* No celular leia com o aparelho deitado.
ÀS MÃES DO MUNDO
Escuto um triste, um desesperado gemido.
O misto de revolta, lancinante merencório
do filho em dor, em pranto livre. Incontido
lamenta a morte da mãezinha. sem velório
Não pôde dar ao menos o amoroso abraço
de adeus. Só o aviso da ida do anjo querido
Em soluços, desconsolado, joga ao espaço
Os berros, o furor de um coração destruído
lágrima grossa, quente, indomável pranto
O peito queima, aperta nesse quadro doído
Não entende a razão, Oh! que desencanto!
Por que? Pior que isso não poderia ter sido!
Esmagado nesta dor, confuso, ser oprimido
Olha a cama vazia da mamãe agora ausente
Questiona: se por Deus, havia sido traído!
Ele, fiel na Fé, não entende a dor pungente.
Sente ali, da mãezinha, o olor inconfundível
Deita-se na cama, inda o choro desmedido.
Ao seu lado se aproxima, a ternura, invisível
A velhinha agora anjo, no etéreo envolvido.
Como fizera, sempre, ao seu amor escolhido
Que em choro, nem percebe: ela o acaricia.
E o incessante pranto, constante jorro caído
Com um ósculo, com amor, na fronte, alivia!
Por instante lembra-se dela, um conselho
dos muitos que lhe dera! nunca esquecido
-Filho, jamais se desespere, dobre o joelho
e faça uma prece, no instante mais sofrido.
Suspira, geme em dor, o amuado peito falido
balbuciando u'a prece,a melhor que ele fazia
Pondo em cada palavra, dom da Fé, recolhido
Com braços ao alto, reza, à doce Ave Maria.
Deita-se na cama, em grande sono repentino
Exausto, desfalece, o corpo cansado, moído.
E vê-se na colina, a correr como um menino
adiante quem espera é um sorriso conhecido
Abraça, beija, afaga, o terno enlevo explodido
Sorve o caloroso afeto, sempre assim recebia
o que imaginou agora para sempre ter perdido
É indizível a satisfação, e assim a dor repelia!
Acordando horas depois, parece bem aliviado
Percebe no travesseiro um perfume preferido
E o corpo pede sono, está ainda bem cansado
aos braços de Morfeu se entrega, combalido.
Vê-se, em sonho que aguça-lhe o bom sentido
Na mesma bela colina onde reviu sua mãezinha
Mas ela não mais está. Pra onde terá seguido?
Quero-te, mamãe!-grita, chora, clama, caminha.
Percebe que ali chega uma luz, intensa estrela.
A voz serena, doce, recompondo o elo perdido:
"Calma! Espere! Na hora certa você irá tê-la.
Quando seu tempo na carne, houver cumprido"
"Eu preciso dela aqui! Disto já estou definido!
Protesto! Sem ela minha vida não mais seduz!
Me diga, eu rogo! Onde está?-implora, aturdido
É meu maior tesouro da vida. Ela é minha luz!"
A voz, suave, terna, explica ao moço lamentoso
- "Ela agora está num trabalho heroico, aguerrido
cuidando os que ficaram, nesse sofrer tenebroso
Dando a todos o consolo, no amparo prometido.
Eu entendo a sua dor. Também a tenho sentido.
De minha mãe sinto falta, de seu colo, o carinho
Mas, ela deve seguir, tenho isso compreendido
e recolher os que clamam, caídos pelo caminho"
Mas, quem és tu, que seguro assim me dizes?
roga o filho- fale onde está a adorável rainha!
E a luz, revelando-se sol, em todos os matizes
-"Sou Jesus.
E sua mãezinha agora, está ajudando a minha!"
Escuto um triste, um desesperado gemido.
O misto de revolta, lancinante merencório
do filho em dor, em pranto livre. Incontido
lamenta a morte da mãezinha. sem velório
Não pôde dar ao menos o amoroso abraço
de adeus. Só o aviso da ida do anjo querido
Em soluços, desconsolado, joga ao espaço
Os berros, o furor de um coração destruído
lágrima grossa, quente, indomável pranto
O peito queima, aperta nesse quadro doído
Não entende a razão, Oh! que desencanto!
Por que? Pior que isso não poderia ter sido!
Esmagado nesta dor, confuso, ser oprimido
Olha a cama vazia da mamãe agora ausente
Questiona: se por Deus, havia sido traído!
Ele, fiel na Fé, não entende a dor pungente.
Sente ali, da mãezinha, o olor inconfundível
Deita-se na cama, inda o choro desmedido.
Ao seu lado se aproxima, a ternura, invisível
A velhinha agora anjo, no etéreo envolvido.
Como fizera, sempre, ao seu amor escolhido
Que em choro, nem percebe: ela o acaricia.
E o incessante pranto, constante jorro caído
Com um ósculo, com amor, na fronte, alivia!
Por instante lembra-se dela, um conselho
dos muitos que lhe dera! nunca esquecido
-Filho, jamais se desespere, dobre o joelho
e faça uma prece, no instante mais sofrido.
Suspira, geme em dor, o amuado peito falido
balbuciando u'a prece,a melhor que ele fazia
Pondo em cada palavra, dom da Fé, recolhido
Com braços ao alto, reza, à doce Ave Maria.
Deita-se na cama, em grande sono repentino
Exausto, desfalece, o corpo cansado, moído.
E vê-se na colina, a correr como um menino
adiante quem espera é um sorriso conhecido
Abraça, beija, afaga, o terno enlevo explodido
Sorve o caloroso afeto, sempre assim recebia
o que imaginou agora para sempre ter perdido
É indizível a satisfação, e assim a dor repelia!
Acordando horas depois, parece bem aliviado
Percebe no travesseiro um perfume preferido
E o corpo pede sono, está ainda bem cansado
aos braços de Morfeu se entrega, combalido.
Vê-se, em sonho que aguça-lhe o bom sentido
Na mesma bela colina onde reviu sua mãezinha
Mas ela não mais está. Pra onde terá seguido?
Quero-te, mamãe!-grita, chora, clama, caminha.
Percebe que ali chega uma luz, intensa estrela.
A voz serena, doce, recompondo o elo perdido:
"Calma! Espere! Na hora certa você irá tê-la.
Quando seu tempo na carne, houver cumprido"
"Eu preciso dela aqui! Disto já estou definido!
Protesto! Sem ela minha vida não mais seduz!
Me diga, eu rogo! Onde está?-implora, aturdido
É meu maior tesouro da vida. Ela é minha luz!"
A voz, suave, terna, explica ao moço lamentoso
- "Ela agora está num trabalho heroico, aguerrido
cuidando os que ficaram, nesse sofrer tenebroso
Dando a todos o consolo, no amparo prometido.
Eu entendo a sua dor. Também a tenho sentido.
De minha mãe sinto falta, de seu colo, o carinho
Mas, ela deve seguir, tenho isso compreendido
e recolher os que clamam, caídos pelo caminho"
Mas, quem és tu, que seguro assim me dizes?
roga o filho- fale onde está a adorável rainha!
E a luz, revelando-se sol, em todos os matizes
-"Sou Jesus.
E sua mãezinha agora, está ajudando a minha!"
Mensagem psicofônica recebida pelo canal Arael Magnus em 14 de abril de 2020, em Coroa Vermelha- Bahia
fundoamor@gmail.com