há sombra.
    Os fantasmas não as têm. As palavras desalumbradas resvalam pelo bueiro, brotando cheiro gostoso de alecrim e pimenta, bom tempero tucuju, como ensinou-nos Sacaca.
     E o rei,vagueante da beira do meio fio, falou:
      -Viu aquele moleque esperto assaltando a pobre velha? Tem jeito de excelente tocador de bombardino.- Com voz triste, angustiada, fatiada em lembranças.
      Não vi. Meus olhos corriam soltos buscando as netas de Dora, de saiote e blusinha, fazendo a merenda torpe como Evas da serpente. Não possuo o dom de Oscar, mas arrisco que seriam boas no violino. Quiçá no acordeon?
     Quem agora se aproxima e traz chuva na expressão é Altino. Visita sempre o mestre, sempre a batear assunto para amainar o banto que devora o bom amigo. Escuta solene, ao meu lado, como ao canto uirapuru.
     -Eu preciso que você faça um escrito para mim. Seu poder de canetar pode servir ao que quero.- diz Mestre Oscar, como a falar para um porto.
     -Mas professor! “- preguiçoso, ansioso, desesperançado de meus limites, redargui:
     - O senhor é melhor que eu a concretar sentimentos. Mas, diga lá o que espera desse pobre fazedor de insossa sopa de letras?”
     - É uma súplica ...- diz o anjo entre os sinos suspirando melancolia- “...uma súplica!”- Soou como melodia.
     -Ah... então eis a solução. Mormente de súplica entende o bom professor Altino- devaneei quiabante no óleo do tambaqui.
       Pela grave expressão, que veio a galope no olhar de um triste sonhador, percebi que ali não coube no instante o meneio.
       Em tom sustenido, agudo, vaticinou-me a sentença.
      -Preciso que ordene agora que ressuscitem Walkiria!
      Minhas mãos tremeram. De certo, o amigo delirava. Eu tremia.
      Fui salvo pelo apoio comum que assistia àquele chocante apelo:
     -Verdade. – interfere o antigo lente -Mas que venha logo, e que abrigue estes meninos, que adote essas crianças perdidas no lamaçal de uma cultura nefasta.- Altino profeta.


     Um regato de luz brotou na face do anjo dos belos sons, jorrando ao redor o aroma de guirlanda toda flor, que nos envolvia agora. Mestre Oscar radiante:
    -Sim... revivam da Santa Rita, do Laguinho, também Santana, no Jarí,  Oiapoque, Mazagão, Calçoene, Tartaruga, Itaubal....Cutias, Amapari, Belém-  e quase dançando fala os outros pagos tangendo, fechando a lista em decreto:
     - Até em Brasília, no Rio e São Paulo, que são também do Amapá, nossos distritos distantes!- Stacatto.
     Completei: -E em Copenhague, onde moram as deidades.
    Ao sentir em nós acordes, harmonia de expressão, feliz, prosseguiu severo:
    -Veja esta pedra preta que se desprendeu do asfalto. Peça que ela nos conte dos desfiles da fanfarra, da furiosa bandinha, da alegria que ocupava o lugar dos malfeitores, aqui mesmo na avenida.
    Choramos.
    E sem deixar que eu fugisse, a batuta dourada em riste, em tom maior decidiu:
    - Fale com sua mãe! Fale com sua filha. Fale com este mundo! Brade com sua caneta! Grite, berre, pelo amor de Deus...fale!
   Olhei para o cruzamento com a rua enfumaçada. Vi a bandinha chegando, os meninos perfilados, com os ares invadidos por trinados cor de mel. Pássaros despetalantes nos dobrados de alegria... e futuro. Distingui meu Alcione, marchando como se fosse...
   Olhei para o trono (beira do meio fio da avenida da FAB). Não estava Mestre Oscar que com Altino sumira. Levaram junto, sem troco, o baú de meu sossego.
Ressuscitemos Walkirias.

Alcy Araújo – 
espírito



O Rico Poeta do Jardim Nobre
(Paródia de mim mesmo)

Seu poeta é poeta de um jardim nobre
É um poeta sem dor.
(Sim) Tenho alguns espinhos solidários.
Pincelada em tom de verde longe
descansa a vida, viva, enraizada em luz.

Os espinhos
 sempre
me removem
para gotas diamantes
de saudades. Somente.
Ao morrer os instantes de lembranças
de injusta feia ofensa ao Peixe-Boi
Da ausência da enchente, dos navios
fundeados em meu peito.
Os nove As de toda uma vida
fortalecem sentimentos
por quem sempre suspirarei.
Quem foi dantes poeta do cais
hoje vê-se lacaio dos ais.

As flores
aconchegam-se ao meu jeito no perfume
remoendo desejosas de futuro
Refletir em róseas, verdes, acalantos.
Assim me fazem companhia os tempos
ao ver em mim no acetinado manto
Espinho agradecido às minhas flores.
Sempre ouço dele belo verso
que acende em torno doce receio
 e faz rica pobre mente do quase ateu.
E das ervas daninhas banidas
pelas flores (que sem saber) semeei.

De manhã, a luz solar
faz calor dentro de mim
aquecendo-me alegrias
que saltitam incontidas
para resvalar o céu.
afrescos- de beleza incabível
por todas as quimeras sempre vivas.

Chegando a noite
o poeta em rico áureo jardim
se veste
inteirinho de afagos.

E apanha uma prece que o lembra
Menestrel de brilho farto coração
Na lida a descoberta que resiste
a mesma vida, o mesmo jardim
-Tu existes! Explode em laivos de perfume.
-Não guardes só pra ti doces enlevos!
Loucas são as vozes em inércia.
Amando ouvir Debussy
"Clair de Lune"

Escorro pelo cais de lobos refratários
rastejando nas marquises em pedaços
uivos surdos de laivos inclementes.
no cárcere da loucura podre etílica.
Em vão, o ogro morto a me ofertar venenos
Escolhendo-me na dureza infamante.
Depositei-o nas mãos
Rejeitante- fugitivo dos malsãos
daquela que haveria de vir
na promessa nunca mais ali cair
na lembrança o adeus ferve.
Em confidências
No pedido de perdão multiplicados pecados
E acordo levemente atordoado
Sabendo ao ver à minha cabeceira
que os anjos não desistem de mim,
pela manhã.
Sobretudo quando há sol.
Repetindo lições mal apreendidas
que o diabo impôs nas taças desta vida
Repilo, sutilmente, os vermes.
Apagando a chama do rancor maior
tornando-se clamor
que esbugalha olhos impertinentes.

Claro, ainda resta o porto, o cais (meu jardim)
mesmo vindo imundo
livrei-me do inferno

no Dom
de rezar a Deus. Converso!

Alcy Araújo Cavalcante- espírito -
(às minhas bodas de prata 30 dias daqui)

Recebidos em sessão pública no CEFEC- Centro Espírita Fé, Esperança e Caridade
Valparaíso de Goiás, pelo canal Arael Magnus em 22 de março de 2014

TESTEMUNHO

Não me cobrem das notícias a Verdade!
Tenho medo se assim durmo. Fingindo.
Quando menti franzi o cenho, hirsuto!
Gargalhando das verdades. Arrogante.

Muito fácil escolher o ostracismo
Que esconda um turbilhão de desvios
Confortável esperar missas e terços
Num mercadejar da fé, incongruente.

Não há segredos: planta-se e colhe.
No amor e Justiça o Pai se revela.
Ridículo o perorar por indulgência
Enquanto o ímpio auto denuncia
No estertorar de sua consciência.

Vigiai! Acendei sempre a lanterna.
Meça passos, obras, versos, tudo!
Escutai dos sentimentos o apelo 
que é feito pelos anjos protetores,
insistentes,invasores,permanentes
Ao Bem induzem, recomendam, forçam
arrombando nossa falsa liberdade
de resvalantes no pecado.Dementes!

Não te enganes. Nunca a ti mentirás
Por mais que interpretes, cairás
no descrédito de tua própria sanha.
A Bondade,
 essa suave doce conselheira
te livra “ad aeternum”
da insuportável companhia
do monstro (aqui perfilado)
a quem chamamos
Remorso!


Alcy Araújo Cavalcante
espírito

Recebidos em sessão pública no CEFEC- Centro Espírita Fé, Esperança e Caridade
Valparaíso de Goiás, pelo canal Arael Magnus em 22 de abril de 2014
Entre em contato com Arael Magnus pelo fundoamor@gmail.com
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