ALCY ARAÚJO
O Rico Poeta do Jardim Nobre
(Paródia de mim mesmo)
Seu poeta é poeta de um jardim nobre
É um poeta sem dor.
(Sim) Tenho alguns espinhos solidários.
Pincelada em tom de verde longe
descansa a vida, viva, enraizada em luz.
Os espinhos
sempre
me removem
para gotas diamantes
de saudades. Somente.
Ao morrer os instantes de lembranças
de injusta feia ofensa ao Peixe-Boi
Da ausência da enchente, dos navios
fundeados em meu peito.
Os nove As de toda uma vida
fortalecem sentimentos
por quem sempre suspirarei.
Quem foi dantes poeta do cais
hoje vê-se lacaio dos ais.
As flores
aconchegam-se ao meu jeito no perfume
remoendo desejosas de futuro
Refletir em róseas, verdes, acalantos.
Assim me fazem companhia os tempos
ao ver em mim no acetinado manto
Espinho agradecido às minhas flores.
Sempre ouço dele belo verso
que acende em torno doce receio
e faz rica pobre mente do quase ateu.
E das ervas daninhas banidas
pelas flores (que sem saber) semeei.
De manhã, a luz solar
faz calor dentro de mim
aquecendo-me alegrias
que saltitam incontidas
para resvalar o céu.
afrescos- de beleza incabível
por todas as quimeras sempre vivas.
Chegando a noite
o poeta em rico áureo jardim
se veste
inteirinho de afagos.
E apanha uma prece que o lembra
Menestrel de brilho farto coração
Na lida a descoberta que resiste
a mesma vida, o mesmo jardim
-Tu existes! Explode em laivos de perfume.
-Não guardes só pra ti doces enlevos!
Loucas são as vozes em inércia.
Amando ouvir Debussy
"Clair de Lune"
Escorro pelo cais de lobos refratários
rastejando nas marquises em pedaços
uivos surdos de laivos inclementes.
no cárcere da loucura podre etílica.
Em vão, o ogro morto a me ofertar venenos
Escolhendo-me na dureza infamante.
Depositei-o nas mãos
Rejeitante- fugitivo dos malsãos
daquela que haveria de vir
na promessa nunca mais ali cair
na lembrança o adeus ferve.
Em confidências
No pedido de perdão multiplicados pecados
E acordo levemente atordoado
Sabendo ao ver à minha cabeceira
que os anjos não desistem de mim,
pela manhã.
Sobretudo quando há sol.
Repetindo lições mal apreendidas
que o diabo impôs nas taças desta vida
Repilo, sutilmente, os vermes.
Apagando a chama do rancor maior
tornando-se clamor
que esbugalha olhos impertinentes.
Claro, ainda resta o porto, o cais (meu jardim)
mesmo vindo imundo
livrei-me do inferno
no Dom
de rezar a Deus. Converso!
Alcy Araújo Cavalcante- espírito -
(às minhas bodas de prata 30 dias daqui)
Valparaíso de Goiás, pelo canal Arael Magnus em 22 de março de 2014
TESTEMUNHO
Não me cobrem das notícias a Verdade!
Tenho medo se assim durmo. Fingindo.
Quando menti franzi o cenho, hirsuto!
Gargalhando das verdades. Arrogante.
Muito fácil escolher o ostracismo
Que esconda um turbilhão de desvios
Confortável esperar missas e terços
Num mercadejar da fé, incongruente.
Não há segredos: planta-se e colhe.
No amor e Justiça o Pai se revela.
Ridículo o perorar por indulgência
Enquanto o ímpio auto denuncia
No estertorar de sua consciência.
Vigiai! Acendei sempre a lanterna.
Meça passos, obras, versos, tudo!
Escutai dos sentimentos o apelo
que é feito pelos anjos protetores,
insistentes,invasores,permanentes
Ao Bem induzem, recomendam, forçam
arrombando nossa falsa liberdade
de resvalantes no pecado.Dementes!
Não te enganes. Nunca a ti mentirás
Por mais que interpretes, cairás
no descrédito de tua própria sanha.
A Bondade,
essa suave doce conselheira
te livra “ad aeternum”
da insuportável companhia
do monstro (aqui perfilado)
a quem chamamos
Remorso!
Alcy Araújo Cavalcante
espírito
espírito
Recebidos em sessão pública no CEFEC- Centro Espírita Fé, Esperança e Caridade
Valparaíso de Goiás, pelo canal Arael Magnus em 22 de abril de 2014
Entre em contato com Arael Magnus pelo fundoamor@gmail.com
Assista clipes de 400 músicas mediúnicas das mais de 1700 recebidas por Arael Magnus em
www.youtube.com/user/TVINTERMEDIUM/videos?view=0&shelf_id=1&sort=dd