quinta-feira, 30 de abril de 2015

JUVANIR BORGES (espírito) - 4 de 5-

TEMPO DE REVISÃO- 4 de 5

                       
 SOMOS TODOS HOMOAFETIVOS. ALGUNS SÃO HOMOSSEXUAIS

Juvanir Borges- espírito/ arael magnus-  canal receptor

        A Virtude e o vício assumem formas múltiplas, com variações infinitas, sendo portanto os polos nos quais o ser humano transita durante sua existência, investido na carne ou em sua essência original, como espírito.

        A permanente caminhada evolutiva individual e das comunidades se mede, exatamente, pela subtração do "quantum" se inclina a condução, por um lado ou por outro. Cabe, dentro da faixa condicionada do livre arbítrio, a cada um, ou às comunidades (e aí se entende família, associações, cidades, países e mundos), o direcionamento das ações, a construção do bem ou a prática do mal, a elevação ou o retorno a patamares inferiores, não retroativos, mas em estagnação recidivante. 
        Obviamente sabemos todos, que os resultados de nossas atitudes geram para os indivíduos ou para os conglomerados, créditos ou dívidas, numa contabilidade perfeita, realizada por auditoria rigorosa, incorruptível, invulgar, conhecida também pela estampa de Consciência. 
        Coletiva ou individualmente, os registros imarcescíveis, ficam à disposição pela eternidade, com o propósito em permitir, não apenas seu conhecimento, mas sobretudo sua imitação (quando do Bem) ou sua correição (quando negativos, do mal).

       Reitera-se que, nos erros e desvios individuais e nos cometidos em conjunto, não somente a participação dos que os praticam, mas também a omissão dos que podem interferir e não o fazem, correspondem a anotações de "contas". 

       O incentivo à prática do Bem, é justo, também gera surpreendentes dividendos. E há, (saibam disso), uma escala de avaliação dos erros praticados, sendo que os oriundos de desvios morais são, dentre outros, os que mais pesam no fardo intransferível de quitações a serem feitas.

       COM ISMAEL


       Atualmente (desde 2010) encontro-me alojado num pavilhão, onde também estão  cerca de 6 mil companheiros, sendo a maioria de confrades da Doutrina Espírita, com grande número dos que também, como eu, desempenharam funções de comando, diretivas, em centros, federações, conselhos, e semelhantes. 

         Desde que cheguei, foi-me explicado (o que eu já sabia), que os passos equivocados no comando dos destinos da realidade espiritista, geraram grande peso em meu embornal, o que impossibilita "subida a páramos superiores", e que devem ser resolvidos,- o que tenho me esforçado por fazer-. Aqui, os que podem, trabalham incessantemente, buscando meios para saldar seus "carnets", além de prestar solidariedade e apoio aos que estão em piores condições, mergulhados em demências, delírios, revolta ou incompreensões do que chamam de uma "inaceitável  e injusta realidade". 
          No meu caso, desfruto de liberdade e relativo conforto, por conta também da Misericórdia Divina, que permite que eu compartilhe a visita de amigos e pessoas queridas, além de saídas em grupos ou mesmo solitariamente.  
   
         Certo dia em 2013, fui comunicado de uma apresentação de um grupo musical, e fui assisti-la. Em meio a uma multidão (calculo mais de 200 mil assistentes) fui apresentado ao hoje meu amigo, irmão a quem já devo muito favor e gratidão, Aldo* coordenador desse trabalho.
         Por sua vez, e através dele, travei conhecimento  com antigos artistas e compositores, como Vicente Celestino, Dolores Duran, e outros, e um chamou-me a atenção, pela peculiaridade do nome e da simpatia pessoal, Ismael Silva. Conversamos longamente e, no final, o compositor de "Se Você Jurar", -meu antigo vizinho no Estácio-, convidou-me a participar de uma caravana que ocorreria na manhã seguinte, uma quinta feira. 
         Com anuência e solidariedade do Irmão Aldo, aceitei, lembrando-me agora de um comentário que ele fez: - Vá sim...além de tudo isso é necessário.

       
     NA COLÔNIA DE AIDOS

         O caminho a percorrer pela caravana era uma longa e sinuosa descida. Ismael me ciceroneava, dando-me detalhes sobre a atividade. 

        Percebi que uns 20 dos participantes (éramos cerca de 100 na caravana) carregavam  equipamentos semelhantes aos cilindros de oxigênio. 
        Fui informado por meu condutor, que se tratava de "tônus fortificante e depurativo", que seria entregue aos que iríamos visitar, irmãos em queda, necessitados de tratamento, em recuperação, numa colônia de grandes provas e sofrimento. 
        No princípio todos conversavam animadamente, e grupinhos se formavam com ânimo e alegria. Na medida em que descíamos, porém, havia circunspecção, retraimento, e pouco se ouvia de conversas, destacando-se o cadenciado barulho do caminhar sobre pedras.

       Apesar de ainda ser manhã, o céu se escureceu, e o clima era abafado, pesado, um cenário feio, tétrico. Caminhamos por quase duas horas, penetrando numa região cinzo-plúmbea, sombria, de onde se exalava um cheiro forte de esgoto, fezes, acrescido de azedume, como o de lixo hospitalar. 

        A essa altura, todos nos encontrávamos em clima de contrição e prece. Identifiquei aquela como sendo uma baixa região umbralina, lembrando-me das narrativas de André Luiz/Chico Xavier.

       Em dado instante, a caravana parou, e dos que a comandavam partiram ordens a grupos distintos, que se dirigiram a pontos diferentes. Fiquei com Ismael e mais 6, quando fomos conduzidos a um local que parecia solitário, isolado. 

        Na medida em que nos aproximávamos, porém, o mau cheiro aumentava e podíamos ouvir gemidos, uivos lancinantes, grunhidos, que passaram a ocupar todo o espaço, rapidamente. 
         Nunca fui muito impressionável, mas aquele quadro dantesco mexeu muito com minha estrutura emocional. Ismael, percebendo meu momentâneo desconforto, aproximou-se, tirando-me para um canto e explicou: -"Estamos numa região para onde vêm os que se perderam no caminho da lascívia, da promiscuidade sexual. Mantenha a serenidade, prossiga com a concentração e prece, porque é importante que o senhor conheça de perto esse ambiente, essa situação de intensa e dolorosa prova." 
        E como se antecipasse à minha pergunta explicou:- "Esse nome, Aidos, é uma referência à figura da mitologia grega, que representa o pudor, a vergonha. Diz a mitologia que, ao distribuir os dons e virtudes aos indivíduos, Zeus decidiu que ela, a Vergonha, ficasse, nos homens, na região do intestino reto, e nas mulheres, na zona clitoriana. Por isso, os que, na carne, fogem à normalidade, ao comportamento natural, e caem na promiscuidade, na perversão, deixando-se dominar pela luxúria, são assinalados com a credencial magnética e trazidos para cá." 
         Para minha surpresa e estupefação, complementa:- Estive aqui por alguns anos, até que conscientizado, consegui minha remissão parcial. Decidi participar do Projeto a fim de retribuir o auxílio que recebi de muitos, neste lugar."-

        Continuamos a caminhar, e, mesmo na penumbra, notei alguns corpos se mexendo em meio à lama, dentro de poças. Vi então dezenas, centenas mesmo, em pouco espaço, que se retorciam, e, de vez em quando, cabeças emergiam, soltando esguichos daquele jorro nauseante. 

        Notei que não percebiam nossa presença, mas, na medida em que avançamos, aumentaram-se os uivos e gritos de dor. Nos deparamos, à frente, com uma parte da caravana, num atendimento a cerca de 30 ou 40 indivíduos, que se amontoavam numa área um pouco mais seca, onde recebiam, através de sistema de inalação, o material que estava contido nos cilindros.

         Ismael explicou:-"Estes aqui são alguns que estão progredindo, se recompondo, através do sincero arrependimento, do reconhecimento das faltas e de orações, de comunhão com Deus. Recebem essa carga regenerativa, que também funciona como veículo profilático, e assim vão se reestruturando, para que, daqui a algum tempo, possam ser transferidos para alas mais confortáveis, menos sofridas. Esse tônus é recolhido por diversos grupos, que mobilizam-se com o intuito de produzi-los, na transmutação de ectoplasma gerado por encarnados. 

          No nosso caso, através da música mediúnica, conseguimos, com a execução das mesmas, angariar o material, que depois, em usinas de transformação elevadas, é convertido nessa substância quase perispirítica, e aplicado, por mérito, nestes nossos infelizes irmãozinhos". E aduz: -" Existem muitos outros meios, como correntes de oração, novenas, meditações específicas, sessões de passes, campanhas beneficentes, e outras, onde é gerada essa matéria fluídica, ectoplasmática.
         Indispensável frisar que, a Misericórdia Divina coloca ao dispor de todos, os meios para a recuperação, sem favores, sem protecionismo, sem preferências, através do esforço, da prática do bem e da Fé."

      Percebi alguns se levantarem, principalmente após receber as doses de recomposição, e iniciarem animada conversação com os que os atendiam. Demonstravam gratidão e reverência. 

       Apresentavam deformações assustadoras, como exteriorização de úlceras e tumores, exposição de vísceras, de entranhas, a maioria na região pubiana - uma situação criada por auto-ideoplastias-, na revelação de seus descaminhos e transgressões, sobretudo sexuais. Ao retornarmos da incursão, Ismael explicou-me que ali, naquela colônia, estavam milhões de espíritos, egressos sobretudo da região que compreende o Brasil, e que a população, nos últimos 10 anos, aumentava veloz e geometricamente.

       AS ESCOLHAS, AS QUEDAS, AS CONSEQUÊNCIAS-


       Os que já tiveram a bendita oportunidade em aceder os caminhos da Doutrina Espírita, percorrem, com facilidade, as sendas das explicações sobre a investidura na carne. Sabemos que as provas a serem enfrentadas, são escolhidas por nós mesmos, dentro dos limites da concessão divina. 

          Assim, nascemos impregnados por virtudes, aptidões, inteligência, trazidos como heranças meritórias, por nosso próprio empenho, e que nos permitirão alçar voos mais longos em favor de nosso desenvolvimento. Também, ao nascer, estarão presentes limitações, deficiências, inclinações, dificuldades, e os instintos, como a fome, o de sobrevivência, o da reprodução, que, em sendo sinais de nosso passado rudimentar, precisam ser contidos, educados, controlados.
 
     O sexo é uma atividade usada pela Natureza para a perpetuação das espécies, para a reprodução, e se manifesta em todos os seres vivos. Sabe-se que o prazer, o êxtase, o clímax, são visgos, maneiras de despertar o interesse, a atração. Nos seres humanos é uma forma de se conhecer uma fonte de alegria, de realização, de intenso delírio momentâneo.

     Mas, como tudo em que está envolvida a raça humana, aparecem os desvios, as distorções, as aberrações. E as variantes são muitas, e antigas, multimilenares. 

     O sexo natural é uma relação macho e fêmea, sendo consagrado, por todas as civilizações, como um atributo divino. 
      Assim, em todas as épocas, em todas as culturas conhecidas, aceita-se como normal a atividade sexual entre homem e mulher, da mesma maneira que entende-se como promíscua, anormal, transgressiva, o que acontece entre pessoas do mesmo sexo, em grupos e entre humanos e animais. 
      Mentem os que, pretendendo dar uma condição de normalidade às atividades antinaturais do sexo, se referem a elas como "práticas comuns por povos antigos, como os gregos". Escondem a verdade e criam artifícios no afã em estabelecer com civilizações evoluídas, como o foi a helênica, parâmetros que "autorizariam ou tolerariam" esses desvios. 
       Os documentos dão conta de como sempre foram severas, as censuras e punições aos que resvalavam para essa rota. Algumas personalidades pseudo-sábias tentam (e até conseguem) incutir nas mentalidades suscetíveis, frágeis, conceitos errôneos, de que "o amor não tem limites", tentando guindar a prática sexual, instintiva, à categoria do mais nobre sentimento. 
      Um é instinto carnal o outro é sublimação de sentimento. Se buscarem informações corretas vão descobrir que (na muito citada) Grécia Antiga, as atividades libidinosas entre pessoas do mesmo sexo, eram punidas pelo Estado, com penas rigorosas, chegando à pena capital, como em Meca e Áttica, por exemplo, e que em nenhuma civilização humana conhecida se coroou o desvio sexual como "aceitável, normal, exercício de direito e cidadania".

      Outros, sobretudo no meio religioso, sofismam que, deve-se haver complacência para essa prática pois "os espíritos não têm sexo". Realmente não o têm, mas também não copulam, não praticam o coito! Percebe-se, a rodo, a manifesta intenção em mascarar a verdade, criando uma falsa e perigosa plataforma a garantir fraquezas, quedas. O preço disso são sofrimentos futuros, e os que, antevendo esse descair e não advertem, são partícipes na autoria dos erros. 

       Platão- um dos precursores da Doutrina Espírita- já afirmava "a anormalidade doentia da relação sexual fora do natural, entre seres de sexos iguais, consegue degradar outros aspectos da integridade do ser humano, interferindo de modo destruidor na compleição do caráter individual e coletivo".**

     SOMOS TODOS HOMOAFETIVOS, SÓ ALGUNS SÃO HOMOSSEXUAIS


      Normalmente o desejo sexual é motivado por sentimentos, alguns sublimes, como o carinho, o amor, mas também se deteriora, com muita freqüência, por instintos bestiais, que superam escrúpulos, limites, conceitos morais, aluindo princípios de convivência humana. É muito tênue, superficial, frágil, a distância entre o desejo sexual natural e as aberrações, os desequilíbrios, as taras! Pode-se afirmar que a maioria de nós- (há pequena margem de erro se generalizarmos)- só não foi pega pelas leis de estupro, de atentado ao pudor, de crimes sexuais, por mera sorte da não flagrância do ato.


     Cada um sabe o quanto é avassaladora a sedução sexual, e o quanto temos que nos esforçar para não enveredarmos por caminhos da prostituição, da bestialidade, prolongada ou momentânea. 

       Mas- e isso é fundamental para a evolução do ser- temos que extrair de nosso âmago, -pedindo apoio a Deus- todas as forças e resistências para “vencer a tentação”, superar as correntes antagônicas à virtude, porque isso é, em essência, a maneira de conseguir a evolução espiritual pretendida.
       Reafirmamos- para esclarecer- que, independente da condição individual de cada um, temos a obrigação em oferecer nossa fraternidade, compreensão, afeto, proteção a todos os que cometem transgressões, inclusive estas. Isso implica em sempre combatermos o erro, amparando e amando,incondicionalmente, o que o comete.

      Todos os seres humanos, sem quaisquer exceções, são homoafetivos, mas somente alguns são homossexuais. As mais puras formas de manifestação do sentimento de amor se revelam na homoafetividade. 

       Assim, a mãe ama verdadeiramente a filha, a neta, como o pai devota puro sentimento de afeição ao filho, ao irmão, enfim. A amizade é uma maneira natural e benfazeja da manifestação da homoafetividade. 
        Por sua vez, homossexualidade é diferente e é anormal, fora da natureza, e representa queda e quebra de promessas, de compromissos assumidos antes da encarnação, e se concretiza no contato, na concupiscência praticada.

       A família, que é constituída pelo fator reprodutivo, se forma e, -usando velho, surrado (e insuperável) clichê- é a célula do tecido social. Há hodiernamente, e isso é evidente, uma degeneração e estraçalhamento dos conceitos acerca da estruturação do lar tradicional. 

      Os movimentos de variações homossexuais tentam estabelecer padrões de normalidade onde esta não se assenta, na origem. A homossexualidade é uma opção, e isso é verdadeiro. Só que é definida antes da vida carnal.
        Em sua grande maioria é uma escolha individual, dentro dos limites do livre arbítrio, e constitui-se em prova a ser superada. Raras vezes é uma imposição, mesmo para reparos e resgates. 
         Mas, comprometem-se, aqueles que fazem esta escolha, a resistirem às tentações, superando as fraquezas e a não descair para a promiscuidade, exagero, abusos. A libido, facilitada pela libertinagem, pela lascívia compartilhada, representa uma porta aberta para os abismos morais, e isso repercute, de maneira aguda, levando os incautos a grandes sofrimentos futuros, em regiões penosas, como a que narrei no preâmbulo.

       Importante lembrar que, se a homoafetividade se realiza de modo coletivo, -elevando os padrões de harmonia e de crescimento da virtude-, enquanto a pederastia, a homossexualidade, e todas as transgressões da prática sexual, se derramam em viciação e derrocada moral, comprometimento espiritual e atraso no carreiro evolutivo de indivíduos e comunidades. 

      Todo direito corresponde, em "latu sensu" a um dever. Assim, o pretendido "status" de normalidade esbarra não no preconceito, mas no preceito natural. Os pais, os responsáveis, os dirigentes das instituições (sobretudo espíritas, onde a situação se mostra grave pelo relaxamento e medo com que é abordado esse tema) têm obrigação de oferecer o amparo, a proteção, o carinho a estes indivíduos, da mesma forma que abraçam o inderrogável dever em alertá-los, esclarecendo os perigos, os danos que causam a si e aos outros, e das consequências que suas atitudes geram, em termos de dívidas assumidas para o futuro. 
       Se se omitem, geram o campo magnético que os credenciarão às colônias de choro e ranger de dentes.

       Antecipo-me às reações, asseverando: Não sou homófobo, mas sou heterófilo, e mesmo aí sei dos riscos e dos perigos que representam a ultrapassagem dos limites. A simples opção individual não autoriza ninguém a quebrar barreiras naturais, já que a sociedade se estabiliza em padrões formais, não apenas ao sabor do livre arbítrio (ou desequilíbrio) de grupos ou segmentos. 

      Abrir precedentes, ou passivamente aceitá-los, mesmo conscientes do mal em que se afundam irmãos desavisados, imprudentes, é contemplar, daqui a pouco, o “direito dos pedófilos e dos amantes do sexo bizarro, dos incestuosos, bem como admitir as orgias, os bacanais, as aberrações, como hábitos sociais instalados e permitidos!”

       O sexo é instintivo e do ser humano racional é esperada a superação, a vitória, o domínio sobre todos os atavismos. 

       Mais que uma questão semântica, é uma situação de evoluir ou regredir, diferençar entre homoafetividade e homossexualidade. 
       E não se pode fugir às conseqüências, nem ignorar o peso do erro, quando se está advertido dos mesmos.
       Não é preciso recorrer aos símbolos das antigas escrituras, que relatam os episódios das tempestades de fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra, em decorrência dos abusos, orgias, bacanais, exageros e promiscuidade sexual, para se acreditar que o “clima pesado e doentio” que se abate sobre a orbe, vai desencadear pestes, epidemias, tragédias inimagináveis. 
        É uma resposta natural, uma consequência, mero efeito. Com Fé infrangível roguemos a Deus que nos livre disso.

      Dentro da linha moral espiritista não nos é permitido, por conveniência, modismo ou comodismo, nos alhearmos à tomada de atitudes, esclarecendo, reconduzindo, alertando sobre os males, na busca da melhora e da evolução de nossos irmãos, (individual e coletivamente), porque isso é a verdadeira Caridade, que anseia livrar a Humanidade do sofrimento, da dor. 

       E nosso melhor roteiro, nossa Verdade, nosso Caminho, nossa Vida é mostrada por nosso insubstituível fanal, Jesus, que nos concita- Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!- ou seja, caridosa, carinhosa e homoafetivamente, sem a carne, que pode ser fraca, mas não deve ser podre.
      Que o Mestre Nazareno nos permita a paz de Consciência, a Força para o cumprimento do Dever, na esperança de que possamos todos, caminhar em rumo ao País da Luz!                                          


                                                                      Juvanir Borges de Souza- espírito-



Mensagem recebida pelo canal Arael Magnus 
em 13 de abril de 2015, 
no Centro Espírita Luz,Amor e Caridade  
Celac- na cidade de Formosa- Goiás.
Veja o restante das mensagens, partes 1, 2, 3 e 5 no
http://araelmagnus-intermdium.blogspot.com.br

Imagens da internet

quinta-feira, 23 de abril de 2015

JUVANIR BORGES- espírito- 3 de 5-

        TEMPO DE REVISÃO   
3 de 5
     

A OBSESSÃO SISTÊMICA NA CASA ESPÍRITA

         O processo obsessivo assume, nos dias atuais, uma intensidade e volume que caracterizam, sem sombras de dúvidas, a maior epidemia patológica/espiritual de que se tem notícia em todos os tempos, no Brasil. O aumento desenfreado do fanatismo, decorrente, sobretudo, das multidões seduzidas pelas igrejas pentecostais, cujo maior fator de aprisionamento de adeptos é a chamada "teologia da prosperidade", cria exércitos de espíritos revoltados, que, ao serem enxotados e espancados nestas "comunidades", buscam guarida também nas casas espíritas. 
         E milhares destes ali ficam, às vezes por anos a fio, sem que lhes sejam dadas oportunidades de se libertarem, de se esclarecerem, de serem recolhidos para locais de refazimento e recuperação, por conta e demérito da ausência, quase que total, das atividades mediúnicas nas casas. Naturalmente, o "fartum etéreo" é percebido, logo na chegada. 
        O resultado desse quadro é a violência, as depressões, o desequilíbrio social, a surpreendente marcha da desagregação familiar e o surgimento de crimes hediondos, assustadores pela alta carga de maldade, de insensibilidade e frieza.

      Assisti, nos meados do ano passado, em Goiânia, na unidade federativa, uma situação peculiar, que, -ao contrário do que se pensa- está mais comum e presente em centenas de centros em todo o país: Uma turba de aproximadamente 600 indivíduos desencarnados, saídos de uma igreja dita "evangélica"- destas que realizam os chamados "descarregos"- próxima ao morro do setor Marista, penetrou nos salões do belo auditório, já cheio, onde se realizava uma conferência de um dirigente do Centro Oeste, cujo tema era o tratamento de depressão.
      Ao final do encontro, como cães famintos, os atrasados espíritos invasores se lançarem sobre os presentes, se aninhando, de modo simbiótico parasitário, como sanguessugas, nas regiões frontais de dirigentes e assistentes. 
      Apesar da prece, do ambiente, da contrição sincera de alguns, a energia predominante -gerada sobretudo pelo séquito que acompanhava o preletor e o ambiente- era muito favorável a essa agregação e coabitação nos envólucros magnéticos dos atingidos, o que configurava uma abertura e autorização a estes, dadas pelos que, frivolamente, abordavam o problema que aflige a milhões de sofredores.

       A presunção de sabedoria, a preocupação mercantil, a prepotência, ausência de humildade, com acendrado sentimento de superioridade, deixam, hoje, as casas espíritas com os invigilantes dirigentes e conferencistas, vulneráveis, como focos de atração negativa, pólo catalisador de fluidos inferiores. 

       Algumas dezenas de entidades protetoras da casa se esforçam, lutando, tirando à força, alguns irmãozinhos infelizes, que se grudam nos presentes, numa hercúlea e nem sempre bem sucedida batalha. 

       Ali se pode perceber que a grande maioria dos "atacados" possui campo compatível com aquelas energias doentias, em plenitude!  No caso desta reunião de Goiânia, vi o próprio condutor e um diretor da casa saírem "coroados", com pelo menos uma dezena de entidades de aparência horrível, que se mantinham dependurados em seus receptores, ainda que rechaçados, sem sucesso, por dois sacerdotes que  os escoltavam. Se não consegui saber das consequências trazidas aos "invadidos", podemos presumi-las, como sendo no mínimo, de devoradoras de energias e tônus vital, altamente prejudiciais, psíquica, espiritual e também fisicamente.

      Na minha peregrinação em busca de alguma casa que pudesse receber, via mediúnica, meus recados- que não fazem parte apenas de uma iniciativa pessoal, particular, mas creio,  se revestem de missão, encomendadas a mim por irmãos que detiveram cargos de comando, como eu, e que se sucumbiram diante da força degenerativa que assomou as instituições, como já citara no tópico primeiro-, visitei centenas de casas espíritas, de norte a sul do país.
       São muitas histórias e confrontações destes quadros entristecedores. Em todos, sem exceção, recebi tratamento ora indiferente, ora agressivo, sempre não fraterno. Não consegui êxito para a manifestação, como já visto, mas pude observar (atônito, preocupado, pesaroso e...culpado também!) que em todos os centros, o número de "obsessores residentes" é muito grande e crescente! 
         Na capital do Amapá visitei 3 casas, e numa delas, numa rua que carrega  o nome do "caravaneiro da esperança", o quadro é deveras preocupante, porque os obsessores são, em sua maioria, espíritos deformados por aberrações sexuais, e com voracidade avançam sobre jovens, mulheres e crianças, que passam a ser assediadas e "tuteladas" à partir da própria sala de reuniões. São seres infelizes, muito perigosos, fortalecidos por uma vibração materialista e infraterna reinante, que iniciam ali uma influência danosa, prejudicial. A vaidade e sensualidade desequilibrada se manifestam desde a entrada.

        Em Fortaleza, na Federação, uma falange, composta sobretudo por religiosos e seminaristas "revolucionários indignados", aguarda, todas as semanas, numa rua próxima (Pompeu), em meio à escuridão, que o auditório da Princesa Isabel receba as pessoas, e quando isso ocorre, adentram livremente o salão, promovendo uma onda de ataques, sugando energias e humores, como abutres em carniça nova. 
        Após se refestelarem, se amontoam na livraria, no próprio prédio, quando ficam, à espreita, com alguns ainda retornando ao salão, para satisfazerem um pouco mais suas sanhas condenáveis, mas, infelizmente como vimos, permitidas, autorizadas pelo ambiente carregado e pelas energias pesadas ali encontradas. 

        A explicação devolve-me à infância, ao ouvir meu bom J.Lacerda, em sua sábia simplicidade -" ...cachorro entra na igreja, porque acha a porta aberta".

        FALTA CONEXÃO COM AS LUZES DO ALTO- ORAI E VIGIAI!

        Um dos fatores que permitem essa tomada de território e "fixação" de forças inferiores e deletérias nas casas espíritas, certamente está na fragilidade, na fraca e impotente emissão de sintonia da abertura dos trabalhos, sintetizados em suma, na oração inicial. 
        Os dirigentes das reuniões, das instituições precisam se conscientizar de que, nessa hora, é primacial uma ligação mais efetiva, mais sincera, mais determinada, com as forças da espiritualidade superior, com os amigos elevados, com Jesus, com Deus! 
        Como a grande maioria dos dirigentes atuais das casas é constituída de funcionários públicos, -em atividade ou não- estes têm trazido para os centros, o vício da rotina burocrática, a formalidade forçada, o desinteresse repetitivo, o automatismo.
        É necessária conexão substancial com as forças positivas, protetoras, e isso não é alcançado com indolência, má vontade, mecanicamente, de forma negligente, como tem acontecido, com orações de abertura superficiais, perfunctórias, sem a contrição, sem a manifesta vontade de ali se fazer um encontro santificado.
        No afã de cumprir as tarefas de expositores -a maioria bem preparada tecnologicamente, mas doutrinariamente falha, dando azo à vaidade e personalismo - os condutores das reuniões passam por cima da importância fundamental, indispensável, da declaração explícita da finalidade divina do encontro, de uma presença solicitada, com fervor, de Jesus ou de seus enviados, mentores, protetores, iluminados espíritos.

       É  preciso compreender isso como indispensável credenciamento para o contato com as expressões espirituais superiores, e pela luz, expungir as trevas. O momento de oração inaugural das reuniões e trabalhos, rogativas iniciais, a invocação dos bons espíritos em nome de Jesus, são aspectos que garantirão o caráter protegido dos encontros, e isso é insubstituível, é a chave "in conditio sine qua non".
       Sou adepto de que, por instantes, seja criado um clima através de música instrumental, clássica, que induza à meditação, com os presentes se posicionando mentalmente, a facilitar o contato com as forças superiores.

          Não se pode, -sob pena de divórcio energético com o astral de Mais Alto- menoscabar esse procedimento. Sem isto, as falanges e grupos maléficos, obsessores e vampirescos, estarão sempre nos lugares onde a energia lhes é compatível, como nas livrarias das casas espíritas. 
         Pelo condenável comércio ilegal e desvirtuado de material de função espiritual divina, como exposto no item 2 deste manifesto... caracterizando  a profanação da casa de oração, as entidades inferiores encontram caldo propício a penetrar pelos salões dos núcleos espíritas e realizar suas investidas danosas, atacando os já susceptíveis, fragilizados, doentes e invigilantes encarnados, que para ali se dirigem. 
        Mas, necessário se faz advertir também, que, de pouca duração valerá a melhor e mais fervorosa petição a Deus, se permanecerem os focos que atraem e hospedam estes irmãos infelizes, representados pelas livrarias, balcões mercenários de material de origem santificada. 
        Em linguagem vulgar, para pontear de modo contundente o raciocínio, "Não é suficiente apenas espantar as moscas. É preciso eliminar os motivos que as atraem". Podemos afiançar que, do modo que estão, as livrarias dentro dos centros são, de forma inconteste, a porta escancarada para os mundos trevosos, como pontos matrizes a gerar perniciosos nichos e ninhos de espíritos maldosos e desajustados. 
        (Melhor convicção desse problema pode ser conferida na completa explanação  do ínclito Codificador, contida no Capítulo XXVI- item 5 do ESE, onde ali se compila a indignação de Jesus, ao expulsar do templo os mercadores, condenando assim, o tráfico das coisas santas, sob quaisquer formas e meios, principalmente na casa de vocação espiritual, de recolhimento e trato com as coisas de Deus).

        ORIENTAÇÃO FRATERNA E REUNIÕES PARTICIPATIVAS- NECESSIDADES-

        Além do requerido restabelecimento da atividade mediúnica prática, sob formas de cursos, reuniões doutrinárias, desenvolvimento e educação, é imperiosa e urgente, a exigência em modificar os padrões atuais das "estatutárias e encaixotadas" reuniões, sob pena de se agigantar a já numerosa população do pavilhão-sanatório no qual estou albergado, bem como de outros, destinados à quitação de dívidas por ação, omissão ou má gestão. 
        O trabalho de orientação fraterna, que já é realizado em algumas casas por todo o país, deve ser fortalecido, estimulado, ampliado. Que continuem  acontecendo, com privacidade para os confitentes, mas, que se cuidem dos riscos de abusos que aí também podem acontecer, naturalmente em decorrência das já mencionadas presenças dos obsessores. 
        Comprovei estas presenças, impotente, sem meios de impedir a permanência destes, já que as credenciais energéticas nos ambientes eram consentâneas. Se  esses quadros lamentáveis cito, não o faço por censura ou disseminação de escândalo, mas somente com a finalidade em acender a "luz de alerta" nas consciências diretivas, ainda que, de chofre, pasmem e deprimam. 
        Não se pode "fazer  de conta que está tudo bem", pois, particularmente, sei o quanto isso é de grave comprometimento e alto custo. Ressalte-se que um ponto que ainda permanece como foco de luz, de fortalecimento e de intenso benefício para as casas e seus assistentes, é a sessão de passe, que deve ser ampliada e estimulada para mais dias, mais horários, pelos abençoados resultados que traz. Claro, a vigilância sobre quem processa os passes é indispensável, pois muitas vezes estes são acometidos pelos obsessores sexualmente desequilibrados. 

       Recordo-me que em meados de 80, no Rio de Janeiro, uma mensagem do elevado espírito Vinícius, recomendava especialmente a mim, dirigente da FEB, que fosse criada uma forma participativa da assistência nas reuniões, através de questionamentos, perguntas e respostas, a fim de, não tão somente dirimir dúvidas, ensinar, mas principalmente permitir que os frequentadores dos encontros pudessem se integrar de modo prático às casas, interagir, integrar-se comunitariamente, o que hoje,-temos visto -só é permitido a muito poucos, componentes de imutáveis e exauridos grupos.
       Sugeria o elevado comunicante, ser de bom alvitre criar-se, numa reunião semanal de estudos, uma faixa onde também possam ser formuladas questões, ou mesmo, se separando um tempo para isso nos encontros regulamentares. Na época não percebi a importância desse aditamento.
       A exclusão dos participantes, o não acesso às respostas de interrogações individuais, a indiferença para a gleba visitante, certamente serão reduzidas, sanadas com essa providência, cujos benefícios são inestimáveis e de rápida constatação para o fortalecimento e agregação do movimento em torno da Doutrina do Consolador Prometido.

      Sei, daqui que o distanciamento da assistência com os "dirigentes" é fator de destruição da salubridade espiritual das instituições, também. Há um temor reinante, naturalmente soprado por obsessores, como óbice a essa participação. Mas, que os que assim pensam tenham serenidade, pois a Doutrina Espírita terá sempre a capacidade das respostas convincentes, lógicas e esclarecedoras. 
      Não nos esqueçamos de que esta é a seara consoladora, e em equivalente intensidade, é esclarecedora, à luz da Verdade e Razão irrefutáveis. Recordando da palavra de Genésio em "Nosso Lar", afiançamos também que... "quando o servidor está pronto, o serviço (e a ajuda) aparecem!"

     Num grande centro na cidade de Guarapari, próxima a Vitória, no Espírito Santo, quando mais uma vez em vão, buscava uma oportunidade para transmitir meus recados, condoeu-me profundamente, a atitude de um apressado auxiliar da reunião- alegando razões estatutárias e das regras da casa-, ao conduzir pra fora do salão, uma senhora já idosa, demonstrando desequilíbrio (pela dor), que insistia em perguntar à "palestrante", se esta poderia lhe trazer alguma notícia de sua filha, recentemente assassinada. 
      Tanto o atendimento "fraterno", quanto a reunião de perguntas e respostas evitaria, com necessária caridade, essas situações que causam muito mal a todos, e nos diminuem.     
      Naturalmente, para a adoção desses procedimentos, entendemos necessário que os condutores instituídos tenham humildade, apeiem dos instáveis pedestais pretensa suficiência, abandonando os resquícios de orgulho e prepotência, -desvestindo as armaduras do egoísmo e presunção de superioridade-, e calcem as sandálias do Divino Peregrino, que roga a cada um de nós, que amemos a Humanidade como Ele nos amou. Assim, façam o que eu rogo, não o que eu fiz!

        Se me imiscuo, não o faço investido de pretensa autoridade e direito,- que sei não tê-los-, mas com o sincero, fraterno e verdadeiro desejo de que, aqueles que porfiaram na senda da Doutrina ao meu lado, ou que para esta vieram, - após e durante nossos extensos anos de "definição de rumos e regras", na construção dessas barreiras, muralhas e separações travestidas de "bases funcionais"-, não repitam ou perpetuem, os mesmos equívocos, os mesmos descaminhos.     
        E possam, refletindo e agindo, em favor do crescimento de todos os que nessa sacrificial trilha operam, com o fito em encontrar e obter melhores efeitos. Peço que identifiquem, (Por caridade!), minha intenção exclusiva de que, consigamos atender aos chamados do Mestre, como os "trabalhadores de última hora", na condução das consciências para uma elevação e conhecimentos reais, dentro dos sagrados limites da Casa Espírita. 
       Que Brilhe vossa luz! E que Jesus possa receber nossas preces, para a proteção e bem-aventurança, abençoando a todos.


         Juvanir Borges de Souza  - espírito


Veja o restante das mensagens desse espírito, partes 1, 2, 4 e 5 no
http://araelmagnus-intermdium.blogspot.com.br

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        Mensagem recebida pelo médium Arael Magnus em 13 de abril de 2015 no
CELAC- Formosa- Goiás. Na foto, após a reunião, em frente ao kitnet onde mora, num cortiço miserável, na periferia da cidade de Formosa, Goiás (foto Wilson Carlos- 13/4)


segunda-feira, 20 de abril de 2015

JUVANIR BORGES- (espírito)- 2 de 5


TEMPO DE REVISÃO- 2 de 5

LIVRO ESPÍRITA: -MISSÃO E COMISSÃO-


      Há em toda atividade humana a presença da Virtude e do vício, que representam, em essência, as companhias espirituais e as influências próprias de uma condição evolutiva. Para que tenha méritos, é indispensável que o indivíduo se esforce para a consecução destes, com empenho e determinação, e consiga superar as investidas negativas, as tentações. 
       Assim, ninguém é honesto apenas por não roubar, mas o será, reconhecidamente, quando tiver essa oportunidade e não o fizer. Nenhum indivíduo está isento, neste plano, de sofrer o ataque das sombras, como ninguém está impedido em receber as luzes do esclarecimento e amparo. 
         Isso ocorre tanto com os seres humanos, quanto com as corporações, sociedades. grupos que se formam. Na maior parte das vezes o ser humano e as instituições estão situadas no meio termo, apresentando de um lado, os aspectos positivos, e de outro, o domínio de erros, a presença de desvios, as manchas, a parte podre. Como estamos num plano de imperfeições há-se se esperar essa dualidade, mas almeja-se que a virtude prevaleça, domine, e cresça.

     Grande parte dos propósitos dos idealistas, na pureza de seus objetivos, é afetada, sorrateiramente, pelas forças trevosas, que incutem, através da vaidade, do egoísmo, da sede de poder, do orgulho enquistado, posições e atitudes, que aos poucos se assomam  e, sem vigilância e contenção, ganham força e não raro  tiranizam o todo, os indivíduos e os empreendimentos.

      Com frequência, destroem os ideais, superam escrúpulos, suplantam limites de bom senso, naturalmente ciceronizados por argumentações que se revestem de legítimas, mas escondem em si o "ovo da serpente". E é isso que acontece hoje, nos grandes movimentos espíritas do Brasil, com o gigantesco comércio de livros relacionados à Doutrina codificada por Kardec.

      Todos sabemos da violenta e contumaz perseguição que sofre a estrutura espiritista, e verdadeiros exércitos e legiões são mobilizados com o fito em desestabilizar o pavilhão kardequiano, com as sombras se projetando bem próximas, adredes, de onde há luz. O trabalho de divulgação dos ensinamentos da Terceira Revelação se deu, até hoje, sobretudo através da publicação  dos livros. Com destaque e acentuação para a enorme parcela oferecida por Chico Xavier, que popularizou de modo inquestionável, a relação entre o mundo material e o espiritual,- na magnífica e qualitativa feição das obras enviadas, romances, páginas de estudo, relatos, que reportam a vida no além túmulo- o livro espírita clareou mentes, conquistou adeptos e obreiros, se infiltrou, beneficamente, em todos os quadrantes das comunidades mais diversas. Através da abençoada mediunidade do missionário mineiro, centenas de milhões de pessoas ganharam consciência da vida espiritual, deslindando o que ainda eram, para a grande maioria, meras conjecturas e suposições. Para a surpresa (inclusive minha) abaixo de Chico, também com a conquista de milhões de adeptos à causa espiritista, aparece a escritora paulista Zíbia Gasparetto, proscrita nas livrarias dos centros, relacionada em nossa (equivocada) lista de "não doutrinárias".

         No entanto, logo em seu alvorecer, nos meados do século passado, com o crescimento do interesse e da popularidade das publicações espíritas, surgiram forças que conspurcaram, envenenando, vagarosamente, as estruturas e as bases desse tráfego. Bafejados por insinuações de poder, de domínio, de superioridade existencial, dirigentes e mercadores perceberam que ali estava um filão altamente lucrativo, verdadeira varinha de condão da conquista do reino. 
         E o primeiro a ser atacado e posto à cabresto, foi exatamente o arauto pioneiro das grandes verdades kardecianas no Brasil,  "O Reformador". Por esse tempo, esse indispensável e elucidativo veículo se converteu em mera tabela de ofertas, semelhantes àqueles compêndios que encontramos nas farmácias, com intermináveis relações de obras e preços. 
        Um mercadinho indisfarçado, lidando com verdades divinas como se fossem sabonetes ou legumes. Apelos, campanhas, promoções, pedidos de ajuda e espórtulas, grandes descontos, transformaram o sonho concretizado por Elias Barbosa, em um boletim comercial, quase mercenário. Na garupa de orações e mensagens edificantes crescia a oferta materialista. Nem se deram ao capricho de fazer encartes, o que seria até compreensível.
        E os resultados- naturalmente estimulados pelas forças desestabilizadoras- apareceram num crescente impressionante. Os apelos, inicialmente voltados para  o atendimento às despesas com as obras de caridade, ganharam outros voos, outros projetos, e rapidamente se viu um esforço de equipe, para que se ampliassem as oficinas, que se melhorasse o volume e a qualidade, que se importassem máquinas poderosas, modernas, e isso transformou a Casa de Bezerra num grande polo de distribuição comercial de publicações. 
        Obras de grande qualidade e de altíssimo valor doutrinário, mas também alguns calhaus, coisas sem muito sentido, bibelots com o objetivo de agradar e a satisfazer vaidades e mimos, entupiram estantes de norte a sul. Aos poucos o empreendimento editorial foi assumindo espaços e dominando o movimento espiritista, norteando-lhe o rumo.

        A ERVA DANINHA DO EGOÍSMO

        Como insidiosa parasita, cresceu rapidamente nos meios dirigentes a "necessidade em se implementar o comércio e distribuição dos livros e obras espíritas". Para isso se modernizaram as oficinas gráficas da Souza Valente, com máquinas importadas e de  grande produtividade. 

        Claro, o objetivo fundamental era a louvável divulgação da Doutrina  através da difusão das obras em todos os pontos. Mas a erva daninha do egoísmo, do orgulho, da sede de poder, alimentada pela seiva da ganância e ambição, crescia vigorosamente no meio, exigindo "melhor qualidade, melhor apresentação, melhor material, sistemas de ajustes para a competição no exigente mercado livreiro". 
         Muitos perceberam esse dissimulado avanço, como presença da ação das trevas sobre o movimento espírita. Mas, a essa altura os investimentos já eram gigantescos, os compromissos financeiros eram inadiáveis, e o resultado (sobretudo econômico e mercadológico) muito acima do esperado. 
         Atraídos como moscas ao monturo, espíritos de índole venal (encarnados e não) avultaram-se, inclusive assumindo postos de comando em unidades importantes. As contas bancárias das instituições cresceram, de maneira surpreendente.

      Quando assumi a presidência, tive uma preocupação imediata em tentar controlar e conter o alto preço dos livros. A essa altura, o índice de ofertas do "Reformador" já ocupava fatias enormes da publicação, e contavam-se, aos milhares, as promoções e propagandas das obras espíritas. 
      Declarei, à época, que melhoraria a encadernação (a brochura se esfacelava) mas teria uma precípua preocupação em não aumentar o custo final dos livros, pois entendia a dificuldade dos menos aquinhoados para adquirir o "alimento da alma", apesar de entender que precisávamos "meter a mão no bolso" para atender a essa importante despesa.
      Minha tibieza diante do rolo avassalador do mercado, entretanto, se revelou rapidamente, e fui, como antecessores e subsequentes, engolido pelas engrenagens, de um mercado que atraía uma horda de modernos e famintos fariseus  e publicanos.

       O SONHO COM DR. BEZERRA-

         Certa tarde, nos anos findos da década de 80, após o almoço, estava na sede em Brasília, sozinho em minha sala, e adormeci, como num período de sesta. De repente, sonhei (hoje sei que foi uma visão) com o Dr. Bezerra, que trazia uma expressão carregada, e seus olhos profundos, fixados em mim, compunham um quadro de advertência. 
         Ele estava defronte à gráfica no Rio, e trazia na mão uma planta, - por mim conhecida dos jardins de minha Yola, como "fio de ovos"-. É uma erva daninha, parasita, vampiresca, que domina as plantas hospedeiras, fragilizando-as, submetendo-as, aos poucos destruindo a que a recebe. A planta estava assentada sobre um livro, recém editado, de um conhecido publicador. 
         Sobressaltei-me ao ser bruscamente acordado por batidas na porta. Era Nestor*, que ali chegava, pois naquela tarde estaríamos preparando o programa de uma reunião do CFN. Ao entrar ele se assustou, pois viu-me banhado em intenso suor, que empapava minha camisa, e que eu apresentava uma pavorosa expressão de pânico. 
         Providenciou imediatamente um copo dágua e ajudou-me a enxugar o rosto. Expliquei-lhe então o fato, e a sugestão imediata foi a de que nos recolhêssemos em oração. Para minha surpresa, ao final de sentida e fervorosa rogativa, olho para meu dileto amigo paulista, e também me surpreendo, pois ele trazia, também, a expressão de espanto, informando que, durante a prece tivera a mesma visão! 
         Entendemos a situação, e prometemos buscar caminhos e saídas, que por minha iniciativa nunca consegui implementar. Masotti, por sua vez, (sei-o daqui) se esforçou, e vencendo grandes obstáculos e poderosas forças contrárias, conseguiu um bom progresso, na desativação da gráfica e posterior terceirização das publicações. 
         Hoje na minha planilha de "contas a pagar" minha omissão se apresenta como um dos débitos mais altos.

       A certa altura, no movimento espírita, era grande a euforia, pois este gravitava em torno da formação das livrarias. Milhares foram instaladas em pouco tempo, em mais de 4 mil casas espíritas por todos os cantos do país. 
      Criou-se um sistema de fornecimento de exemplares diversos, com facilidades de pagamento, com descontos, consignações, e com uma atraente e sedutora margem de lucro para a as casas e distribuidoras. 
       Dizia eu, contemporizando, "que devíamos ter a consciência de que vivemos num mundo material, em que a prevalência e necessidade do dinheiro estava à vista de todos!"          Ali - de modo desastroso- consagrava minha direção a Mamon, explicitamente. A doutrinação e a difusão da Verdade Espírita estava pois, sufocada pela visão e atitude empresarial, mercantil. Já não era tão importante  "qual", mas "quantos". Prioridade não com a Missão, mas com a comissão!

       Centros de grande porte, federações, sociedades bem estruturadas separaram grandes espaços para  o "comércio", e mesmo nas casas mais humildes, mais simplórias, ainda que não houvesse (ou haja) bancos para se assentar, certamente ali estaria a livraria, com os chamativos e brilhantes exemplares e as caras e descartáveis (?) apostilas.
         Como consequência vieram as festivas feiras, com as "promoções" hoje questionáveis, pois os descontos nos preços suplantam os limites do bom senso. Ou estavam altos demais antes, ou se desencalhavam as "rolhas". As duas hipóteses são verdadeiras.

         Entidades não federadas ou de pensamento diferenciado (algumas deliberadamente excluídas antes, por nós) vendo o sucesso comercial de nosso empreendimento, também abriram suas editoras, espalhando material, muitas vezes, conflitante com os preceitos da Doutrina. Mas, se tivemos a iniciativa de virar-lhes as costas, não possuíamos a prerrogativa de considerá-las "desertoras". E, também em decorrência disso, pela lei do mercado, tivemos que melhorar as aparências, a paginação, a qualidade material de nossas publicações, e isso ensejou outros patamares.

        A concorrência se mostrou cada vez mais feérica, com lances vergonhosos, tornando-se um caminho ínvio, com agressões, medidas judiciais, espertezas mil, calotes, abafamento de escândalos e desvios, e o envolvimento inevitável com atravessadores, intermediários, bancos e instituições financeiras,- enfim- um quadro de materialismo por excelência, degradante  e em conflito  diante dos postulados da Doutrina. 
       O volume de dinheiro que começou a circular nesse mercado, tanto da federação quanto de outras livrarias afiliadas era (é) gigantesco, inimaginável, impressionante. Com a "ameaça" da concorrência, e também devido à baixa qualidade doutrinária de publicações, elaboramos a lista dos proscritos, das obras proibidas em livrarias de casas espíritas. Instalamos o nosso "Index". 
       Era o nosso  "Auto de fé", e hoje sei que ali, os sequazes torquemadianos comemoram mais uma grande vitória. As "orientações" mostravam a impropriedade em comprar, vender e ler  o que chamamos de  "entulhos pseudo-espíritas". 
       Ao contrário do episódio de 9 de outubro de 1861 com Lachátre, em Barcelona, - onde a queima de 300 exemplares de livros de Kardec representou um grande impulso para a nascente Doutrina do Consolador- essa nossa atitude trouxe como consequência o fortalecimento da triste realidade: 
       Ao invés de centros com livraria, o movimento passou a ser de livrarias que possuíam (possuem) centros e casas espíritas, colocados aí em secundário ou insignificante plano.           Constatamos isso em grotescos exemplos em muitas sedes federativas, como em São Paulo, no Rio, em Minas (onde o episódio de  ocupação da rua Guarani só é superado pela espúria transação do terreno do ginásio do "Precursor"), bem como em Goiânia, em Porto Alegre, enfim, centenas de lugares.

        A ELITIZAÇÃO DA DOUTRINA É UMA CONSEQUÊNCIA DO "FIO DE OVOS"-

        Junto às feiras, congressos, encontros, simpósios, campanhas, estabelecidos com a função em vender mais e mais livros, vieram as apostilas, e as decisões voltadas para " o controle e domínio de todas as casas por meio de sistemas de rede, de consórcios", onde todos os pontos estariam vinculados à máquina central, e nosso "Vaticano" estava pronto, formado, equipado e ricamente montado. Nem faltou quem me chamasse de "papa".

        Como nos tempos eclesiásticos, o papado, as dioceses, os bispados, as paróquias estavam, enfim, constituídos, sob pleno controle. As dissensões e arestas eram resolvidas através da instituição de conselhos, locais, municipais, zonais, estaduais, nacionais e até mundiais. 
        Tudo em torno do comércio livreiro. O principal era (é) o estatuto, inquestionável, talmudesco, dogmático! Assim surgiram documentos gradeadores como "orientação ao centro espírita", onde se colocava, em meio a conselhos extremamente cristãos, pinceladas ditatoriais e excludentes da prática  mediúnica nas casas, e  de discriminações a outras comunidades,- como frisamos no tópico anterior-, culminadas com grandes erros , encimados pela infausta "Declaração Oficial" de fevereiro de 1978. 
        Claro, tudo agregado à recomendação da adoção de apostilas e obras de nossa edição!  Isso continua nos compêndios e cartilhas, nos ortodoxos e direcionados "planos de trabalho" do CFN e órgãos assemelhados, que visam, através de "recomendações de postura e ação" manter também o fluxo comercial. Kardec é o biombo, não autorizado, claro!

        Naturalmente, em consequência da  "disputa de mercado" houve necessidade em incrementar as publicações, com policromia, papel de alta qualidade, encadernações bordadas a ouro, edições comemorativas, enfim, expedientes que, inevitavelmente, interferiram de modo violento no preço dos livros. 
        Isso afastou ainda mais os humildes, os que não tinham recursos, e o acesso passou a ser permitido somente  a uma elite mais aquinhoada, que, por sua vez, formou suas "igrejinhas", verdadeiras panelinhas inacessíveis, famosas "meireladas",  constituídas em sua maioria pelos administradores da livraria, " novos donos" dos centros. 
        Os gigantescos e luxuosos congressos e simpósios, como "concílios" coroam essa realidade infeliz. Reitero a importância e indispensável utilidade da organização do Movimento Espírita em órgãos distintos. Mas, reafirmo o envenenamento destes, através da interferência perniciosa do mercado livreiro, hoje, certamente, o principal libelo de desvio dos objetivos da Doutrina do Consolador e implantação e domínio materialista no âmago da instituição espírita.

      Recordo-me ter encontrado aqui no pavilhão onde me encontro, um antigo e querido companheiro, Pedro Ziviani, envolvido em diversas empreitadas de socorro aos que aqui se refazem, que confessou-me sua decepção e imensa tristeza, pois no centro em que porfiou por mais de 50 anos, na capital mineira, fizeram a separação física, sendo que os pobres, os meninos da periferia, os que recebem as cestas, são direcionados para um local distante da casa principal, a fim de que não atrapalhem e não emporcalhem as reuniões normais da casa! E a justificativa foi a de que "precisaram ampliar o espaço da livraria".

         A maioria das "fraternidades" cria locais diferenciados, colocando postos avançados nas favelas e bairros miseráveis, e se reúnem em seus templos centrais, com mais liberdade para "administrar os negócios".  Para disfarçar, na tentativa em mascarar esse quadro  que agride os princípios do Divino Mestre- base fundamental da Doutrina Espírita- promovem as "sopas de sábado", a venda de camisetas  para a feijoada, cujo propósito é comprar cestas básicas, que são cedidas para entidades  (geralmente católicas) a fim de que estes tenham "uma boa impressão da gente kardecista!". Hipocrisia farisaica em superlativa aplicação!

         É vezo humano, muito comum, divergir, criticar, apontar erros, mostrar equívocos. Mas se o faço é para advertir aos que ainda não se postaram à frente de seus relatórios de dívidas e alertá-los, pois haverá sempre tempo de antecipar a retomada do caminho da manjedoura, na simplicidade e na humildade e fugir dos enganosos encantamentos do poder, do egoísmo, do orgulho, do materialismo, já que aqui, na realidade espiritual não há como tergiversar, camuflar, tentar persuadir (e persuadir-se) para tentar justificar nossas fraquezas, nossos deslizes. 
       Perdoem-me o excesso de azedume, mas o quadro é tão infeccionado que exige-se o uso de desinfetante eficiente, ainda que, de pronto, seja entendido como agressivo.

     VENDER LIVRO ESPÍRITA IMPRESSO, HOJE, 
É PRÁTICA CONDENÁVEL, IMORAL!-

     Com o advento e massificação da comunicação via redes de computador houve a adequação (à partir de 2005) do sistema, e criando sítios, domínios e páginas, passamos a usar esse extraordinário meio de comunicação mundial como ferramenta para se vender obras espíritas.

        É preciso agora, eliminar a influência pernóstica e destruidora dos "vendilhões do templo", essa erva daninha, vampirizadora das sublimes energias trazidas pelo "Consolador", que se aninham sob as prateleiras, na "venda de livros espíritas impressos"!          Afirmo, sem qualquer receio, que qualquer obra, maior ou menor, de qualquer autor, que hoje for vendida acima de 5 reais  (Cinco reais!) representa abuso, contravenção, roubo! Sabem  por que? Porque, com o avanço e facilidade trazidos pela internet, é menos que este o preço de um cd gravado, que pode conter em si, qualquer livro, com cores, fotografia, disposição, diagramação, estrutura, forma e  conteúdo, podendo ser editado por qualquer casa que detenha os direitos autorais, como o são os livros espíritas principais (tais quais os de Chico) e de outros médiuns e autores que agem com honestidade. E qualquer rapazola imberbe ou menina adolescente, hoje tem capacidade de fazer essa gravação, espalhando-a por todos os cantos do mundo, praticamente sem custo.

         À partir dessa realidade, o médium e/ou a instituição que negociar o resultado de suas recepções, usurpa, apropriando-se, indebitamente, de obra ou autoria alheia. A tentativa em dourar a pílula, argumentando, falaciosamente, que "parte dos resultados é destinada à beneficência", ou que dessa forma se ocupa mão de obra e oferece postos de trabalho, ou que é preciso edificar a Doutrina de modo sólido, todas estas são meras desculpas a esconder, na realidade hodierna, um comércio sórdido, devido ás facilidades oferecidas.
       Com o advento da tecnologia cibernética pode-se publicar e colocar à disposição do mundo, tudo de bom, praticamente sem custo, extirpando do ambiente espírita esse tumor destrutivo. Voluntários para elaboração com certeza não vão faltar. Lembro-me agora de uma campanha tentada pelo querido irmão Peralva, que, à época foi comunicada a mim, e prontamente repelida. Essa está repetida numa crônica recente, ditada por ele, "O Sebo do Egoísmo"**, e Deus é testemunha de quanto me arrependo por não ter refletido, à época, e adotado o caminho sugerido por este que agora ostenta merecida auréola de evolução. 
       Meus espinhos e dívidas seriam bem menos numerosos do que o são agora. Por falar no meu amigo, este confidenciou-me sua enorme decepção e tristeza, ao visitar o centro Luiz Gonzaga em Pedro Leopoldo, e assistir uma dirigente da casa, na livraria, vociferar ameaçadora contra uma jovem que havia "alugado" uma obra do Chico (...E A Vida Continua- André Luiz) por esta ainda não ter pago o valor do aluguel cobrado! Isso, na terra do grande medianeiro, no centro fundado por ele, com obra que ele ofereceu para a editora, sem quaisquer retornos financeiros! 
        Martins Peralva (que naquela manhã de sábado levava alguns companheiros indianos a visitarem a instituição), para aliviar a tensão criada, foi para o interior do centro, no auditório, onde um senhor, indisfarçadamente homossexual, fazia palestra para jovens, acerca da normalidade das relações eróticas entre pessoas do mesmo sexo, usando como base de reflexão, ilações e raciocínios falsamente atribuídos ao ilustre médico baiano Manoel Philomeno. Aliás, esse assunto, atinente à moral espírita atual, é tema de um dos futuros tópicos desta minha acre manifestação.

       Se por um lado, com estes posicionamentos, admito atingir susceptibilidades, até mesmo magoar antigos e queridos irmãos e companheiros de convicção, causando constrangimento e ferindo sentimentos, repousa em mim a consciência tranquila, de que, somente o faço, com o propósito em despertar nestes mesmos, -a quem devo respeito, gratidão e amor cristão-, a certeza da necessidade da recomposição e da adoção de medidas que anulem esses desfalques, que tanto prejudicam a marcha da Doutrina do Paráclito, na recondução às sendas do Consolador, para a evolução da Humanidade.

      Extirpar o vil comércio de mensagens e obras espíritas no seio das casas e instituições, espalhando as verdades da Doutrina que tem todas as respostas, - a todos- indistinta e incondicionalmente, é obrigação de cada um que traz na consciência essa bandeira Divina.

                         Que todos façamos por merecer e desfrutar de muita Paz, em Jesus.

Juvanir Borges de Souza - espírito


Veja o restante das mensagens desse espírito, partes 1, 2, 4 e 5 no
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Mensagem recebida pelo médium Arael Magnus em 13 de abril de 2014
no Celac- Formosa- Goiás


contate Arael Magnus pelo fundoamor@gmail.com


* Nestor João Masotti
** "O Sebo do Egoísmo"- Martins Peralva (espírito)- Arael Magnus- médium - http://araelmagnus-intermdium.blogspot.com.br/2009/10/o-sebo-do-egoismo.html

terça-feira, 14 de abril de 2015

Zilda Arns -espírito- ASSASSINAS GLORIFICADAS!

               

            De todos os bens que nos oferta o Criador, a vida é o mais precioso. Preservá-la, protegê-la, lutar para que todos a tenham com a melhor qualidade, é obrigação intransferível de cada um de nós. E onde ela for mais sensível às intempéries, ao sofrimento, à pobreza, ao abandono, mais se faz necessária nossa atitude, nosso empenho, nossa presença. 

          O mundo pode ser melhor no sorriso de uma criança, e jamais o será sem isso. A efêmera satisfação de outros prazeres, a defesa de bens materiais e de auto proteção, as conquistas e todos os progressos jamais superarão a felicidade proporcionada a um ser acolhido, amparado, acariciado, estimulado, salvo.

          Consoantes na defesa incondicional da vida, (e isso se principia na concepção), podemos aspirar um mundo  com Deus, com amor, com melhora do nível espiritual da Humanidade. 

           
           Há, porém, um movimento crescente e destruidor no Brasil propugnando pelo estabelecimento da pena de morte de seres indefesos, por caprichos e vaidades, camuflado em desculpas incabíveis na transferência de responsabilidades. Querem assassinatos autorizados através da "legalização" do aborto. Isso também é um aríete voltado para a devastação da família, atingindo sua coluna de sustentação, tenham certeza.
           
            Há poucos dias atrás deparamo-nos com uma declaração infeliz de uma senhora do "cast" de famosos da globogay (já na maturidade de seus cinquenta anos), sob os focos de uma mídia nacional, que confessa em alto e mau tom:" -Fiz aborto e não me arrependi!" 
            E, com argumentação pueril, pouco inteligente, tentava explicar a "necessidade em se livrar de uma gravidez indesejada", com a naturalidade de quem descascava uma laranja ou degustava uma cuca. 

           Milhões de pessoas, influenciadas pela mídia deletéria, passam a "reconsiderar " conceitos e princípios, a partir de uma manifestação venenosa como esta. Mas esta injuriosa e desequilibrada declaração esconde também, mentiras, porque não foi um aborto, mas três, três vidas que foram ceifadas, de modo covarde e maléfico, sei-o agora, pelos sinais que traz a endividada declarante .


          Lamentável que ela não tenha se arrependido, pois, o sincero reconhecimento do erro perante a consciência e Deus, ensejaria a interveniência de forças espirituais capazes de minimizar os efeitos desse ato tresloucado, covarde. A recalcitrância, a sustentação do libelo grosseiro, ao inverso, agrava a culpa.   


          A Misericórdia Divina é ilimitada e incondicional. Mas a Justiça de Deus também o é. "A  cada um será dado conforme suas obras" nos diz o Mestre Jesus. E é importante que todas as pessoas tomem conhecimento de que covardias têm preço, e diante de Deus, o assassinato de crianças indefesas, impossibilitadas de, ao menos, gritar pela vida, requererá, invariavelmente, reparações e pagamentos de penas dolorosas e demoradas. 


          O Brasil, em conceituação vibratória espiritual, apresenta uma descendente derrocada pela campanha de legalização desse infanticídio repugnante, o aborto. 

          Há pouco tempo, numa camuflagem retórica "autorizaram" o ato, sob o guante de diagnóstico de má formação intra-uterina. Um corpo de togados, enfunados em suas presunções e insensibilidade, formado em sua totalidade por eventuais anencéfalos sobreviventes, abriu a porteira das execuções sumárias que, infelizmente, estão acontecendo. 

         Como especialista no assunto conheço bem a elaboração artificial destes diagnósticos convenientes para mascarar esses crimes.


         A imprudente revelação feita pela assassina confessa  poderia derivar-se para uma tomada de posição da própria justiça brasileira. 


         Houvesse a consciência da responsabilidade funcional e social (pelo que são muito bem pagos pela sociedade!), promotores de justiça chamariam essa  declarante às barras da lei dos homens, para que prestasse contas de seu desvairado ato. 


          Afinal, há a  pública, notória e indisfarçada revelação de um infanticídio e além disso apologiza-se o crime, através da conceituação equivocada de poder suprimir, por vontade e conveniência, a vida de seres humanos.


         Essa "propaganda constante da globogay" é um incentivo à prática de outros e deve ser repudiada e punida. A todo instante evidencia esses mal feitos, colocando no pódium, em homenagens, quem protagoniza barbáries! Cobra-se aqui também o silêncio e omissão de muitos grupos e entidades que dizem defender a vida, mas se agacham, medrosos e covardes, diante da mídia devoradora e da opinião da turba ignara. 


          Mas, o propósito fundamental deste recado é advertir a todas aquelas que pretendam caminhar pela louca senda de matar seus filhos, que, assassinar crianças, cometer essa brutalidade, tenham certeza, produz uma conta muito alta, com preço muito doloroso, e às vezes,  a cobrança se manifesta bem antes do que se imagina, como, infelizmente, poderemos assistir, por tragédias com muita dor.


          Que se lute com unhas e dentes pelo estabelecimento de uma melhor educação, de uma melhor saúde, de uma plena justiça, da igualdade para todos, mas que não se tente justificar com a covarde e estúpida espetada das agulhas de tricot a morte de crianças e parturientes em clínicas clandestinas, pela instalação substituta da pena de morte através da liberação do ato hediondo, repugnante!.


          Asseguro, porém, que aquelas que, mesmo em dificuldades e sérios problemas, decidirem assumir as vidas que trazem no ventre, tenham certeza, não estarão desamparadas, jamais.


          Particularmente também estarei pronta (em quaisquer circunstâncias) a auxiliar, junto a milhares  de entidades muito mais fortes, para que os obstáculos sejam superados. Se pudermos, interferiremos inclusive na vontade das gestantes, para que permitam sempre, a vida. 


          É preciso coragem, paixão, muito amor, desassombro, na defesa dos que querem e precisam nascer.


          Minha querida mãe Helene teve 17 filhos naturais, e dezenas de outros por adoção e amor. Eu tive meus seis tesouros, de quem me orgulho, minhas maiores alegrias (depois dos netos, bah!). 


          Valerá sempre o sacrifício, que em em si justifica a existência de qualquer pessoa.


          A autora dessa insidiosa e irresponsável pronúncia deveria saber que, nos meados dos anos 60, um jovem ator, Jonas Bloch, de 23 anos se dispôs a recebê-la, com amor e carinho, mesmo que tivesse sofrido forte "pressão" para que fosse descartada. Era seu pai!


          Imaginemos uma moça de 17 anos, pobre, de família conservadora, prometida em núpcias a um senhor de 40, e que de repente, aparece grávida. Graças a Deus ela não se deixou levar  pela covardia e pelo medo do mundo, e permitiu que entre nós estivesse nosso amado Mestre.

          Que cada mulher seja digna da missão, e do lindo exemplo que nos trouxe Maria, mãe de Jesus. 
          Para que TODOS tenham vida, e vida em abundância, paz e amor, Não permitamos que se autorize, sob qualquer pretexto, que matem nossos pequeninos.

         Que Deus nos abençoe e ilumine a todos.

                                             Zilda Arns Neumann- Espírito

        Mensagem recebida pelo médium Arael Magnus, em 3 de abril de 2015 em reunião pública no CELAC- Formosa- Goiás






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