quinta-feira, 23 de abril de 2015

JUVANIR BORGES- espírito- 3 de 5-

        TEMPO DE REVISÃO   
3 de 5
     

A OBSESSÃO SISTÊMICA NA CASA ESPÍRITA

         O processo obsessivo assume, nos dias atuais, uma intensidade e volume que caracterizam, sem sombras de dúvidas, a maior epidemia patológica/espiritual de que se tem notícia em todos os tempos, no Brasil. O aumento desenfreado do fanatismo, decorrente, sobretudo, das multidões seduzidas pelas igrejas pentecostais, cujo maior fator de aprisionamento de adeptos é a chamada "teologia da prosperidade", cria exércitos de espíritos revoltados, que, ao serem enxotados e espancados nestas "comunidades", buscam guarida também nas casas espíritas. 
         E milhares destes ali ficam, às vezes por anos a fio, sem que lhes sejam dadas oportunidades de se libertarem, de se esclarecerem, de serem recolhidos para locais de refazimento e recuperação, por conta e demérito da ausência, quase que total, das atividades mediúnicas nas casas. Naturalmente, o "fartum etéreo" é percebido, logo na chegada. 
        O resultado desse quadro é a violência, as depressões, o desequilíbrio social, a surpreendente marcha da desagregação familiar e o surgimento de crimes hediondos, assustadores pela alta carga de maldade, de insensibilidade e frieza.

      Assisti, nos meados do ano passado, em Goiânia, na unidade federativa, uma situação peculiar, que, -ao contrário do que se pensa- está mais comum e presente em centenas de centros em todo o país: Uma turba de aproximadamente 600 indivíduos desencarnados, saídos de uma igreja dita "evangélica"- destas que realizam os chamados "descarregos"- próxima ao morro do setor Marista, penetrou nos salões do belo auditório, já cheio, onde se realizava uma conferência de um dirigente do Centro Oeste, cujo tema era o tratamento de depressão.
      Ao final do encontro, como cães famintos, os atrasados espíritos invasores se lançarem sobre os presentes, se aninhando, de modo simbiótico parasitário, como sanguessugas, nas regiões frontais de dirigentes e assistentes. 
      Apesar da prece, do ambiente, da contrição sincera de alguns, a energia predominante -gerada sobretudo pelo séquito que acompanhava o preletor e o ambiente- era muito favorável a essa agregação e coabitação nos envólucros magnéticos dos atingidos, o que configurava uma abertura e autorização a estes, dadas pelos que, frivolamente, abordavam o problema que aflige a milhões de sofredores.

       A presunção de sabedoria, a preocupação mercantil, a prepotência, ausência de humildade, com acendrado sentimento de superioridade, deixam, hoje, as casas espíritas com os invigilantes dirigentes e conferencistas, vulneráveis, como focos de atração negativa, pólo catalisador de fluidos inferiores. 

       Algumas dezenas de entidades protetoras da casa se esforçam, lutando, tirando à força, alguns irmãozinhos infelizes, que se grudam nos presentes, numa hercúlea e nem sempre bem sucedida batalha. 

       Ali se pode perceber que a grande maioria dos "atacados" possui campo compatível com aquelas energias doentias, em plenitude!  No caso desta reunião de Goiânia, vi o próprio condutor e um diretor da casa saírem "coroados", com pelo menos uma dezena de entidades de aparência horrível, que se mantinham dependurados em seus receptores, ainda que rechaçados, sem sucesso, por dois sacerdotes que  os escoltavam. Se não consegui saber das consequências trazidas aos "invadidos", podemos presumi-las, como sendo no mínimo, de devoradoras de energias e tônus vital, altamente prejudiciais, psíquica, espiritual e também fisicamente.

      Na minha peregrinação em busca de alguma casa que pudesse receber, via mediúnica, meus recados- que não fazem parte apenas de uma iniciativa pessoal, particular, mas creio,  se revestem de missão, encomendadas a mim por irmãos que detiveram cargos de comando, como eu, e que se sucumbiram diante da força degenerativa que assomou as instituições, como já citara no tópico primeiro-, visitei centenas de casas espíritas, de norte a sul do país.
       São muitas histórias e confrontações destes quadros entristecedores. Em todos, sem exceção, recebi tratamento ora indiferente, ora agressivo, sempre não fraterno. Não consegui êxito para a manifestação, como já visto, mas pude observar (atônito, preocupado, pesaroso e...culpado também!) que em todos os centros, o número de "obsessores residentes" é muito grande e crescente! 
         Na capital do Amapá visitei 3 casas, e numa delas, numa rua que carrega  o nome do "caravaneiro da esperança", o quadro é deveras preocupante, porque os obsessores são, em sua maioria, espíritos deformados por aberrações sexuais, e com voracidade avançam sobre jovens, mulheres e crianças, que passam a ser assediadas e "tuteladas" à partir da própria sala de reuniões. São seres infelizes, muito perigosos, fortalecidos por uma vibração materialista e infraterna reinante, que iniciam ali uma influência danosa, prejudicial. A vaidade e sensualidade desequilibrada se manifestam desde a entrada.

        Em Fortaleza, na Federação, uma falange, composta sobretudo por religiosos e seminaristas "revolucionários indignados", aguarda, todas as semanas, numa rua próxima (Pompeu), em meio à escuridão, que o auditório da Princesa Isabel receba as pessoas, e quando isso ocorre, adentram livremente o salão, promovendo uma onda de ataques, sugando energias e humores, como abutres em carniça nova. 
        Após se refestelarem, se amontoam na livraria, no próprio prédio, quando ficam, à espreita, com alguns ainda retornando ao salão, para satisfazerem um pouco mais suas sanhas condenáveis, mas, infelizmente como vimos, permitidas, autorizadas pelo ambiente carregado e pelas energias pesadas ali encontradas. 

        A explicação devolve-me à infância, ao ouvir meu bom J.Lacerda, em sua sábia simplicidade -" ...cachorro entra na igreja, porque acha a porta aberta".

        FALTA CONEXÃO COM AS LUZES DO ALTO- ORAI E VIGIAI!

        Um dos fatores que permitem essa tomada de território e "fixação" de forças inferiores e deletérias nas casas espíritas, certamente está na fragilidade, na fraca e impotente emissão de sintonia da abertura dos trabalhos, sintetizados em suma, na oração inicial. 
        Os dirigentes das reuniões, das instituições precisam se conscientizar de que, nessa hora, é primacial uma ligação mais efetiva, mais sincera, mais determinada, com as forças da espiritualidade superior, com os amigos elevados, com Jesus, com Deus! 
        Como a grande maioria dos dirigentes atuais das casas é constituída de funcionários públicos, -em atividade ou não- estes têm trazido para os centros, o vício da rotina burocrática, a formalidade forçada, o desinteresse repetitivo, o automatismo.
        É necessária conexão substancial com as forças positivas, protetoras, e isso não é alcançado com indolência, má vontade, mecanicamente, de forma negligente, como tem acontecido, com orações de abertura superficiais, perfunctórias, sem a contrição, sem a manifesta vontade de ali se fazer um encontro santificado.
        No afã de cumprir as tarefas de expositores -a maioria bem preparada tecnologicamente, mas doutrinariamente falha, dando azo à vaidade e personalismo - os condutores das reuniões passam por cima da importância fundamental, indispensável, da declaração explícita da finalidade divina do encontro, de uma presença solicitada, com fervor, de Jesus ou de seus enviados, mentores, protetores, iluminados espíritos.

       É  preciso compreender isso como indispensável credenciamento para o contato com as expressões espirituais superiores, e pela luz, expungir as trevas. O momento de oração inaugural das reuniões e trabalhos, rogativas iniciais, a invocação dos bons espíritos em nome de Jesus, são aspectos que garantirão o caráter protegido dos encontros, e isso é insubstituível, é a chave "in conditio sine qua non".
       Sou adepto de que, por instantes, seja criado um clima através de música instrumental, clássica, que induza à meditação, com os presentes se posicionando mentalmente, a facilitar o contato com as forças superiores.

          Não se pode, -sob pena de divórcio energético com o astral de Mais Alto- menoscabar esse procedimento. Sem isto, as falanges e grupos maléficos, obsessores e vampirescos, estarão sempre nos lugares onde a energia lhes é compatível, como nas livrarias das casas espíritas. 
         Pelo condenável comércio ilegal e desvirtuado de material de função espiritual divina, como exposto no item 2 deste manifesto... caracterizando  a profanação da casa de oração, as entidades inferiores encontram caldo propício a penetrar pelos salões dos núcleos espíritas e realizar suas investidas danosas, atacando os já susceptíveis, fragilizados, doentes e invigilantes encarnados, que para ali se dirigem. 
        Mas, necessário se faz advertir também, que, de pouca duração valerá a melhor e mais fervorosa petição a Deus, se permanecerem os focos que atraem e hospedam estes irmãos infelizes, representados pelas livrarias, balcões mercenários de material de origem santificada. 
        Em linguagem vulgar, para pontear de modo contundente o raciocínio, "Não é suficiente apenas espantar as moscas. É preciso eliminar os motivos que as atraem". Podemos afiançar que, do modo que estão, as livrarias dentro dos centros são, de forma inconteste, a porta escancarada para os mundos trevosos, como pontos matrizes a gerar perniciosos nichos e ninhos de espíritos maldosos e desajustados. 
        (Melhor convicção desse problema pode ser conferida na completa explanação  do ínclito Codificador, contida no Capítulo XXVI- item 5 do ESE, onde ali se compila a indignação de Jesus, ao expulsar do templo os mercadores, condenando assim, o tráfico das coisas santas, sob quaisquer formas e meios, principalmente na casa de vocação espiritual, de recolhimento e trato com as coisas de Deus).

        ORIENTAÇÃO FRATERNA E REUNIÕES PARTICIPATIVAS- NECESSIDADES-

        Além do requerido restabelecimento da atividade mediúnica prática, sob formas de cursos, reuniões doutrinárias, desenvolvimento e educação, é imperiosa e urgente, a exigência em modificar os padrões atuais das "estatutárias e encaixotadas" reuniões, sob pena de se agigantar a já numerosa população do pavilhão-sanatório no qual estou albergado, bem como de outros, destinados à quitação de dívidas por ação, omissão ou má gestão. 
        O trabalho de orientação fraterna, que já é realizado em algumas casas por todo o país, deve ser fortalecido, estimulado, ampliado. Que continuem  acontecendo, com privacidade para os confitentes, mas, que se cuidem dos riscos de abusos que aí também podem acontecer, naturalmente em decorrência das já mencionadas presenças dos obsessores. 
        Comprovei estas presenças, impotente, sem meios de impedir a permanência destes, já que as credenciais energéticas nos ambientes eram consentâneas. Se  esses quadros lamentáveis cito, não o faço por censura ou disseminação de escândalo, mas somente com a finalidade em acender a "luz de alerta" nas consciências diretivas, ainda que, de chofre, pasmem e deprimam. 
        Não se pode "fazer  de conta que está tudo bem", pois, particularmente, sei o quanto isso é de grave comprometimento e alto custo. Ressalte-se que um ponto que ainda permanece como foco de luz, de fortalecimento e de intenso benefício para as casas e seus assistentes, é a sessão de passe, que deve ser ampliada e estimulada para mais dias, mais horários, pelos abençoados resultados que traz. Claro, a vigilância sobre quem processa os passes é indispensável, pois muitas vezes estes são acometidos pelos obsessores sexualmente desequilibrados. 

       Recordo-me que em meados de 80, no Rio de Janeiro, uma mensagem do elevado espírito Vinícius, recomendava especialmente a mim, dirigente da FEB, que fosse criada uma forma participativa da assistência nas reuniões, através de questionamentos, perguntas e respostas, a fim de, não tão somente dirimir dúvidas, ensinar, mas principalmente permitir que os frequentadores dos encontros pudessem se integrar de modo prático às casas, interagir, integrar-se comunitariamente, o que hoje,-temos visto -só é permitido a muito poucos, componentes de imutáveis e exauridos grupos.
       Sugeria o elevado comunicante, ser de bom alvitre criar-se, numa reunião semanal de estudos, uma faixa onde também possam ser formuladas questões, ou mesmo, se separando um tempo para isso nos encontros regulamentares. Na época não percebi a importância desse aditamento.
       A exclusão dos participantes, o não acesso às respostas de interrogações individuais, a indiferença para a gleba visitante, certamente serão reduzidas, sanadas com essa providência, cujos benefícios são inestimáveis e de rápida constatação para o fortalecimento e agregação do movimento em torno da Doutrina do Consolador Prometido.

      Sei, daqui que o distanciamento da assistência com os "dirigentes" é fator de destruição da salubridade espiritual das instituições, também. Há um temor reinante, naturalmente soprado por obsessores, como óbice a essa participação. Mas, que os que assim pensam tenham serenidade, pois a Doutrina Espírita terá sempre a capacidade das respostas convincentes, lógicas e esclarecedoras. 
      Não nos esqueçamos de que esta é a seara consoladora, e em equivalente intensidade, é esclarecedora, à luz da Verdade e Razão irrefutáveis. Recordando da palavra de Genésio em "Nosso Lar", afiançamos também que... "quando o servidor está pronto, o serviço (e a ajuda) aparecem!"

     Num grande centro na cidade de Guarapari, próxima a Vitória, no Espírito Santo, quando mais uma vez em vão, buscava uma oportunidade para transmitir meus recados, condoeu-me profundamente, a atitude de um apressado auxiliar da reunião- alegando razões estatutárias e das regras da casa-, ao conduzir pra fora do salão, uma senhora já idosa, demonstrando desequilíbrio (pela dor), que insistia em perguntar à "palestrante", se esta poderia lhe trazer alguma notícia de sua filha, recentemente assassinada. 
      Tanto o atendimento "fraterno", quanto a reunião de perguntas e respostas evitaria, com necessária caridade, essas situações que causam muito mal a todos, e nos diminuem.     
      Naturalmente, para a adoção desses procedimentos, entendemos necessário que os condutores instituídos tenham humildade, apeiem dos instáveis pedestais pretensa suficiência, abandonando os resquícios de orgulho e prepotência, -desvestindo as armaduras do egoísmo e presunção de superioridade-, e calcem as sandálias do Divino Peregrino, que roga a cada um de nós, que amemos a Humanidade como Ele nos amou. Assim, façam o que eu rogo, não o que eu fiz!

        Se me imiscuo, não o faço investido de pretensa autoridade e direito,- que sei não tê-los-, mas com o sincero, fraterno e verdadeiro desejo de que, aqueles que porfiaram na senda da Doutrina ao meu lado, ou que para esta vieram, - após e durante nossos extensos anos de "definição de rumos e regras", na construção dessas barreiras, muralhas e separações travestidas de "bases funcionais"-, não repitam ou perpetuem, os mesmos equívocos, os mesmos descaminhos.     
        E possam, refletindo e agindo, em favor do crescimento de todos os que nessa sacrificial trilha operam, com o fito em encontrar e obter melhores efeitos. Peço que identifiquem, (Por caridade!), minha intenção exclusiva de que, consigamos atender aos chamados do Mestre, como os "trabalhadores de última hora", na condução das consciências para uma elevação e conhecimentos reais, dentro dos sagrados limites da Casa Espírita. 
       Que Brilhe vossa luz! E que Jesus possa receber nossas preces, para a proteção e bem-aventurança, abençoando a todos.


         Juvanir Borges de Souza  - espírito


Veja o restante das mensagens desse espírito, partes 1, 2, 4 e 5 no
http://araelmagnus-intermdium.blogspot.com.br

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        Mensagem recebida pelo médium Arael Magnus em 13 de abril de 2015 no
CELAC- Formosa- Goiás. Na foto, após a reunião, em frente ao kitnet onde mora, num cortiço miserável, na periferia da cidade de Formosa, Goiás (foto Wilson Carlos- 13/4)