domingo, 21 de junho de 2015

Adib Jatene- espírito


DR. ADIB JATENE- espírito- 1 de 3

  
                                                   
                        
SAÚDE DO BRASIL- 
    HÁ SOLUÇÃO?



  Alegra-me o coração estar de novo em contato com minha gente, que creio, estará jubilosa com minhas notícias indiretas. Sei que a alguns não haverá o mesmo conforto, pois conhecem minha maneira objetiva e crua em abordar os assuntos. Perguntarão alguns "porque" não me recolho à minha condição de morto, no "aeternus otium cum dignitate". Descobri que estou vivo, ativo e continuo brasileiro, preocupado com os destinos e desatinos da Pátria que tanto amo. Sei que parece inoportuna, e até mesmo inconveniente, minha intromissão. Mas, se me é facultada essa possibilidade, entendo-a como tarefa a ser cumprida. Os propósitos são por demais claros aos que me conhecem.

        Acostumado a enfrentar desafios, encaro este como mais um passo importante, no sentido de contribuir com a terra que permitiu meu trabalho, meu empenho, meus amores. Sem "part pris", exponho parte do que vejo, penso, e conheço. Agradeço a todos que isso me permitem, em especial ao meu nobre colega Dr. Cícero, e meu "pai" profissional, Dr. Euryclides. que aqui me acompanham, agora. É o meu presente de aniversário, muito bom, só menor que o carinho que o meus me devotam neste dia.

BACTÉRIA SUPER-RESISTENTE


A bactéria mais resistente e mortal que afeta o sistema de saúde no Brasil é a corrupção. E o mais eficaz antibiótico que a destrói chama-se "clamor popular". Por natureza, os ratos fogem, se escondem, desaparecem, quando ouvem o "ronco da multidão".

Tentam transferir aos médicos a responsabilidade pelo péssimo atendimento que é oferecido. No entanto, há um extraordinário contingente de colegas que ainda possui ética, sensibilidade e vocação generosa ao trato humano. Mas, no currículo das escolas de medicina (grande parte insipientes) deveriam, no Brasil, incluir a "Mágica" como matéria, porque é isto, na grande maioria das vezes, o que os médicos  podem fazer nos atendimentos do setor publico. Claro, não se queira tapar o sol com a peneira, já que é  real e pernóstica a presença da conhecida "máfia de branco", onde participam  facultativos que não possuem escrúpulos e caráter, como aliás, existem, desse tipo, em todas as ocupações profissionais. Mas nessa corporação  criminosa, que atua desbragadamente no sistema de saúde oficial, a par da condenável figura de "médicos", prevalece a presença dos gananciosos laboratórios, dos planos de saúde, das gigantescas organizações e redes de farmácia, e do outro lado estão governantes e políticos fracos, embusteiros, omissos e/ou coniventes.

Não há interesse nenhum, dessa citada súcia, que o Sistema de Saúde Oficial funcione de modo satisfatório. A infecção generalizada, que tomou conta do organismo nacional, faz com que se perceba em todos os setores uma falência quase irreversível. E não é mais a falta de recursos, nem problemas de gestão final, mas da aplicação incorreta destes valores. Os desvios, o gigantismo, o empenho indevido, tudo isso, faz com que não chegue dinheiro suficiente para atender ao doente, sobretudo ao "indigente", como o são todos hoje que recorrem ao sistema público. Ações infelizes e mal intencionadas do atual grupo de "governo" pioram ainda mais, complicando demais, como a  retirada de enorme percentual da Seguridade Social, destinada constitucionalmente à Saúde, inclusão de cotas de programas ditos sociais no orçamento da pasta e outros assaltos, incabíveis, inaceitáveis. Aconteceu com a CPMF, e acontece agora com a dotação à área, onde "desviam" descaradamente, valores que são substanciais para que se proporcione à população um atendimento eficiente, condizente com a necessidade.


AS DESTINAÇÕES E RECURSOS PRECISAM CHEGAR AO OBJETIVO


Mais de 80 por cento das  cotas para a saúde, de um modo geral, ficam no meio do caminho, entre folhas quilométricas de pagamento a funcionários (que não funcionam), contas adulteradas pelo hiperfaturamento, aquisições indevidas e multiavaliadas de compras desnecessárias, destinação ilegal de empenhos para laboratórios e farmácias, e outras vergonhas, e quando chega no posto de saúde ou nos hospitais públicos, a miséria de valores não dá pra cobrir as despesas mínimas! Não dá pra comprar gaze, esparadrapo, e por aí vai, com os médicos sendo submetidos a taxas humilhantes, com ambulatórios lotados, o que os empurram para as corporações lobbistas de planos de saúde, de natureza privada.

Existem muitas amarras que sufocam e engessam o sistema de saúde no país, que precisam ser removidos. Para que isso ocorra é necessário detectar e divulgar, clara e destemidamente, para onde vai e como é aplicada a verba geral para esse fim. É preciso expor, com transparência, as distorções entre os salários astronômicos pagos, no ministério, nas agências (inúteis, inúteis), nas secretarias e milhares de órgãos e departamentos nos níveis federal, estadual e municipal, que são veias condutoras dessa hemorragia incontida, sangria desatada. Eu tinha, quando ministro, um garçon, que servia cafezinho, 3 horas por dia, e recebia na época mais de 17 mil reais por mês. Pressionei e ele aposentou-se com quase 20 mil! Um absurdo, uma aberração. Na época o salário base para o médico do SUS era de pouco mais de 5 mil Reais. E como este, na saúde e em em outros postos existem milhares. Isso precisa ser estancado, contido, eliminado, revelado! E isso acontece com a situação e com a hipocrisia da dita "oposição". As folhas de pagamento são largas fatias tiradas do bolo das dotações e o que resta ao cliente final são migalhas. Expor abertamente todas as destinações das verbas, sem exceção, é detectar grande parte do problema. Os sanguessugas pesam muito. Com o "aparelhamento" do Estado feito pelo atual "dono do poder" é muito mais devorador o ralo, do que se imagina. Se conhecerem os descritérios gerais para as nomeações, sobretudo dos chamados "agentes da saúde", vão descobrir que é estarrecedor o quadro.

Há uma gama enorme de órgãos oficiais que não justificam sua existência, a não ser para contemplar os apadrinhados políticos, através das nomeações sem limites, sem escrúpulos. Uma manifestação a esse respeito foi feita, há algum tempo atrás pelo Senador Jarbas Vasconcellos, e o documento sobre as espúrias "nomeações" deveria merecer acurada análise por parte das forças de vigilância e correção, como imprensa, Justiça, TCU, organizações diversas de atuação. O caminho da saída do buraco, do poço de miséria, passa por aí. Cumprir a Constituição no que tange às destinações à Saúde, principalmente no tocante aos 30 por cento sobre a arrecadação da Seguridade social, resolverão, se forem saneadas as destinações.

AS CHARGES ESPIRITUAIS DIZEM TUDO


         Outro dia fui com Dr. Sílvio* conhecer um departamento que molda diversos órgãos perispíríticos, e no caminho passamos por um anexo, onde existem os que trabalham na elaboração de desenhos, pinturas e também charges, caricaturas, e coisas assim. Nessa parte das "charges"  vi uma que define, claramente, a atuação do "governo" brasileiro. Nesse desenho/denúncia o Governo aparece como locomotivas. São dezenas delas, mostrando a presidência, o senado, a câmara, os ministérios, as agências, os inúmeros departamentos. São locomotivas possantes, brilhantes, bem equipadas, luxuosas, lotadas de ratos e morcegos, lesmas e cobras, muitos dependurados nas janelas. No desenho elas vão passando, a composição se alongando infinitamente, puxando um vagãozinho, sem cobertura, escangalhado, onde se lê "serviço ao público", que carrega uma bacia com cocô enroladinho, onde voam as moscas. Tragicômico o quadro é uma realidade. A "máquina" pesada, cara, suja e podre, se presta à esfomeada corja, não aos que a sustentam. Não há como suportar isso.

TEMPO DA VACA MAGRA


        Essa bactéria super-resistente, a corrupção, se propagou de maneira escancarada nos últimos 13 anos em nosso quadro geral brasileiro. E é "metamorfoseante", transformando ideais em golpes de enriquecimento, velhacarias, fazendo de um sapo um Dom ratão, prepotente, impudente, inescrupuloso, espertalhão. Usando a vaidade de uma pessoa psicologicamente desequilibrada, com histórico de  assaltos, atos terroristas e de atividades ilícitas, escamoteadas sob o enganoso rótulo de patrióticas, dá continuidade  à sua megalomania e seu projeto de "rei". Ao colocar na manutenção de seu domínio insano, uma deslumbrada pelo poder e fama, torna-a marionete sob seu comando, manipulando os fios, escondendo os "segredos dos desvios" para o desconhecimento provisório da grande turba. Uma pessoa que nenhum de nós convidaria para gerenciar um posto de gasolina, é colocada a dirigir a maior empresa do mundo e logo em seguida, a dirigir o país. Dá no que deu! E quando espoca aqui e ali o escândalo, transfere a outros, antigos comparsas, as culpas e as responsabilidades. A própria eleita já é, hoje, sua próxima e  predileta  vítima. Numa estratégia de fuga, a "bem mandada" deverá se afastar da direção, sob pretextos de agravamento de conhecidas displasias. Pode se afastar (ou ser afastada) também alegando problemas psicológicos. Essa "saida a francesa" começa a se manifestar já neste final de ano e pode se consolidar já no ano que vem. Em crise, com a agitação social orquestrada, ressurgirá o "herói" como paladino, se habilitando novamente ao pódium. Isso pode mudar se houver antes o remorso de cúmplices, denunciando à Justiça toda essa trama. Tudo já está preparado, em organizada e perversa planilha, com a conivência de meia dúzia da cúpula. A Justiça e o clamor popular são as últimas trincheiras, o bastião final. Há de se considerar que a estratégia de cabresto, com as bolsas misérias, os programas habitacionais mentirosos, os esquemas de educação incompletos, além do contingente de mais de 15 milhões de nomeados e sequazes são forças poderosas a serem vencidas. O escândalo do que a Raquel** chamou de "PeTroubrás" teve o condão de abafar o fiasco e fracasso do esquema enganoso do "pré-sal", empreendimento falido, quando o mundo já se prepara para abandonar os combustíveis fósseis.

O QUADRO É GRAVE... MAS HÁ SAÍDA


  Infelizmente o Brasil de hoje é um paciente em coma, já cianótico, com suas funções hemodinâmicas mantidas artificialmente. A Saúde é parte integrante desse organismo. A septicemia generalizada define que não adianta tratar de setores, porque o todo está comprometido. O melhor caminho é a mudança para o Regime Parlamentarista, móvel, sem a eternalização de uma antiga elite exploradora, escravocrata, hoje aliada a uma "elite gerada no exílio", mais pernóstica, mais gananciosa, cúpida, desregrada. Nós precisamos, no Brasil, de acreditar menos em pessoas que salvam e mais em estruturas que funcionam. O sistema parlamentarista dá azo a programas, projetos, e isso pede resultados, o que é diferente de ficarmos esperando soluções de onde nunca virão. Mas isso só se fará com uma renovação total dos quadros. Tem que haver uma limpa geral. O sistema bicameral é incompatível com a realidade do povo brasileiro. Senado e Câmara são hoje, valhacouto e covil, de malfeitores, chantagistas, a começar por suas linhas diretivas. Pouco se aproveita dali. Aliás, na "anatomia moral" de grande maioria dos políticos nacionais de hoje, parece haver uma tripa intestinal que alimenta seus cérebros. Somente a sociedade mobilizada, sobretudo através da juventude, consciente de sua força, pode e precisa mudar essa avacalhação. Nossa juventude, sem a vermelhidão cúpida, é o que de melhor temos, a nossa esperança e salvação. Os "donatários" do poder precisam abrir espaço, pois deram o que podiam dar, e estamos em bancarrota. E o tempo urge, contrário, o que torna mais imediatas as providências e retomada de rumos.

Os exploradores e oportunistas confiam demais no caráter pacífico e na índole mansa de nossa população. Mas, existe uma geração antenada com o Bem, que precisa estar pronta a alterar essa realidade drástica, de imoralidade institucional em que se afunda o país. Cabeças arejadas, com cérebros oxigenados pelo Bem estão aí, e precisam se manifestar, Já! Com energia, com sabedoria, com justiça. A informação, o detalhamento documental das tramoias, a abertura das "caixas podres" do sistema público, a sociedade organizada e ação asséptica da Justiça, são armas essenciais para essa profilaxia indispensável. Não se pretende recorrer à violência, a não ser que seja necessária.
Se me atrevo a me manifestar dessa forma eloquente é porque vejo que a solução existe, que há caminhos para a melhora. E precisamos deles. 
        Muita paz a todos.

Adib Domingos Jatene - espírito-

Mensagem recebida pelo médium Arael Magnus (foto), no C.E.Farol-Planaltina- DF em 4 de Junho de 2015.


*Dr. Sylvio Borges- espírito-
** Rachel de Queiroz (espírito) em mensagem "Brasil Cínico" no intermedium.blogspot

As partes 2 e 3 desta mensagem estão sendo revisadas para a publicação, na conferência dos dados fornecidos, e deverão ser publicadas tão logo sejam liberadas.

fale com Arael pelo fundoamor@gmail.com