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segunda-feira, 6 de julho de 2009
ORAÇÃO DA ALMA QUE SE ILUMINOU
Maravilhoso, Senhor,
Eu não tinha as mãos, mas ainda assim, estendia aos que choravam, o lenitivo da oração.
Maravilhoso, Senhor, ainda que os pés me faltassem, com as pernas inúteis, imóveis, podia caminhar no pensamento e conduzir muitos ao entendimento de Tua senda de elevação.
Maravilhoso, Senhor, ter vivido na treva dos olhos, na escravidão da cegueira física, e ainda assim enxergar a liberdade de tua luz, que se espraia na trilha da evolução de meu espírito.
Maravilhoso, Senhor, ainda que a surdez me privasse de ouvir o trinar dos pássaros, o burburinho feliz das crianças, poder vibrar no frêmito de teus hinos celestiais, bálsamos de meus tormentos.
Maravilhoso Senhor, ter alimentado a esperança-certeza de usufruir teu estuário de amor e paz, ainda que o açoite das dores de um corpo doente tentasse roubar-me a serenidade.
Maravilhoso, Senhor, ver que a fraqueza da matéria, na forja incessante do sofrimento, se torna a redentora eficiente na condução do espírito à perfeição sublime, mais purificado e sábio.
Ainda sinto, Jesus amado, que em mim havia desperdícios, como minha língua, que te louvava, mas sofria incessante tentação à blasfêmia e intolerância.
Obrigado, Mestre Querido, por permitir que eu entendesse e perdoasse os irmãozinhos que ainda não se livraram das deformações do espírito, e identificavam minha louvação como imposição de demente masoquismo. Ainda não haviam descoberto que tudo somos, de perfeito, se estamos no teu Rebanho, meu Bom Pastor.
Alberto Costa
(Página mediúnica recebida em sessão pública por Arael Magnus
no GEMFJ em 29 abril de 1990- Betim- MG)
*Alberto Costa nasceu em Queluz de Minas em 16 de Novembro de 1910. Filho de imigrantes portugueses desencarnou em 1971, Aos 9 anos de idade detectou-se em seu organismo o bacilo de Hansen. Sucessivamente internado em regime de isolamento em Ubá, Mário Campos e no Sanatório de Sabará, todos em Minas Gerais, onde veio a se desprender.
Aos poucos a doença lhe tomou a visão, a audição, perdendo os pés, as mãos e parte do braço direito. Aos 47 anos foi acometido de tuberculose pulmonar e no final, já alquebrado, de displasias múltiplas, Espírita convicto e segundo ele, intuitivo, foi duramente discriminado por onde esteve, por seus próprios companheiros, que não entendiam e nem aceitavam sua resignação paciente, diante de tantos reveses.
FUNDOAMOR - Fundação Operatta de Amparo e Orientação - Sabará MG- fundoamor@gmail.com
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