domingo, 7 de janeiro de 2024

RIO AMARGO- Goiá e Lúcia Belizário- espíritos/ Arael Magnus- canal

RIO AMARGO-
https://www.youtube.com/watch?v=dOYF5v3Q6jg 

clique no link e vá direto ao YOU TUBE




Dentre as 20 melodias recolhidas por Arael no Ceuld , em 15 de outubro de 2016, "Rio Amargo" é um relato incisivo e longo (7 minutos) feito pelos espíritos de Goiá e Lúcia Belizário, acerca do terrível desastre ecológico acontecido em Mariana, que praticamente decretou a falência do Rio Doce. A fim de que o episódio não se repita, a peça enfatiza a necessidade da vigilância quanto aos outros rios "que ainda podem ser salvos". Faz referência à mentira da prática do "green wash" ( lavagem verde) onde as empresas poluidoras fingem adotar programas de proteção ao meio ambiente, principalmente usando a mídia (tv, net, etc), mas que na prática nada funcionam, meras camuflagens. Para os compositores, a visão crítica permanente da comunidade é fator preventivo eficiente.

https://www.youtube.com/watch?v=dOYF5v3Q6jg
RIO AMARGO
Tristonho espio do alto do morro / morrendo o rio pedindo socorro /a lama vermelha poluída envenena / a várzea ferida, horrorosa cena./  Meu coração sangra tal se o rio fosse / horrível tragédia a ambição provocou / foi a ganância que esse mal trouxe / ruína e tristeza a que tudo abalou/ Na morte covarde de meu Rio Doce / grande ecodesastre aqui se consumou.
Vê...que tragédia imensa / a quem essa porqueira compensa? / Vê que enorme tristeza / arrasaram toda  a natureza / Com toda mentira fingem o "green wash" / um tapa na cara, moleque deboche /                 as explicações não corrigem jamais / Mesmo a justiça por mais que se esforce / as mortes, as casas, os danos morais / agoniza o rio, de dor se contorce
a lama qual sangue mostra a negra face / da falta de amor a esse rio que nasce / filho do Piranga, lá na Mantiqueira, / que se une ao do Carmo, em terra mineira / levava fartura, comida e conforto / mas pela usura, agora está morto / podem enrolar, mas não tem mais jeito / sobrou a incúria, faltou o respeito
Talvez disso tudo se tire a lição / para proteger os outros que estão / com o mesmo risco tão grande iminente/ O Rio das Velhas e o Benevente/ do mesmo motivo já estão doentes/ Se protestar, pra isso travar/ talvez se consiga salvar os dois/ mas se a omissão vier novamente/ não adianta chorar depois/
E tem o Mucuri, o Jequitinhonha, o Paraíba, o velho Chico, o Piabanha, o Grande, o Paraopeba, muitos outros que precisam da nossa vigilância...da comunidade não só a ribeirinha em cima das autoridades, dos políticos, dos exploradores gananciosos, dos que matam nossos rios...
São todos culpados não importa o cargo/ quando falo nisso minha voz embargo / por ver que esse bem agora acabou-se/ É um pranto amargo o que era o Rio Doce.